Suinocultura independente: mercado esfria e preços começam a ceder em algumas praças
Depois de esboçar reação de retomada de alta nos preços nas primeiras semanas de junho, nesta quinta-feira (24) o mercado da suinocultura independente começou a perder a força.
Em São Paulo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), pela segunda semana seguida não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos.
Na última quinta-feira (17), os frigoríficos rejeitaram a proposta dos produtores de R$ 8,00/kg vivo na bolsa, mas durante a tarde, foram realizados negócios neste valor. Nesta quinta (24), não houve consenso, e o preço sugerido pela APCS é de R$ 7,46/kg vivo.
A negociação desta quinta-feira em Santa Catarina também terminou em queda, com o preço do animal vivo saindo de R$ 7,65/kg para R$ 7,16/kg vivo, conforme informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
O mercado mineiro não teve queda nesta quinta-feira, mas foi a terceira semana consecutiva com o preço parado em R$ 7,50/kg vivo. Segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais, Alvimar Jalles, não houve acordo entre as partes devido à diferenças na avaliação de mercado por conta da volatilidade no setor. Apesar disso, ele pontua que a expectativa da mudança de mês renova a esperança de preços melhores.
Considerando a média semanal (entre os dias 17/06/2021 a 23/06/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 8,67%, fechando a semana em R$ 7,41.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 7,23", informou o reporte do Lapesui.
O mercado gaúcho negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, e na última (18), houve aumento de R$ 7,05/kg vivo para R$ 7,12/kg vivo.
Entretanto, segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, a perspectiva para a bolsa de amanhã (25) é de preços em queda, com frigoríficos justificando que as exportações para a China estão mais fracas e que o mercado interno não consegue absorver a mercadoria.
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