Produção no Centro-Sul avança e açúcar em NY e Londres recua nesta 5ª feira
Os futuros do açúcar recuaram na sessão desta quinta-feira (10) nas bolsas de Nova York e Londres. Apesar de oscilações dos dois lados da tabela, o dia foi de maior atenção para os dados da Unica com alta na produção de açúcar e etanol na segunda quinzena de maio.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 0,11% no dia, cotado a US$ 17,73 c/lb, com máxima de 17,87 c/lb e mínima de 17,63 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve perda de 1,86%, negociado a US$ 454,70 a tonelada.
Desde a manhã, as cotações do açúcar já osvilavam em queda nos terminais, apesar de até terem avançado em parte do dia com movimentação técnica e atenção do mercado para a safra 2021/22 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, impactada pela clima adverso.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe na manhã desta quinta-feira que a moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de maio saltou para 43,23 milhões de toneladas, um salto de 1,90% sobre a quantidade verificada em igual período da última safra.
A produção de açúcar na segunda quinzena de maio totalizou 2,62 milhões toneladas (+2,59%) e a de etanol 1,99 bilhão de litros (+9,16%). Do volume total de etanol produzido, o hidratado representou 1,19 bilhão de litros (-7,04%).
Números da Unica para a produção de açúcar na 2ª quinzena de maio vieram acima das expectativas - Foto: Reuters
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O número apontado pela Unica veio até acima do que a estimativa da S&P Global Platts, que consultou 12 analistas do mercado e levantou que a produção de açúcar na segunda quinzena de maio no Centro-Sul poderia ter um salto anual de 1,3%, para 2,590 milhões de t.
Apesar de melhor avanço da safra, o clima nas áreas produtoras segue sendo monitorado. "Há previsão de chuvas melhores nas áreas de produção do Sul do Brasil sobre as condições gerais de seca, além de ideias de aumento da demanda por cana-de-açúcar", disse Jack Scoville, analista da Price Futures Group.
No financeiro, o dia foi marcado por oscilação positiva dos futuros do petróleo, o que dá suporte ao açúcar por conta do etanol. Porém, o dólar se valorizava sobre o real nesta sessão, o que tende a encorajar as exportações da commodity, mas pressiona os preços externos.
Mercado interno
O mercado do açúcar no Brasil voltou a registrar avanços nesta reta final da semana. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,61%, cotado a R$ 116,93 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 124,52 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 18,63 c/lb com alta de 0,11%.
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