Milho: incerteza sobre safrinha continua e B3 ronda os R$ 100,00
A segunda-feira (07) chega ao fim com os preços do milho voláteis no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Brasília/DF, Jataí/GO e Rio Verde/GO.
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Amambai/MS, Oeste da Bahia e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os negócios estão relativamente calmos e com poucas ofertas no mercado interno”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “com negociadores mais flexíveis os preços da saca de milho negociada em Campinas/SP mantêm o nível de R$ 98,00/sc”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os valores do milho voltaram a apresentar comportamentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea, influenciados pelas condições de oferta e demanda regionais.
“Na maior parte das praças do Sul e do Sudeste, os preços subiram entre o encerramento de maio e o início de junho, impulsionados pela retração de vendedores. Neste caso, produtores voltaram a limitar a oferta de novos lotes, diante de preocupações com a produtividade das lavouras. Já em certas praças de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Goiás, de Mato Grosso do Sul e em praticamente todas de Mato Grosso, os valores do milho caíram nos últimos dias, pressionados pelo crescimento pontual na oferta”.
B3
Os preços futuros do milho voltaram a rondar o patamar dos R$ 100,00 nesta segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,15% negativo e 0,41% positivo ao final do primeiro dia da semana.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 95,10 com baixa de 0,15%, o setembro/21 valeu R$ 97,35 com elevação de 0,19%, o novembro/21 foi negociado por R$ 98,60 com ganho de 0,41% e o janeiro/22 teve valor de R$ 100,51 com alta de 0,36%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, segue existindo uma dúvida gigantesca sobre o que vem nesta safra, com produtores recuperando suas lavouras com as últimas chuvas e outros contabilizando perdas irreversíveis.
“O produtor precisa ficar com cautela porque as grandes indústrias do setor estão fazendo muitos contratos com o trigo para receber em outubro e novembro para ração. A demanda no segundo semestre deve ser de 40 milhões de toneladas de milho e a produção ainda está muito vaga”, diz Brandalizze.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas durante a primeira semana do mês de junho.
Nestes 3 dias úteis do mês, o Brasil exportou 710,7 toneladas de milho não moído. Com isso, a média diária de embarques ficou em 236,9 toneladas, patamar 98,41% menor do que as 14.867,2 do mês de junho de 2020. á o preço por tonelada obtido registrou elevação de 625,39% no período, saindo dos US$ 163,00 no ano passado para US$ 1.182,30 neste mês de junho.
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Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizou ganhos durante boa parte da segunda-feira, mas fechou o dia em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram flutuações entre 3,50 pontos negativos e 14,50 pontos positivos ao fim do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,79 com perda de 3,50 pontos, o setembro/21 valeu US$ 6,21 com valorização de 14,50 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 6,02 com elevação de 11,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 6,08 com alta de 10,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 2,48% para o setembro/21, de 1,86% para o dezembro/21 e de 1,67% para o março/22, além de queda de 0,44% para o julho/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos se firmaram na segunda-feira, apoiados por preocupações de que as condições quentes e secas em áreas de cultivo importantes do meio-oeste dos EUA possam ameaçar as safras à medida que passam por estágios principais de desenvolvimento.
“Os meteorologistas esperam que o estresse da safra cresça na metade noroeste do Cinturão do Milho nas próximas duas semanas, à medida que as chuvas diminuem”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota a clientes.
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