Soja: Após volatilidade, mercado fecha semana falando em vendas de 5 a 6 cargos do BR para China

Publicado em 28/05/2021 17:20 e atualizado em 28/05/2021 18:04
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro
Semana teve balanço favorável e, não fosse o dólar tão volátil, seria ainda mais positiva para o mercado brasileiro. Demanda segue forte pelo produto do Brasil e atenção segue sobre clima influenciando Chicago.

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Depois da semana de forte e marcante volatilidade, o saldo acaba positivo para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Segundo Ginaldo de Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro, "não fosse pelo dólar, essa teria sido uma semana altamente positiva (para o mercado brasileiro)". E apesar de todo sobe e desce, o contrato julho fechou o pregão desta sexta-feira (28) com US$ 15,30 e o novembro, US$ 13,72 por bushel. 

No Brasil, circularam informações de que teriam sido vendidos de cinco a seis cargos de soja para a China, com o  produto mais competitivo por aqui e a demanda da nação asiática - que neste momento não é tão intensa pela oleaginosa - ainda concentrada no mercado brasileiro. 

"Eles vêem comprar no Brasil indiscutivelmente. A partir de outubro vão comprar nos EUA, naturalmente, porque se observarmos os prêmios para setembro, outubro, no Brasil, estão na ordem de 120 a 130 (cents de dólar por bushel) over Chicago e o prêmio americana na faixa de 70 a 80. Em janeiro a concorrência já fica mais equivalente, fevereiro teremos preço mais competitivo e a China virá comprar soja brasileira", explica Sousa. 

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Em sua análise, há cerca de 17% a 20% de soja 2020/21 para ainda ser comercializada na exportação, e o restante deverá ficar no mercado interno, com boas chances de venda para o produtor brasileiro. Os pontos de atenção, porém, ficam sobre Chicago e a reação que os futuros podem exibir frente às condições de clima e a uma safra cheia nos Estados Unidos. 

"O produtor brasileiro não pode pensar que esse preço de US$ 15,50 estará presente no futuro se não tivermos problemas  de clima nos Estados Unidos", afirma. "O clima vai fazer o preço. E sabemos que não há espaço para um declínio na safra norte-americana". 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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