Mercado climático esfria os negócios. Soja e milho caem forte em Chicago e ameaçam a safrinha no BR
Condição da safra de milho do Paraná piora; lavoura de trigo vê melhora
SÃO PAULO (Reuters) - As condições da segunda safra de milho do Paraná voltaram a piorar ligeiramente na última semana, ainda como reflexo de uma seca prolongada que reduziu o potencial produtivo no segundo produtor brasileiro do cereal, informou o Departamento de Economia Rural (Deral), apontando ainda uma melhora na situação do trigo à medida que o plantio avança após chuvas recentes.
Segundo o órgão da Secretaria Estadual de Agricultura do Paraná, 31% das lavouras estão em condição "ruim", estável ante a semana anterior, mas agora somente 22% estão "boas", versus 23% na semana anterior --o restante está em situação média.
A intensidade da quebra de safra do Paraná em função da seca vai ficando mais evidente em momento em que as indústrias de carnes do Brasil têm pedido ao governo medidas para amenizar os custos com ingredientes da ração, devido a uma disparada dos preços do milho.
"Está piorando (a condição) semana a semana, apesar das chuvas. Ainda é reflexo da estiagem como um todo, o nosso número vai captando à medida que vai evoluindo a lavoura... o pessoal do campo capta o número de forma mais tardia, essa leve piora é diretamente ligada à estiagem que tivemos no Estado", afirmou o especialista em milho do Deral, Edmar Gervásio, ao ser questionado.
"Infelizmente vai impactar na produção de forma mais intensa e consistente nos próximos números", acrescentou ele.
Ao final de abril, o Deral já havia reduzido a segunda safra de milho 2020/21 para 12,23 milhões de toneladas, ante 13,38 milhões na projeção anterior, e novas baixas são esperadas.
Segundo o Deral, 6% das áreas de milho segunda safra estão em maturação, 29% em frutificação e 51% em floração.
No caso do trigo, cujo plantio avançou para 58% da área estimada, ante 26% previstos na semana anterior, as chuvas recentes mostram-se benéficas.
Atualmente, 92% da safra de trigo do Paraná, maior produtor desse grão no país, está em situação boa, versus 71% na semana anterior.
Agro vê baixo impacto da pandemia nos negócios e avanço digital, mostra pesquisa ABMRA
SÃO PAULO (Reuters) - A maior parte dos produtores rurais do Brasil sentiu um "baixo impacto" da pandemia de coronavírus sobre seus negócios, e por conta disso mantém planos de investimentos durante a crise sanitária, indicou pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).
Segundo o levantamento, 64% dos 3.048 produtores rurais consultados em 16 Estados do país responderam ter apurado um impacto baixo da crise sanitária, enquanto 11% afirmaram ter sentido impacto médio e 25%, um impacto alto.
"A pesquisa mostra... o que está na mente dos agricultores e criadores neste exato momento em que o Brasil e o mundo ainda são impactados pela pandemia do novo coronavírus", disse em nota o vice-presidente da ABMRA, Ricardo Nicodemos.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em termos de casos, abaixo dos EUA e da Índia. Segundo o Ministério da Saúde, até segunda-feira haviam sido reportados localmente 449.858 óbitos e 16.120.756 casos de coronavírus.
Mesmo assim, o agronegócio --classificado como atividade essencial-- foi um dos setores menos abalados pela crise, apoiado por fatores como uma firme demanda por exportações de produtos agrícolas, os altos preços de commodities e uma safra recorde de grãos.
Ainda de acordo com a pesquisa, encomendada pela ABMRA junto à IHS Markit, 86% dos agricultores disseram não ter feito qualquer mudança na administração de suas propriedades, enquanto 78% mantêm os planos de investimentos durante a crise sanitária.
O levantamento também chamou atenção para o aumento do uso de tecnologias de comunicação no campo. Segundo a entidade, atualmente 94% dos produtores consultados possuem smartphone --em 2017, ano em que a última pesquisa da ABMRA havia sido realizada, esse índice chegava aos 61%.
A oferta de internet no meio rural, por sua vez, atingiu 91% entre os produtores de animais e 88% entre os agricultores ouvidos pela pesquisa. Os conteúdos mais procurados são informativos e previsão do tempo.
A Reuters noticiou na semana passada que, segundo estudo desenvolvido pela Esalq/USP, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do país --estimado em 1,057 trilhão de reais para 2021-- pode crescer até 101,47 bilhões de reais com o aumento da conectividade em áreas rurais pelo modelo telecom.
"Nunca o conteúdo foi tão importante nas mídias digitais... 74% dos produtores usam a internet para se atualizar", disse o presidente da ABMRA, Jorge Espanha.
"O levantamento comprova a relevância do WhatsApp como meio de comunicação digital. Nada menos do que 76% dos produtores usam a plataforma para realizar negócios, o que é uma novidade", acrescentou.
Produtores de café do Brasil tentam renegociar contratos diante de quebra de safra
NOVA YORK/SÃO PAULO/LONDRES (Reuters) - Produtores de café do Brasil, maior fornecedor global da commodity, estão tentando renegociar contratos de venda com exportadores e operadores a preços mais altos, gerando na indústria temores de calotes generalizados, segundo profissionais do mercado.
Os agricultores e seus representantes querem agora valores mais elevados do que aqueles que haviam aceitado há alguns meses --ou até mesmo um ano--, afirmando que os preços do café dispararam porque o tempo mais seco que o normal deve causar uma forte redução na safra do país.
Outros têm pedido para adiar embarques para o ano que vem.
"Produtores que venderam café entre 450 reais e 650 reais agora estão em busca de preços 'spot' de 800 reais (a saca de 60 kg)", disse um operador de uma trading global na Holanda. "Acho que os 'defaults' vão ser um grande problema."
As tradings internacionais de commodities podem ter grandes prejuízos no caso de pagarem mais por café agora do que o valor que negociaram meses atrás para venda às torrefadoras.
Em um cenário ainda pior, poderão ser obrigadas a comprar café caro no mercado físico se os produtores não entregarem o produto.
Os calotes ainda não ocorreram porque a colheita está apenas começando, mas é provável que venham a acontecer nos próximos meses, disseram fontes.
"Tivemos produtores ou seus advogados ligando, pedindo uma renegociação. Dissemos que não podemos alterar os termos agora", afirmou o chefe de uma trading internacional no Brasil.
"Se um produtor decidir pelo 'default', será um prejuízo de cerca de 200 reais (37,60 dólares) por saca. É muito", acrescentou.
Calotes são raros no setor cafeeiro, embora operadores tenham citado alguns casos em 2014, última vez em que uma grave geada afetou o Brasil e os preços do café dispararam.
Os negócios dos exportadores de café são realizados em milhares de sacas --ou seja, os prejuízos podem se estender para a casa dos milhões.
Os contratos futuros do café arábica subiram quase 30% desde o início de abril, tendo alcançado uma máxima de quatro anos na semana passada, diante de ofertas cada vez mais apertadas e da recuperação de demanda pós-Covid-19.
"Nós acreditamos que haverá 'default' entre os produtores, mas esperamos que seja em um número pequeno", disse Sergio Hazan, presidente da Comexim, uma das maiores exportadoras do Brasil.
Hazan afirmou que a Comexim não recebeu pedidos de renegociação, principalmente porque a companhia possui volume limitado de contratos para entrega futura, mas disse estar ciente de que esses pedidos foram feitos a outros participantes do mercado.
Corretoras de menor porte do Brasil receberam pedidos de renegociação, mas disseram que os agricultores pensariam duas vezes antes de entrar em "default" por temores de um possível boicote dos compradores no futuro.
O diretor da Associação dos Cafeitultores do Brasil (Sincal) Marco Antonio Jacob disse que a entidade tem recomendado, desde o ano passado, que aqueles produtores que venderam volumes excessivos devem procurar os compradores para renegociar o acordo, diante da quebra de safra.
"Se não vai colher, renegocia, faz o 'washout'. Temos falado que procurem seus compradores e renegociem as suas vendas... O produtor tem que honrar com aquilo que vendeu. Não estamos recomendando ruptura de contrato, não é isso."
Além do "washout", uma operação de mercado na qual o produtor recompra o seu contrato e paga uma diferença ao comprador", o diretor do Sincal disse que há a opção de rolar posição de entrega para o outro ano.
"Aquele que não pode entregar, ele tem que sentar com o comprador e dizer: 'está acontecendo um problema'. Isso tem que ser resolvido da melhor maneira possível."
Jacob disse acreditar que poderão acontecer defaults pelo clima desfavorável, por "força maior", de produtores que não terão o volume acordado, tamanho o impacto da seca.
A safra brasileira de café em 2021 foi estimada nesta terça-feira em 48,8 milhões de sacas de 60 kg, queda anual 22,6%, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o Sincal, a quebra de safra é maior.
CCJ da Câmara aprova admissibilidade da reforma administrativa
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta terça-feira a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa, primeiro passo para o texto que mudará regras no serviço público tramite no Congresso.
Aprovada a admissibilidade, quando os parlamentares avaliam se a proposta cumpre requisitos constitucionais e jurídicos, a PEC segue agora para uma comissão especial que discutirá seu mérito.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), elogiou a aprovação da medida no colegiado.
"A CCJ da Câmara estabeleceu hoje mais um marco na agenda de reformas do país, ao aprovar a admissibilidade da reforma administrativa. Agora o texto segue para a Comissão Especial, onde começa a discussão do mérito”, disse ele, no Twitter.
A reforma, inserida em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa, na intenção de “conferir maior eficiência, eficácia e efetividade à atuação do Estado”.
Na última semana, o relator da proposta, Darci de Matos (PSD-SC), apresentou parecer favorável à admissibilidade da PEC. Na ocasião, recomendou a retirada de trechos da proposta original. Um deles tratava de impedimento aos servidores de cargos típicos de Estado de exercer qualquer atividade remunerada. O outro previa que o presidente da República pudesse extinguir, transformar ou fundir entidades da administração pública autárquica e fundacional.
Posteriormente, recomendou ainda a retirada de item que tratava de novos princípios da administração pública como a imparcialidade, a transparência, a inovação, a responsabilidade, unidade, a coordenação, a boa governança pública e a subsidiariedade.
O relator reconheceu que boa parte das polêmicas envolvem questões de mérito, a serem discutidas na comissão especial.
Mais cedo, no evento BTG Pactual CEO Conference, tanto o presidente da Câmara, quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defenderam a importância da proposta e destacaram que ela não irá abranger os funcionários que já integram o serviço público.
Barclays passa a ver Selic de 6,5% ainda neste ano com inflação mais alta
SÃO PAULO (Reuters) - O banco Barclays revisou para cima sua estimativa para a Selic nesta terça-feira, passando a ver a taxa de juros no nível neutro de 6,50% já no fim deste ano, em meio a pressões de preços que levaram a instituição a aumentar também seu prognóstico para a inflação.
Antes, o Barclays esperava que a Selic fechasse 2021 em 5,50% e alcançasse 6,50% apenas no segundo trimestre de 2022. O Barclays projeta nova alta de 0,75 ponto percentual do juro tanto na reunião de junho quanto na de agosto, antes de três elevações de 0,50 ponto nos encontros restantes no ano.
"Os efeitos adicionais de segunda ordem nos preços não comercializáveis podem se materializar assim que a economia reabrir, conforme o processo de vacinação ganhar terreno nos próximos meses", disse em nota o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski.
"Além disso, novas notícias sobre a possível renovação do auxílio emergencial depois de julho podem criar pressão fiscal adicional para que o BCB aja."
As pressões inflacionárias vão levar o IPCA para 5,4% em 2021, ante estimativa anterior de 5,2%, ainda mais acima da meta de 3,75%.
Citando dado do IPCA-15 de maio, que veio abaixo do esperado, o Barclays diz que a média dos núcleos do IPCA acompanhados pelo BC subiu para 4,14% na comparação anual, ante 3,69% na leitura anterior e quase o dobro da taxa vista um ano atrás (2,23%).
A taxa anual do índice baterá um pico de 8,2% em "junho/julho", enquanto o núcleo, na medida anual, alcançará uma máxima de 5,0% em torno de agosto.
Para 2022, a expectativa de inflação foi mantida em 3,7%, mesmo com a Selic mais alta ao fim de 2021.
BC pode ir em direção a juro neutro com mudança de cenário, diz Campos Neto
BRASÍLIA (Reuters) - A meta de inflação é missão do Banco Central e será cumprida, disse nesta terça-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, acrescentando que a linguagem de "normalização parcial" da política monetária adotada na comunicação do BC pode ser alterada em caso de mudança de cenário.
"A gente está dizendo que, com os instrumentos que a gente tem hoje, a modelagem que nós temos, o correto era começar mais rápido e usar a linguagem parcial. Se em algum momento for entendido que precisa ser diferente, a linguagem parcial não mais será usada e a gente irá em direção a (juro) neutro. O que vai fazer isso acontecer? Mudança de cenário", disse Campos Neto durante evento virtual do banco BTG Pactual.
Ele destacou que o momento é de grandes incertezas, com dúvidas em torno da trajetória dos preços das commodities e também da inflação de serviços no momento de reabertura das economias. No caso das commodities, ele ressaltou que o preço do milho caiu depois de ter atingido um pico e que os preços da soja em reais e do petróleo estão parados "há um tempinho".
"É importante esclarecer que a nossa meta de inflação, ela vai ser cumprida, essa é a missão do Banco central que nós vamos fazer. Por isso fizemos mais do que o mercado entendia anteriormente e vamos seguir nesse caminho", acrescentou o presidente do BC.
O BC promoveu duas altas da taxa básica de juros de 0,75 ponto percentual desde março e já indicou a intenção de fazer um novo aperto da mesma magnitude em junho. O BC comunicou que o ciclo de alta visa uma normalização parcial da política de juros, ou seja, a intenção seria manter a Selic ainda em terrenos estimulativo, abaixo do nível considerado neutro (que é hoje em torno de 6,5%, segundo o BC). A taxa básica de juros está atualmente em 3,5%.
Diante das fortes pressões inflacionárias correntes e do aumento das expectativas de inflação para o próximo ano, muitos economistas têm defendido que o aperto monetário deveria mirar o fim do estímulo à atividade.
Ao defender a ação do BC, destacando que a autarquia deixou claro que suas projeções mostram que um aperto maior levaria a uma inflação abaixo da meta, Campos Neto afirmou que a estratégia de adotar mais transparência na comunicação com o mercado por vezes gera ruído, mas que a intenção não é recuar.
"Às vezes os ruídos que a transparência causa eles são curados com mais transparência, não com menos", disse, acrescentando que a experiência internacional mostra que países que voltaram atrás na estratégia de transparência acabaram atrapalhando "esse canal na potência da política monetária".
CRESCIMENTO
Campos Neto voltou a mostrar otimismo com o impacto da vacinação contra a Covid-19 sobre a atividade e reiterou que a projeção do BC para o PIB neste ano "caminha em direção a 4%".
Na segunda-feira, o presidente do BC já havia dito que a autarquia revisará sua projeção para o crescimento do PIB em 2021, atualmente em 3,6%, destacando o bom desempenho do primeiro trimestre e também do segundo.
Campos Neto frisou que o Ministério da Saúde já anunciou que 40 milhões de doses deverão ser aplicadas em junho. Ele avaliou ainda que o país também tem avançado na aquisição de insumos para os imunizantes.
"Acho que além da vacinação, outros antivirais, e a gente vê vários experimentos com esses sprays novos, então acho que a gente vai ter aí nesse sentido muita evolução."
Consumo de energia no Brasil avança 10,5% na 1ª quinzena de maio, diz CCEE
SÃO PAULO (Reuters) - O consumo de eletricidade do Brasil avançou 10,5% na primeira quinzena de maio ante igual período do ano anterior, impulsionado especialmente pelo ambiente livre, informou nesta terça-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo a entidade, o consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 61.418 megawatts médios no período.
A base de comparação também influencia o resultado, uma vez que maio do ano passado foi um mês marcado por um índice de isolamento maior no país, diante das medidas restritivas relacionadas à pandemia de Covid-19.
Na ocasião, a CCEE reportou consumo 11% menor do que em maio de 2019.
Em nota, o presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri, destacou que o consumo de energia no país vem em uma sequência de dez meses de altas, na esteira de uma retomada econômica --se mantido o sinal positivo em maio, este será o 11º aumento consecutivo.
"A sequência de dez meses consecutivos de crescimento reafirma a resiliência de setores da economia mesmo diante da manutenção da pandemia de Covid-19", disse Altieri.
No mercado livre, no qual consumidores como indústrias, shoppings e grandes empresas negociam contratos diretamente com geradoras ou comercializadores, o consumo subiu 25,2% na primeira quinzena, disse a CCEE. Se desconsideradas as migrações de carga, o ambiente ainda apura alta de 19,9% no ano a ano.
Já o mercado regulado, que reúne pequenas empresas e a maioria dos consumidores residenciais, apurou alta de 4% na comparação anual. Se excluídas as migrações para o ambiente regulado, o aumento seria de cerca de 6,3%.
A CCEE destacou ainda que, entre os 15 ramos de atividade econômica avaliados, apenas o setor de telecomunicações registrou uma queda no período, de 0,4%. Os segmentos com as maiores altas, por sua vez, foram os de produção de veículos (+84%) e têxteis (+79,6%).
Minério de ferro tem leve queda com China prometendo reforçar controles de preços
(Reuters) - Os futuros do minério de ferro na China tiveram leve recuo nesta terça-feira, enquanto o aço também caiu, em meio a negociações voláteis após um alerta da China contra a acumulação de estoques e a especulação nesses mercados que deixou investidores em alerta.
Após afirmar que não iria tolerar manipulações e especulações em mercados de commodities, buscando esfriar um forte rali nos preços, a China, maior consumidora de metais, prometeu fortalecer controles de preços de materiais chave nos próximos cinco anos, incluindo minério de ferro.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, encerrou em baixa de 0,1 %, a 1.058 iuanes (165,18 dólares) por tonelada.
O minério de ferro em Dalian recuou ao menor nível em seis semanas na segunda-feira, após regulador es estatais chineses terem alertado empresas de metais para que mantenham a "ordem normal do mercado".
Os preços spot do minério de ferro recuaram na segunda-feira, com o minério de referência, de 62% de teor, sendo negociado a 192,50 dólares por tonelada na segunda-feira, 17% abaixo do recorde de 232,50 dólares atingido na semana anterior, segundo dados da consultoria SteelHome.
"A maior fiscalização dos mercados futuros de commodities por agências do governo chinês deve limitar novos ralis especulativos por enquanto", disse Atilla Widnell, diretor da Navigate Commodities.
O vergalhão de aço para construção na bolsa de futuros de Xangai caiu 0,7%.
"O advento da estação das monções no sul da China e as altas temperaturas no norte podem moderar a atividade de construção e o consumo de aço associado nos próximos meses", disse Widnell.
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