Clima seco no Brasil dá suporte para altas de mais de 1% em NY e Londres

Publicado em 25/05/2021 12:02 e atualizado em 25/05/2021 13:57
Mercado acompanha condição histórica de clima nas áreas produtoras do Centro-Sul do país, além de financeiro

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​Os contratos futuros do açúcar operam com altas expressivas nesta tarde de terça-feira (25) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado internacional estende os ganhos da sessão anterior com foco no clima seco no Brasil e atenção ao financeiro.

Às 12h (horário de Brasília), o principal vencimento do açúcar bruto tinha valorização de 1,25%, cotado a US$ 17,04 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto o tipo branco em Londres registrava ganhos de 1,31%, a US$ 455,30 a tonelada.

"Os revendedores disseram que as preocupações com o clima seco no Brasil continuam dando suporte, embora sejam esperadas chuvas muito necessárias nos próximos dias", destacou a Reuters Internacional em referência ao avanço dos preços.

Em São Paulo, maior estado produtor do Brasil, a irregularidade climática pode gerar quebra de até 7% na produção de cana ante a temporada anterior, segundo Maria Christina Pacheco, presidente do o Consecana-SP (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo) e produtora na região de Capivari (SP).

"Em temos de estado de São Paulo, se fala de uma quebra em torno de 5% a 7%, em média, sendo que tem regiões onde a queda é muito maior. Na nossa região de Capivari (SP), alguns produtores veem perdas de safra de 20% ou mais nas suas propriedades porque a chuva é muito irregular”, explica Maria Christina.

“Temos regiões que nunca viram uma seca tão drástica. No meu caso, ela se parece com a seca de 2014, quando nós tivemos uma quebra média de 25%”, complementa a presidente do Consecana.

Veja mais:
» Consecana: Quebra na safra de cana de SP pode chegar a 7%, mas há produtores com perdas de mais de 20%

No financeiro, o mercado também encontra suporte nas variações positivas do petróleo neste início de tarde, além de uma leve valorização do real sobre o dólar, o que tende a desencorajar as exportações de commodities do Brasil, mas dá suporte aos preços.

Por outro lado, segundo a Reuters, há limitação para o açúcar no mercado internacional "pelas expectativas de que os bloqueios na Índia para conter a disseminação da Covid-19 provavelmente reduzirão a demanda por açúcar no maior consumidor mundial".

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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