Altas de mais de 3% do petróleo dão suporte ao açúcar em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (24) com ganhos leves a moderados nas bolsas de Nova York e Londres, após recuo em parte do dia. O suporte ao mercado veio da disparada do petróleo, além de temores com a safra brasileira e ajuste de posições.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,96%, cotado a US$ 16,83 c/lb, com máxima de 16,92 c/lb e mínima de 16,54 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres saltou 0,45%, negociado a US$ 449,40 a tonelada.
"Os preços do açúcar caíram inicialmente para baixas de três semanas hoje, com a previsão de chuvas nas áreas de cultivo de açúcar no Brasil, aliviando as preocupações com a seca, depois que a Somar Meteorologia previu 20 mm de chuva nas áreas do Brasil", disse a Barchart.
O mercado do adoçante, no entanto, se recuperou no início da tarde desta segunda-feira com uma disparada de mais de 3% nos futuros do petróleo com expectativas da demanda diante da vacinação contra a Covid-19 em meio potenciais entraves na retomada do acordo nuclear com o Irã.
"Os investidores estão se preparando para uma nova onda do que certamente seria um petróleo iraniano com grandes descontos… mas, apesar de todo esse alarmismo, é improvável que um aumento agressivo na produção e nas exportações iranianas paralise a redução dos estoques globais de petróleo", disse Stephen Brennock, da corretora PVM, à Reuters.
Apesar disso, segue atenção para os impactos da menor produção da safra brasileira, impactada pelo clima, na oferta global. "As condições de seca continuam no Brasil, mas algumas chuvas estão na previsão para o Paraná e São Paulo", disse em nota Jack Scoville, analista da Price Futures Group.
Também há atenção do mercado desde a semana passada para a demanda. A Suedzucker, maior produtora de açúcar da Europa, disse para a Reuters que espera um mercado de açúcar mais forte no futuro para a União Europeia na medida em que os países emergem dos bloqueios do coronavírus.
Mercado interno
O mercado do açúcar no Brasil terminou a semana com valorização. Como referência, na sexta-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,81%, cotado a R$ 116,03 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 123,05 a saca, segundo dados reportados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,60 c/lb com queda de 2,14%.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve queda de 4,53% na última semana, a R$ 2,9107 o litro, enquanto que o anidro perdeu 2,33%, a R$ 3,4120 o litro.
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