Marfrig compra fatia de 24% na rival BRF para diversificar investimentos, diz empresa

Publicado em 22/05/2021 21:00 e atualizado em 23/05/2021 18:16

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SÃO PAULO (Reuters) - A processadora de carnes Marfrig confirmou ter comprado cerca de 24,23% no capital da empresa de alimentos BRF, e disse que a operação "visa diversificar os investimentos" do grupo.

Em comunicados, Marfrig e BRF confirmaram as transações nesta sexta-feira. O negócio somou 196,68 milhões de papéis, comprados via opções e leilões em bolsa.

"A aquisição (...) visa a diversificar os investimentos da Marfrig em um segmento que tem complementaridades com seu setor de atuação numa empresa onde a administração vem realizando uma reconhecida gestão", disse a Marfrig, a acrescentou que "não pretende eleger membros para o conselho de administração ou exercer influência sobre as atividades da BRF".

Ela também disse que não foram celebrados contratos ou acordos sobre direito de voto.

O movimento da Marfrig evidencia a força da divisão da empresa na América do Norte, onde a demanda tem sido forte e os preços do gado, relativamente baixos. Isso impulsionou o preço das ações da empresa em relação às da BRF, cujas margens foram comprimidas pela maior dependência do Brasil.

Os ativos das empresas têm complementaridade, dado o foco da Marfrig em bovinos e da BRF, em aves e suínos. As duas competem com a rival e líder de mercado JBS, que tem uma base de produção diversificada que inclui vendas de alimentos processados e três tipos de proteínas.

O site Brazil Journal publicou mais cedo que a Marfrig já havia comprado 4,9% do capital da BRF e estava comprando ações adicionais do fundo de pensão Previ, mirando fatia de cerca de 20% na empresa.

As ações da BRF, que vinham subindo nos últimos dias em meio a negociações atípicas e elevados volumes, saltaram com as notícias e fecharam em alta de 16,2%, a 23,16 reais

Já o papel da Marfrig teve queda de 5,2%, a 19,04 reais.

Os frigoríficos brasileiros têm visto os lucros aumentarem nos últimos anos, ajudados pelo fortalecimento da demanda da China, especialmente a partir de 2018, quando uma peste mortal que afeta suínos forçou o abate de milhões de animais em 2018, abrindo espaço para importações de empresas estrangeiras.

Nos últimos meses, no entanto, os frigoríficos no Brasil têm enfrentado elevação drástica de custos, à medida que os preços do gado dispararam e os custos dos grãos atingiram níveis recordes, ameaçando encolher suas margens de lucro.

Antes da operação desta sexta-feira, as empresas já haviam discutido uma possível aquisição da BRF pela Marfrig, mas interromperam as negociações em julho de 2019.

BRF confirma que Marfrig comprou 24,2% do capital da companhia

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SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de alimentos BRF confirmou na sexta-feira que a processadora de carnes Marfrig comprou ações que podem resultar em participação de cerca de 24,23% do capital da companhia.

As operações, que envolveram até 196,68 milhões de papéis, foram realizadas via opções e leilões em bolsa, acrescentou a BRF em comunicado.

A BRF disse ainda que a Marfrig declarou que a aquisição "visa diversificar os investimentos da Marfrig em um segmento no qual possui complementaridades com seu setor de atuação".

A BRF também disse ter sido informada pela empresa de que a Marfrig não pretende eleger membros para a administração da empresa, exercer influência sobre decisões ou promover alterações no controle ou estrutura da companhia.

Grupo de direitos dos animais bloqueia centros de distribuição do McDonald's no Reino Unido

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LONDRES (Reuters) - Ativistas do grupo Animal Rebellion bloquearam centros de distribuição do McDonald's no Reino Unido neste sábado exigindo que a rede global de restaurantes foque em alimentos de origem vegetal.

Cerca de 50 manifestantes usaram caminhões e estruturas de bambu para impedir que caminhões saíssem dos quatro centros de distribuição do McDonald's no Reino Unido, disse o grupo.

Uma porta-voz do McDonald's no Reino Unido pediu desculpas aos clientes por qualquer interrupção.

O grupo disse que permaneceria nas instalações por pelo menos 24 horas para interromper a cadeia de suprimentos da empresa.

Imagens divulgadas pela Animal Rebellion mostraram uma réplica do modelo do logotipo dourado dos arcos em forma de M do McDonald's salpicado de tinta vermelha simulando sangue e manifestantes suspensos nas estruturas de bambu nos portões de um dos centros de distribuição.

Greta Thunberg quer rediscutir a forma como alimentos são produzidos

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ESTOCOLMO (Reuters) - A ativista ambiental sueca Greta Thunberg disse que quer repensar a forma como o mundo produz e consome alimentos para neutralizar o trio de ameaças representadas por emissões de carbono, surtos de doenças e sofrimento animal.

Em um vídeo postado no Twitter neste sábado, Thunberg disse que o impacto ambiental da agricultura e surtos de doenças como a Covid-19, que se supõe ter surgido a partir de animais, seriam reduzidos com mudanças na forma como os alimentos são produzidos.

"Nosso relacionamento com a natureza está deteriorado. Mas relacionamentos podem mudar", disse Thunberg no vídeo que marca o Dia Internacional da Diversidade Biológica.

O foco na agricultura e a vinculação da crise climática à pandemia é um novo ângulo no ativismo de Thunberg, que normalmente concentra sua ira nos formuladores de políticas e nas emissões de carbono vindas de combustíveis fósseis.

“A crise climática, a crise ecológica e a crise da saúde estão todas interligadas”, disse ela.

 

Greta Thunberg quer rediscutir a forma como alimentos são produzidos

 

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Fonte:
Reuters

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