Café: Mercado faz nova correção e encerra quarta-feira com baixas em Londres e Nova York
A quarta-feira (12) foi um de baixas para os principais contratos do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). "Os preços do café na quarta-feira caíram ainda mais em relação às altas da semana passada devido a alguma pressão de liquidação", destacou a análise do site internacional Barchart. Além disso, o dólar operou com valorização ante ao real nesta quarta-feira (12), dando mais um suporte de baixas para o café.
Julho/21 teve queda de 360 pontos, negociado por 146,50 cents/lbp, setembro/21 tinha baixa de 355 pontos, negociado por 148,45 cents/lbp, dezembro/21 teve queda de 355 pontos, valendo 150,85 cents/lbp e março/22 registrou baixa de 355 pontos, valendo 152,95 cents/lbp.
Em Londres, o café tipo conilon acompanhou e também encerrou com desvalorização. Julho/21 teve queda de uS$ 18 por tonelada, valendo US$ 1514, setembro/21 registrou baixa de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1537, novembro/21 teve desvalorização de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1554 e janeiro/22 registrou baixa de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1567.
Analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas já sinalizavam o movimento de baixa, considerando a forte valorização que o mercado registrou na semana passada. Apesar da queda, de acordo com especialistas, o cenário segue sendo de preços firmes para o café, já que há a expectativa de uma demanda mais aquecida no segundo semestre, ao mesmo tempo que o mercado absorve uma oferta mais restrita do Brasil.
"Um fator positivo para o café foram os dados do Cecafe na terça-feira, que mostraram que as exportações de café verde do Brasil em abril caíram -7,1% aa para 3,04 milhões de sacas", acrescenta o Barchart.
ANO SAFRA
No acumulado da safra 2020/21, as remessas do produto nacional evidenciam o comprometimento do setor em atender à demanda mundial e caminham para bater recorde. De julho de 2020 a abril deste ano, o Brasil exportou 39,5 milhões de sacas, apresentando crescimento de 16,6% frente às 33,9 milhões de sacas embarcadas nos primeiros 10 meses da temporada 2019/20. A receita acompanha o ritmo do volume e avança 14,1% no comparativo anual, aproximando-se de US$ 5 bilhões.
ANO CIVIL
De janeiro a abril deste ano, as remessas brasileiras de café atingiram 14,8 milhões de sacas, avançando 8,6% frente ao primeiro quadrimestre de 2020. Foram obtidos US$ 1,95 bilhão com os embarques, o que implica incremento de 6,1% em relação ao levantado em idêntico período anterior.
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+ Brasil exporta 3,3 milhões de sacas de café em abril
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também finalizou com baixas.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,68% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 818,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 2,75%, valendo R$ 778,00, Patrocínio/MG teve queda de 1,21%, estabelecendo os preços por R$ 815,00, Araguarí/MG teve queda de 1,18%, valendo R$ 840,00, Varginha/MG teve queda de 1,19%, negociado por R$ 827,00 e Franca/SP teve recuo de 1,19%, valendo R$ 830,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,71% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 860,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,60%, estabelecendo os preços por R$ 823,00, Patrocínio/MG teve queda de 1,17%, valendo R$ 845,00, Varginha/MG teve baixa de 1,15%, valendo R$ 860,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,68%, valendo R$ 877,00.
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