Suspensão de frigoríficos pela Arábia Saudita pode gerar prejuízo de R$ 25 milhões/mês no RS

Publicado em 11/05/2021 15:26 e atualizado em 11/05/2021 15:57
José Eduardo dos Santos - Presidente Executivo da ASGAV
Das 11 plantas brasileiras suspensas pelo país árabe, quatro estão localizadas no Rio Grande do Sul

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Entrevista com José Eduardo dos Santos - Presidente Executivo da ASGAV sobre o Impacto da suspensão da Arábia Saudita

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A suspensão de 11 plantas frigoríficas brasileiras processadoras de aves por parte da Arábia Saudita deve afetar, sobretudo o Rio Grande do Sul, onde quatro destas empresas embargadas estão localizadas. Segundo o presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o prejuízo pode chegar a R$ 25 milhões ao mês. 

O anúncio da interrupção das exportações de 11 das 22 plantas habilitadas a exportar para a Arábia Saudita foi feito de maneira unilateral pelo país árabe na última quinta-feira (6), após divulgação de uma lista atualizada das empresas brasileiras autorizadas pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA). 

Nesta segunda-feira (10), o Ministério de Relações Exteriores brasileiro informou que foi comunicado verbalmente pela autoridade sanitária saudita de que a suspensão se deu porque "produtos exportados pelas empresas envolvidas teriam ultrapassado limites e padrões microbiológicos" estabelecidos em regras e normativas. Apesar de não haver confirmação de qual ou quais microorganismos teriam sido detectados nas cargas, fontes ligadas ao comércio entre os dois países apontam que o governo saudita alega ter encontrado salmonella no pdotuto brasileiro.

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De acordo com Santos, além do prejuízo financeiro ao Estado, um excedente de 14,5 mil toneladas deve ficar em solo brasileiro todo mês caso esta produção que seria destinada à Arábia Saudita não for canalizada para outros parceiros comerciais. Atualmente, de acordo com a plataforma Comex Stat do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de janeiro a abril deste ano o Rio Grande do Sul é colocado como o terceiro Estado brasileiro que mais exporta  a proteína.

"Das quatro plantas suspensas, três são de propriedade do Grupo JBS, e por ser uma empresa de maior porte, há mais recursos para redirecionar a produção. Entretanto, o frigorífico Agroaraçá tem justamente como carro-chefe o atendimento da Arábia Saudita com os abates na modalidade halal, e terá de tomar medidas para contornar a situação", disse.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    A noticia traz sempre uma "manchete". Ocorre que os editores já conhecem o hábito do leitor brasileiro, que é ... SÓ LER A MANCHETE ...

    Alguém já deixou de cumprir um contrato? ... A "justiça" é benevolente com esse descumpridor de contrato? ... O mercado vê com bons olhos ?

    Pois é... Alguém se lembra da Eldorado Celulose do grupo J&F? A maior fábrica de celulose construída em Três Lagoas-MS e que foi vendida para uma empresa multinacional. Então, os irmãos "weslweis" roeram a corda e estão querendo mais uns R$ 6 bilhões da venda. Após perderam a ação, numa arbitragem internacional que julgou o caso, recorreram na primeira instância do judiciário brasileiro. Vocês sabem como funciona isso no Brasil, não é?

    Eh! Por que não "WHY NOT" ... Nome de batismo do iate que o Joeslei levou para os EUA, para se banhar nas águas salgadas do mar de Miami.

    SERÁ QUE NÃO É UMA RETALIAÇÃO DO MERCADO NA "TRAIRAGEM" DOS "WESLEIS"???

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