Apenas 28% da safrinha do Paraná é avaliada em boas condições pelo Deral; índice de ruins aumenta na semana
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.
O relatório semanal apontou que 98% das lavouras da safra verão no estado já foram colhidas. O restante está divido entre 1% em frutificação e 99% já na fase de maturação.
No que diz respeito à qualidade das lavouras, 52% delas foram avaliadas com boas. O índice de médias ficou em 26% e as áreas avaliadas como ruins ficaram em 22%. Na semana anterior os índices eram de 56%, 25% e 18% respectivamente.
As únicas regiões seguem colhendo no estado são União da Vitória (78% colhido com apenas 20% de lavouras em bom estado contra 40% em ruim), Curitiba e Londrina (95%) e Guarapuava (98%).
Já para a segunda safra, o plantio se manteve em 99% no estado, com as lavouras se dividindo entre germinação (1%), descanso vegetativo (52%), floração (32%), frutificação (12%) e maturação (3%). Enquanto isso, o índice de lavouras avaliadas com em boas condições se caiu de 40% para 28%, o de médias subiu de 42% para 45% e o de ruins saiu de 18% para 27%.
A região de Londrina é a única que segue sem ter completado as atividades de semeadura (92%). Já na qualidade das lavouras, destaque negativo para Cornélio Procópio, Paranavaí e Pato Branco com 60%, 50% e 35% das lavouras avaliadas como ruins, respectivamente.
A região de Marechal Cândido Rondon no oeste do Paraná, por exemplo, não recebe boas chuvas desde o dia 16 de março. De lá para cá, apenas 6 mm acumulados e o aparecimento dos reflexos desta situação já aparecem nas lavouras do milho safrinha.
O presidente do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondo/PR, Edio Luiz Chapla, explica que os 20% de lavouras que foram plantadas ainda em fevereiro são as que estão sofrendo mais, uma vez que já estão em fases reprodutivas, e podem ter perda de, no mínimo, 40%. Já os 80% restantes que foram semeados em março, ainda estão em fases vegetativas, mas também perderam cerca de 30% do potencial produtivo.
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De acordo com dados da Geosys Brasil, o estado enfrenta a menor umidade do solo dos últimos 30 anos e as plantas de milho segunda safra apresentam o mais baixo índice de vigor das últimas 5 safras.
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