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Incidência de bicudo-da-cana elevou movimentação de inseticidas para manejo nas lavouras em 2020

Publicado em 30/04/2021 16:01 e atualizado em 30/04/2021 16:57
Lucas Lima Alves - Coordenador de projetos da Spark Inteligência Estratégica
Dados de um estudo da Spark mostram que a compra de defensivos para cana-de-açúcar saiu de R$ 48 milhões em 2018 para R$ 102 milhões em 2020

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Entrevista com Lucas Lima Alves - Coordenador de projetos da Spark Inteligência Estratégica sobre Percevejo na cana-de-açúcar

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​A incidência do bicudo-da-cana (Sphenophorus levis) registrou aumento no último ano, cenário que pôde ser apurado diante da elevação na movimentação de inseticidas contra a praga, saindo de R$ 48 milhões em 2018 para R$ 102 milhões em 2020, segundo levantamento publicado pela Spark Inteligência Estratégica.

Além do bicudo, outras pragas também têm sido acompanhadas pelo produtor de cana-de-açúcar ao longo das últimas safras, como a cigarrinha e a broca da cana, por exemplo. Apesar disso, o mercado de fungicidas para a cultura é mais restrito do que em outros setores em decorrência da resistência da cultura para doenças.

"A tendência do estudo mostra um avanço desse tipo de tratamento... Há duas safras, era somente 10% da área que tinha aplicação, em torno de 900 mil a 1 milhão de hectares. Hoje, esse número praticamente dobrou, temos 21% da área que faz tratamento de Sphenophorus", explica Lucas Lima Alves, coordenador de projetos da Spark.

O especialista explica que esse aumento da praga pode estar relacionado com a expansão da colheita crua da cana, já que quando havia queimada essas espécies eram eliminadas.

No último ano, o mercado de defensivos para a cana-de-açúcar como um todo teve um pequeno recuo de 4%, quando apurada a movimentação em dólar, totalizando movimentação de US$ 1,4 bilhão. Por outro lado, Já em termos de real, o registro foi de R$ 5,8 bilhões, sobre R$ 5,6 bilhões no ano anterior, acumulando avanço de cerca de 8%.

O levantamento da empresa ainda apontou um aumento no uso de novas ferramentas tecnológicas, como os insumos biológicos, que registraram um salto de quase 20% em um ano, apesar de representatividade ainda pequena. Dos tradicionais, os herbicidas e os inseticidas lideram a relação.

"A cultura da cana-de-açúcar talvez seja uma das que tenha no Brasil o índice mais elevado de uso de biológicos. Historicamente, entre 40% e 45% da área já faz aplicação com produtos biológicos e nessa última safra isso até avançou para 50% da área com pelo menos uma aplicação desse tipo de produto", diz Alves.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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