Após disparada, açúcar recua mais de 3% em NY nesta 4ª feira
Após máximas históricas no início da semana, as cotações do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres encerraram a sessão desta quarta-feira (28) com perdas de mais de 3%. A sessão foi marcada por realização de lucros ante os últimos dias, além de assimilação com dados das origens.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou a sessão com desvalorização de 3,44%, cotado a US$ 17,14 c/lb, com máxima de 17,60 c/lb e mínima de 17,00 c/lb. O tipo branco em Londres registrou recuo de 3,68%, negociado a US$ 462,70 a tonelada.
Depois de repercutir as preocupações nos últimos dias com o clima adverso ao desenvolvimento da safra brasileira, com máxima próxima dos US$ 18 c/lb em Nova York na véspera, as cotações do adoçante nos terminais externos caíram com movimento de realização de lucros.
Ainda assim, o mercado no terminal norte-americano se sustentou acima dos US$ 17 c/lb no dia. Afinal, seguem as preocupações com a safra brasileira.
"As condições de seca podem reduzir a produção de açúcar no Brasil depois que a Somar Meteorologia disse recentemente que a umidade do solo nas regiões de cultivo tem sido insuficiente para proporcionar um bom desenvolvimento das lavouras de cana", disse a Barchart.
Condição da safra brasileira segue sendo acompanhada, apesar de recuo em NY no dia - Foto: Unica
Na véspera, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) confirmou que a safra 2021/22 de cana-de-açúcar do Centro-Sul do país tem começado lenta. Na primeira quinzena de abril, foram processadas 15,63 milhões de toneladas de cana frente 22,5 milhões da safra 2020/2021 (-30,57%).
Além disso, o Commerzbank destacou durante a sessão que há perspectivas de melhora na oferta do adoçante nos principais produtores da União Europeia, além de Índia e Tailândia, dando maior alívio para o cenário de comercialização e contribuindo para a pressão aos preços.
"Negociadores disseram que o açúcar pode cair mais nos próximos dias em um cenário de forte oferta da Índia, embora as perdas devam ser limitadas devido às preocupações com a oferta do Brasil e como os fundos ainda têm capacidade e inclinação para comprar mais", destaca a Reuters.
Do lado do financeiro, o mercado também repercute a valorização do real ante o dólar, o que desencoraja as exportações da commodity e dá suporte aos preços.
Mercado interno
Após avanços seguidos nos últimos dias, a última sessão foi de queda para o açúcar na referência paulista. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,51%, cotado a R$ 111,94 a saca de 50 kg na véspera.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 114,01 a saca, segundo dados reportados pela Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 19,42 c/lb, com salto de 4,31% sobre o dia anterior.
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