Mais um dia de preços excelentes em Chicago... Mas no Brasil poucos estão aproveitando as altas futuras
Exportação de soja do Brasil já soma 14,6 mi t em abril e deve bater recorde mensal
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de soja totalizaram 14,6 milhões de toneladas até a quarta semana deste mês, volume que caminha para superar o recorde mensal de 14,85 milhões registrado em abril do ano passado, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira.
O ritmo de embarques da oleaginosa atingiu 974,6 mil toneladas ao dia (útil), ante a média diária de 742,7 mil em abril de 2020, e permanece próximo de 1 milhão de toneladas por dia semelhante ao cenário visto nas últimas semanas.
O movimento ocorre em momento em que o país --maior produtor e exportador global de soja-- praticamente encerrou a colheita da safra 2020/21, o que elevou o volume de grãos disponíveis para embarque.
Ainda segundo os dados da Secex, outro destaque é o algodão, cuja média diária de embarques mais que dobrou de 4,5 mil toneladas para 9,6 mil toneladas.
Dólar fecha em baixa de 0,87%, a R$ 5,4488
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar começou a semana em queda frente ao real, fechando no menor patamar em dois meses e abaixo de 5,45 reais, com as operações domésticas acompanhando o rali de moedas de commodities no exterior em meio a esperanças de retomada da economia mundial.
Aqui, o mercado também passou a colocar nos preços expectativas de avanço na agenda de reformas, superado o imbróglio orçamentário.
O dólar à vista caiu 0,87%, a 5,4488 reais na venda --menor patamar de encerramento desde 24 de fevereiro (5,4219 reais).
A moeda operou em queda por toda esta sessão, variando entre 5,4912 reais (-0,10%) e 5,4389 reais (-1,05%).
O dólar caiu em oito dos últimos nove pregões.
Ibovespa fecha no azul, com disparada de Cia Hering e força de empresas de metais
SÃO PAULO (Reuters) - O principal indicador da bolsa brasileira fechou quase estável nesta segunda-feira, com ganhos vigorosos do setor de metais sobrepujando a pressão exercida pela realização de lucros com ações como de bancos.
A sessão teve como estrela a varejista Cia Hering, cujas ações escalaram 26% após anúncio de acordo para ser incorporada pelo Grupo Soma.
Após superar os 121 mil pontos na primeira hora da sessão, o Ibovespa perdeu fôlego, chegou a ter fechamento preliminar no vermelho, mas reverteu de novo nos ajustes, para leve alta de 0,05%, aos 120.594,61 pontos. O movimento foi discreto, com giro financeiro do dia somando 25,4 bilhões de reais, abaixo da média recente.
O principal índice acionário brasileiro mostrou correlação negativa com Wall Street, perdendo força à medida que os das bolsas de Nova York ampliavam ganhos.
"As expectativas em relação à pandemia dão o tom do mercado brasileiro, justamente por isso o descolamento em relação ao exterior", afirmou Lucas Collazo, da Rico Investimentos, citando também preocupações ligadas aos efeitos da CPI da Covid.
Após o Ibovespa ter avançado cerca de 10 mil pontos desde o início e março e voltado ao azul no acumulado do ano, parte dos investidores têm preferido vender algumas ações que mais subiram no período, com as de bancos, peso negativo nesta sessão.
O contraponto foram ações ligadas a commodities, com destaque para metais, refletindo o continuado otimismo global com o setor, diante de sinais de "recuperação acelerada das economias desenvolvidas e chinesa", afirmou Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
Governo prepara proposta inicial para abertura do mercado de energia
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia prevê começar a partir de junho avaliações sobre proposta inicial de mudanças necessárias para a viabilização de uma futura expansão do chamado mercado livre de eletricidade, disse nesta segunda-feira a secretária-executiva da pasta, Marisete Pereira.
Essas análises farão parte de um plano de modernização da legislação e da regulação do setor elétrico conduzido pelo governo e que já tem sido discutido com o Congresso por meio de um projeto de lei hoje em tramitação na Câmara, explicou ela, ao participar de evento promovido pelo Canal Energia.
No mercado livre, empresas com maior demanda, como indústrias, podem negociar diretamente o suprimento de energia e preços junto aos fornecedores, como geradores e comercializadoras de eletricidade.
O plano de reforma prevê reduzir gradualmente exigências para que consumidores atuem nesse segmento, visando uma abertura total do mercado livre que ao final permitiria que até consumidores residenciais operem no setor.
Marisete disse que o ministério deve receber em junho um estudo preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com proposta de um "passo a passo" para essa abertura de mercado.
Segundo ela, a transição para um mercado totalmente livre precisaria levar em consideração possíveis riscos às finanças das empresas de distribuição, uma vez que estas compram energia em contratos de longo prazo para atender seus clientes.
Uma eventual migração em massa de consumidores para o mercado livre após a reforma poderia assim deixar as distribuidoras com excesso de energia contratada frente à demanda.
"Obviamente, é um grande desafio, porque essa abertura de mercado tem que ser olhada à luz do segmento de distribuição, da sustentabilidade do segmento de distribuição", disse Marisete.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu as ações em curso para modernização do setor elétrico e disse que o governo está empenhado em aprovar o projeto de lei de reforma regulatória hoje em tramitação no Congresso.
"Com a aprovação do marco legal caminharemos para um setor com maior competitividade, mais eficiente e com melhor alocação de custos", defendeu ele, ao discursar na abertura do evento.
LEILÃO
Enquanto o projeto de modernização do setor de energia é avaliado por parlamentares, o governo tem avançado com algumas ações permitidas por mudanças legislativas trazidas pela medida provisória 998/2020, já transformada em lei, disse a secretária-executiva.
Ela citou como exemplo a realização de um novo tipo de leilão de energia, voltado à contratação de usinas que operarão como reserva de capacidade.
"Esse leilão está planejado para que a gente realize entre novembro e dezembro de 2021", afirmou.
Segundo ela, o novo formato dessa licitação é importante porque promoverá uma divisão de custos das usinas contratadas tanto entre clientes atendidos por distribuidoras, chamados de consumidores regulados, quanto consumidores livres.
"Fazer esse leilão é fazer com que todos paguem pela segurança (de suprimento de energia), porque nos últimos 15 anos quem pagou pela segurança do sistema foi o consumidor regulado, e por isso também que temos uma grande migração para o mercado livre", explicou ela.
SEM URGÊNCIA
A secretária do Ministério de Minas e Energia disse ainda que o governo não vê necessidade de medidas emergenciais para o setor elétrico no momento, mesmo com o recrudescimento da pandemia e expectativas de forte alta nas tarifas em 2021.
Em 2020, o governo editou duas medidas provisórias com ações de apoio a elétricas e aos consumidores de energia em meio à pandemia. As MPs permitiram a viabilização de empréstimos junto a bancos para apoiar o caixa de distribuidoras devido aos impactos da crise do coronavírus e ainda ajudaram a conter aumentos nas tarifas no ano passado.
"Entendo nesse momento não ser necessária nenhuma medida emergencial", afirmou Marisete.
Ela ainda aproveitou para elogiar medidas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada, que segundo o órgão regulador evitarão um salto médio de quase 20% nas tarifas de energia em 2021.
"Foi um esforço muito grande em fazer com que os reajustes a serem praticados agora... ficassem menores que duas casas decimais", disse a secretária, ao pontuar que houve um trabalho conjunto do ministério com a agência reguladora nesse sentido.
Congresso tem compromisso de votar reformas tributária e administrativa em 2021, diz Lira
(Reuters) - A Câmara dos Deputados e o Senado têm o compromisso de votar ainda neste ano as reformas tributária e administrativa, disse nesta segunda-feira o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em sua conta no Twitter.
Lira avaliou que a reforma administrativa, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, deve andar mais rápido e pode ter sua comissão especial instalada entre os dias 10 e 14 de maio. Já no caso da reforma tributária, prometeu envolver-se pessoalmente na discussão e defendeu que seja votada por partes, de forma a possibilitar a aprovação.
"Vou coordenar pessoalmente e com os líderes da Casa os encaminhamentos para as tratativas da reforma tributária. Tivemos um atraso com o recrudescimento da pandemia mas a reforma administrativa, por exemplo, já começa a ser discutida com algumas audiências públicas", afirmou na rede social.
"Eu acredito que possamos votar as duas reformas este ano. Temos o compromisso das duas Casas de votar este ano as duas reformas. Procurarei o ministro Paulo Guedes para falar sobre a reforma tributária", acrescentou.
Segundo o deputado, a ideia é sentar com o ministro da Economia para saber o que o governo considera prioridade e levar a sugestão de iniciar a discussão e votação pelos pontos menos polêmicos.
"Se você tentar muitas vezes, a gente tem aquela máxima, comer um boi inteiro, você não consegue. Mas você sai fatiando ele, você sai indo das partes mais fáceis para as mais difíceis, você consegue adiantar uma reforma", acrescentou o presidente da Câmara, separadamente, em entrevista à rádio Jovem Pan.
A aprovação ainda em 2021 das reformas tributária e administrativa também é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Lira lembrou, ainda, que o Executivo já iniciou o pagamento do auxílio emergencial e cabe agora ao Congresso votar as reformas e medidas que ajudem na recuperação do país.
A tramitação das duas matérias -- naturalmente espinhosas por tratarem de interesses dos entes federados, no caso da tributária, e do funcionalismo público, da administrativa -- pode, no entanto, enfrentar dificuldades por causa da pandemia de Covid-19 e do calendário eleitoral do ano que vem.
Especificamente sobre os impactos da CPI, prevista para ser instalada na terça-feira, Lira voltou a dizer que não considera o momento adequado.
"Tínhamos que estar focados para que ao final (do pagamento)desse auxílio (emergencial), nós já tivéssemos um modelo para criar um sistema permanente substituindo o Bolsa Família, mais inclusivo, com mais acesso às pessoas que estavam fora do Cadastro Único", opinou.
"Estamos brigando com nós mesmos, politizamos demais a crise. Nós agora estamos às vésperas da instalação de uma CPI. Eu continuo na mesma posição: não seria o momento de todos nós estarmos focados em encontrarmos soluções, vacinas, situações de convívio em vez de estarmos agora neste momento paralisando uma das Casas -- porque vai paralisar – para tentarmos encontrar culpados?".
Guedes quer aprovar reforma tributária em 4 fases, priorizando IVA dual (no Poder360)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido em conversas com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que a reforma tributária seja aprovada em 4 fases.
A proposta é que a mudança no sistema de impostos seja aprovada começando pelo IVA dual. Na sequência, seriam feitas alterações no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e nos impostos seletivos, no Imposto de Renda de empresas e dividendos e, por fim, a criação de um passaporte tributário.
Eis a ordem e as principais medidas de cada uma das fases:
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IVA dual – transforma o PIS/Cofins num imposto sobre valor adicionado e permite a adesão de Estados ao sistema de maneira voluntária. O problema é saber qual será a alíquota que os Estados vão querer cobrar. Começaram falando em 30%. Hoje, admitem 25%. “Teria de baixar para 20%, e desonerando os serviços”, diz Guedes;
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IPI e impostos seletivos – nessa 2ª fase seriam revistas essas taxações específicas, que mudam a cara de como a indústria funciona, pois muitas isenções teriam de ser revogadas;
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IR de empresas e dividendos – quando chegar nesse tópico, o imposto para pessoas jurídicas seria reduzido e os dividendos passariam a ser tributados. “Empresa paga até 39% de imposto e os ricos, os donos dos negócios, não pagam nada sobre os dividendos. Isso tem de ser invertido”, explica Guedes;
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Passaporte tributário – permitir regularização de impostos não recolhidos, uma espécie de “novo Refis”. Outro programa de repatriação de dinheiro de brasileiros no exterior. Autorizar corrigir valor de bens declarados mediante pagamento de taxa.
Em relação aos projetos do Refis e de repatriação de recursos, defendidos por Rodrigo Pacheco em entrevista ao Poder360, Guedes deseja colocar condições bem duras. No caso de dinheiro escondido no exterior, acha que a nova repatriação deva ter “regras mais rígidas do que a anterior”, ou seja, com taxação maior.
LIRA CONCORDA COM PROJETO “FATIADO”
Mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan, Lira também disse que a discussão sobre a reforma tributária deve ser repartida em temas para facilitar sua aprovação. “A gente tem aquela máxima de que se você tentar comer um boi inteiro, você não consegue. Mas, se você sai fatiando ele, você come mais fácil”, declarou.
O chefe da Câmara dos Deputados prometeu apresentar o relatório na 2ª feira da semana que vem (3.mai). Ele ponderou, no entanto, que a reforma administrativa deve avançar antes da nova lei tributária.
Mais cedo, em sua conta no Twitter, Lira justificou um suposto atraso no debate sobre a reforma tributária pelo recrudescimento da pandemia.
“Vou coordenar pessoalmente e com os líderes da Casa os encaminhamentos para as tratativas da reforma tributária. Tivemos um atraso com o recrudescimento da pandemia, mas a reforma administrativa, por exemplo, já começa a ser discutida com algumas audiências públicas”, escreveu.
Adesão à OCDE pode impulsionar crescimento do PIB per capita do Brasil em 0,4% ao ano, diz Ipea
BRASÍLIA (Reuters) - A entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) poderia impulsionar o crescimento econômico per capita em 0,4% ao ano, segundo um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A adesão do Brasil à OCDE estimularia os fluxos de capital, investimento e comércio internacional, impulsionando o crescimento do Produto Interno Bruto em cerca de 7 bilhões de dólares por ano, disse o Ipea em um relatório.
O PIB per capita do Brasil tem caído drasticamente nos últimos anos, pois a economia não conseguiu se recuperar totalmente da recessão de 2015 a 2016, enquanto a moeda brasileira tem se desvalorizado em relação ao dólar.
De acordo com dados do Banco Central, o PIB per capita a preços constantes em dólares no ano passado foi de 6.819,97 dólares, mínima desde 2006 e cerca de metade do que foi em seu pico, em 2011, de mais de 13 mil dólares.
A queda foi notavelmente acentuada no ano passado, quando o real perdeu quase 30% de seu valor em relação ao dólar. Os números do BC mostram que o PIB per capita em 2019 ficou em quase 9 mil dólares.
Em termos locais, o PIB per capita da maior economia da América Latina no ano passado ficou em 35.172 reais, um pouco abaixo da máxima recorde de 2019, de 35.247 reais, de acordo com o Banco Central.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia dito que espera que o Brasil se junte à OCDE até o final deste ano, enquanto o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a recente autonomia da autoridade monetária deve ajudar no processo.
Bolsonaro critica governadores e diz que está na hora de "novo grito de independência"
BRASÍLIA (Reuters) - Na véspera da instalação da CPI do Covid pelo Senado, o presidente Jair Bolsonaro voltou nesta segunda-feira a criticar governadores, a quem chamou de "pseudo ditadores" por terem adotado medidas de restrição de circulação por causa da pandemia, e afirmou que está na hora do Brasil dar "seu novo grito de independência".
Em uma cerimônia em que foi inaugurar 22 quilômetros da duplicação na BR-101 na Bahia, o presidente afirmou que não se pode admitir que "alguns governadores imponham uma ditadura no país".
"Está chegando a hora de o Brasil dar seu novo grito de independência", disse o presidente, se especificar ao que estava se referindo.
Bolsonaro ainda previu um fim rápido para a situação vivida pelo país hoje, de restrições de circulação e crise econômica, apesar do Brasil ter ainda quase 3 mil mortes diárias pela Covid-19 e entre 40 mil e 50 mil novos casos diários.
"Esse suplício está chegando ao fim. Logo voltaremos à normalidade", disse.
A CPI da Covid, que investigará a resposta do governo federal à pandemia e as ações do presidente, que frequentemente descumpre normas sanitárias básicas, como uso de máscaras e evitar aglomerações, será instalada no Senado na terça.
Nesta segunda, na Bahia, Bolsonaro foi filmado por membros de sua equipe sem máscara, cumprimentando centenas de pessoas aglomeradas.
O evento de inauguração da duplicação era fechado à população, mas o próprio presidente revelou, em seu discurso, que pediu que fosse aberto para entrada das pessoas que o esperavam, causando mais aglomerações.
Congresso não é delegacia de polícia, diz Lira às vésperas de instalação da CPI da Covid
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avaliou nesta segunda-feira, véspera de instalação da CPI da Covid no Senado, que uma investigação do Legislativo neste momento é uma "perda de tempo" e poderá atrasar votações importantes.
Lira lembrou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) irá demandar ações e estruturas do Legislativo, do Executivo Federal, de Estados e municípios.
"É perda de tempo neste momento se instalar uma CPI, porque o Congresso não é delegacia de polícia neste momento, é a Casa de leis. Neste momento precisamos produzir que facilitem a vida do cidadão", disse o presidente da Câmara em entrevista à Jovem Pan.
"Neste momento em nada vai contribuir para a diminuição de mortes ou o aumento de vacinas, que é o que nós precisamos", afirmou.
O presidente da Câmara já declarava essa posição mesmo antes de se eleger para o comando da Câmara, assim como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que fiava-se na prerrogativa de analisar a conveniência e o momento oportuno para determinar a criação e instalação da CPI.
Pacheco, no entanto, se viu forçado a criar a comissão a partir de decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, depois chancelada pelo plenário da corte.
"Estamos brigando com nós mesmos, politizamos demais a crise", avaliou Lira nesta segunda.
"Nós agora estamos às vésperas da instalação de uma CPI. Eu continuo na mesma posição: não seria o momento de todos nós estarmos focados em encontrarmos soluções, vacinas, situações de convívio em vez de estarmos agora neste momento paralisando uma das Casas --porque vai paralisar-- para tentarmos encontrar culpados?", disse.
Questionado, o presidente da Câmara também comentou os mais de 100 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro e a iniciativa de partidos, movimentos sociais, juristas e lideranças religiosas que discutem a unificação de vários dos argumentos já apresentados para compilar um "superpedido".
Lira considerou a movimentação e a pressão naturais, uma vez que o país está "dividido", referindo-se aos índices de apoio a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"É normal, é democrático. O Brasil está literalmente dividido. Você tem aí um ex-presidente com 30%, e o atual presidente com 30%", avaliou.
Lira lembrou ainda que cabe ao presidente da Câmara não apenas avaliar os fatos e argumentos das peças, mas também a "oportunidade" e a "conveniência" de dar prosseguimento a elas. Segundo ele, 90% a 95% dos pedidos "não têm absolutamente nenhuma razão de ter sido apresentado, a não ser um fato político que queira se gerar", e alguns outros têm "muito pouca coisa".
"Então neste momento, neste momento, não é conveniente você tratar de um assunto dessa gravidade com esse tamanho. Então qualquer pedido de impeachment precisa ser oportunizado, é uma mudança drástica na sociedade brasileira."
O deputado voltou a dizer que "no tempo adequado" irá analisar e se pronunciar sobre os pedidos "de forma responsável".
"Quem errou, se errou, quem cometeu erros, dolo, falta de boa gestão no recurso público com relação à Covid, estará necessariamente responsabilizado no tempo adequado.".
Futuros do aço e minério de ferro na China tocam máximas recorde com forte demanda
PEQUIM (Reuters) - Os futuros do aço na China fecharam em máxima recorde nesta segunda-feira, sustentados por uma robusta demanda e preocupações com restrições à produção, enquanto os preços de referência do minério de ferro também tocaram níveis recorde devido a temores sobre escassez de oferta.
A província chinesa de Shaanxi pediu recentemente a governos locais, seguindo o órgão estatal de planejamento e outras autoridades, que verificassem a produção de aço das siderúrgicas locais em 2020, explicando eventuais descumprimentos de metas.
Outro pólo siderúrgico, a cidade de Handan, na província de Hebei, recentemente emitiu aviso pedido a usinas que implementem medidas de controle da produção no segundo trimestre.
Essas medidas geraram preocupações quando a maiores restrições produtivas no setor de ferrosos, elevando os preços uma vez que a demanda ainda está forte e em sua época de pico.
O contrato mais ativo do vergalhão de aço para construção na bolsa de Xangai, para entrega em outubro, chegou a subir 4,3%, a 5.475 iuanes por tonelada (843,63 dólares), antes de fechar com ganhos de 2,3%, a 5.371 iuanes.
O minério de ferro na bolsa de Dalian com entrega em setembro fechou em alta de 4,3%, a 1.145 iuanes, após ter chegado a saltar 6,3% mais cedo.
"Os preços do minério de ferro estão sendo apoiados principalmente pela contradição estrutural da oferta, há escassez de produtos de qualidade média e alta", disse Zhuo Guiqiu, analista da Jinrui Capital.
Mesmo os finos super especiais com gradação de minério de ferro de 56,7%, vista como baixa, eram negociados a mais de 1.200 iuanes por toneladas, acima do contrato futuro mais ativo, acrescentou Zhuo.
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