Joe Biden tem 52% de aprovação, índice mais baixo do que de antecessores

Publicado em 25/04/2021 17:48
Pesquisa Washignton Post e ABC News sobre os primeiros 100 dias de governo (no Poder360)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aproxima-se de seus primeiros 100 dias no comando da Casa Branca com 52% de aprovação, índice mais baixo que dos antecessores mais recentes. O dado é de pesquisa Washington Post/ABC News divulgada neste domingo (25.abr.2021). Leia a íntegra (399 KB), em inglês.

O percentual é o 3° mais baixo entre os presidentes em 100 dias no cargo desde Harry Truman, que presidiu os EUA de abril de 1945 a janeiro de 1953. As duas exceções são Gerald Ford, em 1974, com 48% de aprovação, e Donald Trump, em 2017, com 42%. Considerando os primeiros 100 dias das últimas 14 administrações, a média de aprovação dos ex-presidentes foi de 66%.

O partidarismo intensificado nos últimos anos também é um fator na avaliação geral de Joe Biden. Só 13% dos republicanos aprovam seu trabalho no cargo, correspondendo exatamente à aprovação de Trump pelos democratas em seus 100 dias de gestão.

São 65% os que aprovam o Plano de Resgate Americano, o pacote de estímulo econômico para combater a crise econômica causada pela pandemia. A gestão da pandemia é aprovada por 64%. A proposta de aumentar impostos corporativos é apoiada por 58%. O pacote de infraestrutura, o Plano de Emprego Americano, tem apoio de 52%. Menos da metade (37%) aprova o trabalho do democrata em relação à crise migratória na fronteira com o México.

A aprovação de Biden atinge o pico entre aqueles que estavam mais aptos a apoiar o democrata na eleição presidencial: democratas (90%), liberais (86%) e negros (82%). É mais alta entre pessoas com grau universitário (56%) do que entre aqueles que não têm diploma (48%). No recorte por gênero, a taxa de aprovação entre as mulheres (56%) também é maior que a dos homens (48%).

METODOLOGIA

A pesquisa ABC News/Washington Post foi conduzida por telefone fixo e telefone celular de 18 a 21 de abril de 2021, em inglês e espanhol, em uma amostra aleatória de 1.007 adultos nos Estados Unidos. Os resultados têm uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais. As divisões partidárias são de 33%, 24% e 35% entre democratas, republicanos e independentes, respectivamente.

Turquia promete reação depois de Biden reconhecer genocídio na Armênia (Poder360)

Porta-voz diz que caso é ‘ultrajante’; Parlamento turco vai se manifestar

Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan deve dar uma resposta a declaração de Biden " em um momento apropriado", disse o porta-voz

O porta-voz presidencial da Turquia e conselheiro presidencial, Ibrahim Kalin, disse neste domingo (25.abr.2021) que é “simplesmente ultrajante” a declaração do presidente norte-americano, Joe Biden, feita no sábado (24.abr.2021), reconhecendo formalmente o massacre de armênios em 1915 como genocídio.

“Haverá reação de diferentes formas, tipos e graus nos próximos dias e meses“, disse o porta-voz e conselheiro do presidente turco, Tayyip Esdogan, à agência de notícias Reuters.

Kalin não especificou que tipo de reação o país pretende tomar. A Turquia reconhece que vários armênios que viviam no Império Otomano morreram em confrontos com as forças otomanas na 1ª Guerra Mundial, mas nega que as mortes tenham sido orquestradas e constituam um genocídio.

O porta-voz disse ainda que o parlamento turco deve fazer uma declaração sobre o assunto na semana seguinte. Disse também que as negociações entre os 2 países serão mais difíceis. “Tudo o que conduzirmos com os Estados Unidos estará sob o feitiço desta lamentável declaração”, destacou.

DECLARAÇÃO DE BIDEN 

O presidente norte-americano fez a declaração reconhecendo o genocídio no Dia da Memória do Genocídio Armênio. Foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a fazer tal reconhecimento. Leia aqui a declaração, em inglês.

Os presidentes norte-americanos evitam descrever os assassinatos dessa forma para evitar tensão diplomática com a Turquia. Ronald Reagan chegou perto: referiu-se tangencialmente ao “genocídio dos armênios” em uma declaração de 22 de abril de 1981.

Antes da declaração, Joe Biden ligou na 6ª feira (23.abr) para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e comunicou sua intenção de se pronunciar. Afirmou que deseja melhorar o relacionamento dos dois países e encontrar “uma gestão eficaz das divergências”. Os 2 concordaram em realizar uma reunião bilateral na cúpula da Otan em Bruxelas, em junho.

Em resposta à declaração deste sábado, Erdogan, acusou “terceiros” de interferirem nos assuntos da Turquia. “Ninguém aproveita do fato que os debates –que deveriam ser mantidos por historiadores– sejam politizados por terceiros e se tornem um instrumento de interferência em nosso país”, afirmou Erdogan.

O reconhecimento dos assassinatos e deportações dos armênios durante a 1ª Guerra Mundial era uma promessa de campanha de Biden. Muitos historiadores consideram as mortes dos armênios como o primeiro genocídio do século 20.

Em 24 de abril de 1915, ataques foram realizados em Istambul e autoridades turcas prenderam e deportaram milhares de intelectuais pertencentes à elite armênia. O ministro do Interior otomano na época declarou que o objetivo da operação era livrar a capital dos armênios.

A negação do genocídio pela Turquia está enraizada na sociedade turca. Estudiosos e historiadores que ousaram usar o termo foram processados ​​de acordo com a Seção 301 do código penal da Turquia, que proíbe “desonrar o turco”. Na Armênia, os eventos são uma cicatriz carregada de geração a geração que ainda evocam fortes emoções, o que é agravado pela insistência da Turquia de que o genocídio é uma ficção.

Como candidato à presidência, Biden sinalizou suas intenções em 2020, em um discurso em 24 de abril, dia oficial da Armênia em memória do genocídio. Ele usou o termo “genocídio armênio” e afirmou que “nunca devemos esquecer ou permanecer em silêncio sobre esta campanha horrível e sistemática de extermínio”.

A Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Genocídio define genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

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Fonte:
Poder360

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