Mercado climático, Conferencia do Clima, Feriado no Brasil ... pressão na Bolsa e soja chega perto de US$ 15
Clima, China, Cúpula do Clima e mercado financeiro puxam o mercado para as máximas
Segundo informações da Agência Reuters, o milho segue apoiado por preocupações com o lento progresso do plantio no meio-oeste dos Estados Unidos e com condições de seca no Brasil.
“O clima frio no meio-oeste dos EUA está desacelerando a germinação do milho e limitando o plantio adicional, pois os solos permanecem muito frios em muitas áreas. Já para a safrinha do Brasil, a metade sul da área permanece seca, gerando preocupações de produção com a safra”, aponta a publicação.
“Atualmente está muito frio nos Estados Unidos e algum milho recentemente plantado pode se machucar ou pelo menos demorar para emergir”, acrescenta o analista de mercado do Price Group, Jack Scoville.
A IHS Markit reduziu sua estimativa de milho de segunda safra no Brasil em 5,55 milhões de toneladas para 79,45 milhões. Sua estimativa para a safra total de milho no Brasil é de 104 milhões de toneladas o que representa uma queda de 4,6 milhões.
Olhando para a soja, a Reuters destaca que as perdas foram limitadas por oferta restrita e demanda robusta de soja e óleo de soja.
“Ainda há demanda esmagadora e demanda de exportação, embora a demanda seja menor agora do que antes. Os EUA não têm mais muita soja no país, pois a maioria dos produtores já vendeu. Os compradores estão lutando para encontrar o que resta. A demanda interna dos EUA tem sido forte. O farelo de soja está sob pressão devido à grande compra observada no óleo de soja”, diz Scoville.
O acompanhamento da safra brasileiro 2020/21 também merece atenção do mercado neste momento. “A colheita do Brasil foi atrasada devido a datas de plantio atrasadas devido ao tempo seco e agora muita chuva que causou atrasos na colheita e alguns problemas de qualidade no norte também. As atividades de colheita aumentaram, mas a colheita permanece muito lenta no geral”, pontua Scoville.
Preço do milho dispara em Chicago com clima prejudicando safrinha no Brasil e plantio nos EUA
Os preços internacionais do milho futuro dispararam nesta quarta-feira (21) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 8,00 e 19,00 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 6,25 com valorização de 19,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,06 com alta de 14,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,57 com elevação de 9,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,36 com ganho de 8,00 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 3,14% para o maio/21, de 2,36% para o julho/21, de 1,83% para o setembro/21 e de 1,52% para dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos atingiram máximas de vários anos na quarta-feira, apoiados por mercados à vista firmes, à medida que os suprimentos das safras antigas diminuem e os problemas climáticos ameaçam as perspectivas para as safras de 2021.
Os contratos mais próximos lideraram os ganhos, uma vez que os traders lutaram para vender posições nos contratos futuros de maio antes do primeiro dia de notificação para entregas, em 30 de abril.
“Os shorts estão tendo dificuldade em sair de maio antes do primeiro aviso. O fazendeiro não está vendendo muito”, disse Dan Cekander, presidente da DC Analysis.
As preocupações com as condições de seca estressando o milho da segunda safra do Brasil também deram suporte, bem como as temperaturas congelantes esta semana em todo o meio dos EUA.
O frio também pode retardar a germinação do milho recém-semeado. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que a safra de milho dos EUA foi 8% plantada no domingo.
“Em uma temporada em que você precisa que tudo dê certo, não é um grande começo”, disse Michael Magdovitz, analista de commodities do Rabobank.
Isenção de TEC não reduz preço, diz Aprosoja, que avalia apoio a movimento político
SÃO PAULO (Reuters) - A suspensão das tarifas para importação de soja, milho e subprodutos da oleaginosa, anunciada pelo governo brasileiro como resposta a uma alta nos preços das commodities agrícolas, terá pouco impacto no mercado, avaliou nesta terça-feira a associação de produtores Aprosoja Brasil.
O país está finalizando uma colheita recorde de soja e segue competitivo frente a seus concorrentes, enquanto as cotações internas têm sido sustentadas por ganhos no exterior.
A soja atingiu uma máxima de sete anos na bolsa de Chicago nesta terça-feira, uma vez que os norte-americanos viram seus estoques diminuírem pela forte demanda chinesa, após um atraso na safra brasileira.
"Não vemos impacto para baixa de preço, porque não tem outro mercado competitivo nesse momento", afirmou nesta a jornalistas Bartolomeu Braz Pereira, presidente da entidade, antes da posse do novo líder da associação, Antonio Galvan.
Pereira lembrou que o principal concorrente do Brasil na exportação, os Estados Unidos, agora está no período de plantio, quando a competitividade do Brasil aumenta.
Segundo ele, a soja brasileira ainda conta com vantagens como o teor de proteína mais elevado, e o país deve dispor de vasta oferta em função da colheita recorde da safra 2020/21.
Ainda assim, os preços no mercado brasileiro estão em patamares históricos, com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) marcando mais de 178 reais por saca de 60 kg na segunda-feira, alta de 77% ante o valor de um ano atrás.
Pereira também disse que a safra de milho será grande e terá capacidade de abastecer o mercado interno e a demanda por exportações.
"Acho que não entrará muito produto importado... teremos recordes (de produção)", acrescentou.
Pesquisa realizada pela Reuters mostrou que a seca já ocasiona perdas para a segunda safra de milho 2020/21, que está em desenvolvimento, fato que pressiona o potencial produtivo do país, embora a colheita ainda possa alcançar o recorde de 107,3 milhões de toneladas.
Nesta terça-feira, o governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União a medida que oficializa a suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC) para soja, milho, farelo e óleo de soja vindos de países de fora do Mercosul, até 31 de dezembro.
A resolução, uma reivindicação da indústria de carnes de frango e suína, entra em vigor sete dias após a publicação. Mais cedo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que encabeçou o pedido para reduzir a tarifa, disse que o país poderá comprar milho dos Estados Unidos e da Ucrânia.
MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA
O presidente eleito para assumir a Aprosoja, Antonio Galvan, confirmou a intenção da entidade de apoiar uma manifestação em Brasília (DF), programada para o dia 15 de maio pelo Movimento Brasil Verde e Amarelo, cujo o objetivo declarado é apoiar as reformas.
Questionado se o movimento que reúne algumas lideranças de agricultores visa apoiar o presidente Jair Bolsonaro, Galvan disse que o protesto é em apoio ao Brasil e à Constituição.
"Acho que Bolsonaro está fazendo um bom governo e deve ser respeitado como um presidente eleito pelo povo", opinou.
Segundo ele, a manifestação estava agendada anteriormente para quarta-feira (21), mas foi postergada em função da pandemia da Covid-19.
Também presente no evento online para jornalistas, o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, que representa os produtores de soja e milho de Mato Grosso, esclareceu que a manifestação não está sendo organizada pela Aprosoja Brasil.
No entanto, disse que a entidade vem sendo cobrada pelo setor produtivo por um posicionamento.
"Produtores estão solicitando muito que se faça essa manifestação em Brasília... faremos uma reunião com as lideranças para ver como será realizada a mobilização", afirmou.
Caso ela realmente ocorra, Beber disse que a principal demanda será a luta pela democracia.
"Vemos um Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) invadindo o outro, vemos o efeito que os lockdowns estão causando aos setores... A gente é solidário também ao comércio que está sendo muito penalizado pelos lockdowns... e teme que esses abusos sejam feitos no nosso setor."
Bill Gates e dezenas de líderes mundiais participarão de cúpula do clima, diz fonte
WASHINGTON (Reuters) - Bill Gates vai discursar em uma conferência do clima promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta semana, e quase todos os 40 líderes mundiais que foram convidados já confirmaram que irão comparecer, de acordo com uma fonte familiarizada com a questão.
Gates, co-fundador da Microsoft e filantropo, irá se dirigir aos convidados no segundo dia da reunião, que começa virtualmente na quinta-feira e será concluída na sexta.
O evento da Casa Branca abre caminho para uma outra cúpula global em novembro na cidade escocesa de Glasgow com o objetivo de garantir que o mundo cumpra o objetivo de limitar o aquecimento planetário a 1,5 grau Celsius.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estão entre os líderes dos principais países responsáveis pelas emissões do planeta que irão falar no evento.
O presidente Jair Bolsonaro também confirmou participação.
Biden tornou a luta contra as mudanças climáticas uma prioridade internacional e nacional nos EUA, e a cúpula desta semana é uma chance para convencer seus equivalentes que os Estados Unidos estão de volta como uma liderança na questão após o ex-presidente Donald Trump se retirar do Acordo de Paris.
Biden levou os EUA de volta ao acordo no início do governo em janeiro e a Casa Branca planeja revelar em breve um novo comprometimento para cortar as emissões de gases do efeito estufa dos EUA até 2030. Fontes familiarizadas com o assunto esperam que o governo prometa cortar as emissões dos EUA em cerca de 50% em comparação com os níveis de 2005.
Mundo espera meta climática dos EUA antes de cúpula de Biden
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca ainda está dando os retoques finais em seu plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos EUA até 2030, antes de uma cúpula esta semana com líderes mundiais, incluindo Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China.
O governo do presidente Joe Biden tem pressionado outros países a estabelecer metas ambiciosas para reduzir suas emissões, mas ainda não revelou seu próprio plano. Antes do início da cúpula na quinta-feira, a Casa Branca deve anunciar uma meta para cortar as emissões em cerca de 50% até 2030, em comparação com os níveis de 2005.
"Ainda resta muito tempo antes do início da cúpula", disse um funcionário do governo a repórteres na quarta-feira, quando pressionado sobre a meta, conhecida como Contribuição Nacionalmente Determinada ou NDC, na sigla em inglês.
Os Estados Unidos têm sido o maior emissor histórico de gases do efeito estufa e atualmente estão atrás apenas da China. Sua meta será observada de perto como um sinal de quão seriamente Biden leva em conta a mudança climática. Ele prometeu restaurar a liderança dos EUA nas questões sobre o aquecimento global depois que o ex-presidente Donald Trump retirou o país do acordo climático de Paris.
Biden trouxe os EUA de volta ao acordo de Paris em janeiro, e a cúpula de dois dias foi projetada para mostrar um compromisso norte-americano e global renovado de limitar o aquecimento do planeta a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, a fim de evitar impactos climáticos cataclísmicos.
Uma ordem executiva de Biden que direcionará o Tesouro dos EUA e outras agências importantes para desenvolver uma estratégia sobre os riscos relacionados ao clima para ativos financeiros públicos e privados era inicialmente esperada esta semana, mas está atrasada, disse uma fonte familiarizada com a situação.
"Nos próximos dias e horas, muitos outros aumentos de ambição serão articulados", disse o enviado internacional para o clima, John Kerry, em um evento organizado pelo Washington Post na manhã de quarta-feira.
Nas últimas 24 horas, Kerry anunciou medidas que ajudarão os Estados Unidos a reduzir sua participação nas emissões globais.
Ativistas, algumas corporações e outros líderes mundiais querem uma meta agressiva dos EUA, e alguns reagiram cedo para dizer que um corte de cerca de 50% não seria suficiente.
"Embora muitos aplaudam o compromisso do presidente de reduzir as emissões dos EUA em pelo menos metade até 2030, temos a responsabilidade de dizer a verdade: não está nem perto do suficiente", afirmou Evan Weber, diretor político do influente grupo de jovens ativistas do Movimento Sunrise, acrescentando que a promessa reportada "será uma sentença de morte para nossa geração e para os bilhões de pessoas na linha de frente da crise climática nos Estados Unidos e no exterior."
Líderes de todo o mundo estão participando da cúpula, que será realizada virtualmente por causa da pandemia Covid-19.
Polícia alemã entra em conflito com manifestantes antilockdown
BERLIM (Reuters) - A polícia em Berlim entrou em confronto com manifestantes que protestavam nesta quarta-feira contra medidas de lockdown por causa do coronavírus, enquanto o Parlamento debatia uma lei para dar ao governo nacional mais poderes no combate a uma terceira onda da pandemia.
A chanceler Angela Merkel editou a lei após alguns dos 16 Estados Federais da Alemanha se recusarem a impor medidas duras, apesar do aumento de casos. Seu governo está sendo criticado pela gestão caótica dos lockdowns e pela lenta campanha de vacinação.
A polícia disse no Twitter que iria interromper o protesto porque muitos dos manifestantes não estavam usando máscaras ou mantendo distância uns dos outros.
Sete pessoas foram detidas após atacarem policiais, enquanto a polícia usou spray de pimenta contra outros manifestantes que jogaram garrafas e tentaram pular barreiras.
"Paz, liberdade, sem ditadura!", alguns manifestantes gritaram, muitos agitando bandeiras alemãs e faixas que diziam que o lockdown do coronavírus mina os valores consagrados na constituição.
A legislação deve ir para o Bundesrat, a câmara alta do Parlamento, na quinta-feira.
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