Câmbio em alta!?? Não contem com isso por muito tempo. Os juros vão subir e atrair mais dólares
Dólar fecha em alta de 1,25%, a R$ 5,7406
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em forte alta nesta sexta-feira, acima de 5,74 reais, em meio a um expressivo movimento de compras defensivas diante de intensos ruídos sobre a postura do Banco Central em relação ao câmbio e da falta de perspectivas de fluxo e de melhora econômica de curto prazo.
Na semana, o dólar teve a maior alta em nove meses, alavancado por um combo que inclui aumento de percepção de risco político-fiscal e fortalecimento da moeda no exterior.
O dólar à vista subiu 1,25% nesta sexta, para 5,7406 reais. A moeda variou entre 5,6548 reais (-0,26%) e 5,7576 reais (+1,55%).
Na semana, a divisa saltou 4,68%, maior valorização desde a semana encerrada em 19 de junho de 2020 (+5,41%).
Em março, o dólar sobe 2,46%, elevando os ganhos em 2021 para 10,58%.
O real tem o pior desempenho no mundo neste ano.
Brasil recebe maior volume de investimento direto para fevereiro em 10 anos
BRASÍLIA (Reuters) - A entrada de investimentos diretos no país foi de 9 bilhões de dólares em fevereiro, maior fluxo para o mês desde 2011, impulsionada por operações feitas entre matrizes e subsidiárias de multinacionais que operam no país, mostraram dados das contas externas divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira.
No ano, os investimentos diretos (IDP) já são mais do que o dobro do registrado no ano passado e o dado parcial de março aponta outra entrada expressiva de 5,8 bilhões de dólares até o dia 23. Mas o BC diz que ainda é cedo para falar em mudança de tendência para esses fluxos, que no ano passado despencaram como resultado da crise global da pandemia.
"É cedo para dizer que é uma inflexão de curva, precisamos esperar para ver se tem uma nova perspectiva de resultados maiores para os próximos meses", disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Em fevereiro do ano passado, o país recebeu 2,580 bilhões de dólares em IDP e o país fechou o ano com um fluxo de 34,2 bilhões de dólares, menos da metade do apurado em 2019.
A entrada de investimentos no mês passado foi concentrada nas operações intercompanhias (5,9 bilhões de dólares), que retratam os empréstimos feitos entre empresas localizadas no país e no exterior de uma mesma multinacional. A entrada de investimentos na modalidade intercompanhia somou 3 bilhões de dólares.
A expectativa no mercado era de um IDP de 6,1 bilhões de dólares em fevereiro, segundo pesquisa da Reuters.
Se os investimentos na atividade produtiva mostram sinal de retomada, as aplicações de estrangeiros em carteira, por outro lado, ficaram negativas no dado parcial de março, em 1,944 bilhão de dólares. Se esse déficit na entrada de recursos para ações, fundos de investimento e títulos de dívida se mantiver até o final do mês, interromperá nove meses seguidos de fluxo positivo.
Em fevereiro, os investimentos em carteira, que são mais voláteis que o IDP, somaram 3,586 bilhões de dólares, levando o saldo acumulado em 12 meses a ficar positivo pela primeira vez desde julho de 2018.
TRANSAÇÕES CORRENTES
O Brasil registrou um déficit em transações correntes de 2,326 bilhões de dólares em fevereiro, metade do rombo verificado no mesmo período do ano passado (4,662 bilhões de dólares), quando a economia doméstica ainda não estava sofrendo o impacto da pandemia da Covid-19, que derrubou a compra de bens e serviços estrangeiros.
Em 12 meses, o déficit passou a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 0,64% do PIB em janeiro.
A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um déficit de 2,4 bilhões de dólares.
Para março, o BC projetou um déficit em transações correntes de 1,3 bilhão de dólares e IDP de 7,0 bilhões de dólares. Até o dia 23 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em 1,213 bilhão de dólares, disse ainda o BC.
Wall Street tem alta com forte esperança de recuperação econômica
NOVA YORK (Reuters) - Os índices S&P 500 e Dow Jones tiveram alta em um amplo avanço nesta sexta-feira, com ações de tecnologia, saúde e financeiras fornecendo o maior impulso em meio a apostas de investidores em uma recuperação que deve gerar o crescimento econômico mais rápido desde 1984.
O S&P 500 e o Dow Jones encerraram uma semana volátil em alta, conforme investidores que buscavam reequilibrar suas carteiras no fim do trimestre continuaram a comprar ações que podem se beneficiar de uma economia em crescimento enquanto buscaram também ações de tecnologia que tiveram perdas.
Segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 1,39%, para 33.072,45 pontos, o S&P 500 ganhou 1,66%, para 3.974,52 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 1,24%, para 13.138,73 pontos.
Safras eleva previsão de colheita de soja do Brasil para 134,09 mi t
SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá totalizar um recorde de 134,09 milhões de toneladas, alta de 5,4% sobre a temporada anterior, estimou nesta sexta-feira a Safras & Mercado.
Em nota, a consultoria elevou sua projeção em cerca de 1 milhão de toneladas em meio a condições climáticas favoráveis em importantes áreas produtoras, como o Rio Grande do Sul.
"O avanço da colheita vem revelando o verdadeiro potencial da produção brasileira. Apesar de haver problemas em algumas microrregiões estaduais, há também registros de grandes produtividades em outras, o que acaba por compensar possíveis perdas em nível nacional", disse o analista Luiz Fernando Roque.
Segundo a Safras, o "destaque positivo fica com o Rio Grande do Sul, que mesmo em um ano de La Niña, que historicamente traz problemas ao Estado, está conseguindo consolidar uma grande produção, recuperando-se das perdas sofridas na safra 2019/20".
Foram feitos ainda ajustes pontuais em produtividades médias esperadas para alguns Estados em todas as regiões do país, além de pequenas mudanças em áreas de alguns Estados do Norte e Nordeste.
Com a colheita se encaminhando para o final, a Safras indicou aumento de 3,3% na área plantada, estimada em 38,65 milhões de hectares.
Segundo Roque, mesmo os Estados do Mato Grosso, Goiás e Tocantins, que registraram excesso de umidade em determinados momentos da colheita, registram produtividades médias satisfatórias.
"O clima favorável ao desenvolvimento da maior parte das lavouras brasileiras registrado a partir do início de 2021 foi fator fundamental para a consolidação de mais uma produção recorde no Brasil", completou o analista.
Preços do petróleo saltam 4% por temor de que bloqueio em Suez possa durar semanas
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram mais de 4% nesta sexta-feira, por temores de que a oferta global da commodity e de produtos refinados possa ser afetada por semanas devido ao encalhe de um gigante navio porta-contêineres no Canal de Suez.
As cotações se recuperaram da forte queda registrada na sessão anterior, quando foram pressionadas por preocupações sobre os impactos que novos lockdowns relacionados ao coronavírus na Europa podem ter sobre a demanda.
O petróleo Brent fechou em alta de 2,62 dólares, ou 4,2%, a 64,57 dólares por barril, após ceder 3,8% na quinta-feira. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 2,41 dólares, ou 4,1%, para 60,97 dólares o barril, depois de apurar queda de 4,3% na véspera.
O Brent acumulou ganho de 0,1% na semana, enquanto o WTI recuou 0,7% no período, engatando sua terceira queda semanal consecutiva.
O mercado do petróleo apresentou grande volatilidade nesta semana, com operadores avaliando tanto o impacto potencial do bloqueio do Canal de Suez, que ocorreu na terça-feira, quanto o efeito dos novos lockdowns devido à pandemia de coronavírus.
"Hoje o mercado está em alta de novo, já que os traders decidiram, em uma mudança de humor, que o bloqueio do Canal de Suez de fato está se tornando mais significativo para os fluxos de petróleo e entregas do que haviam concluído anteriormente", disse Paola Rodriguez Masiu, vice-presidente de mercados de petróleo da Rystad Energy.
O Canal de Suez intensificou esforços nesta sexta-feira para liberar o meganavio encalhado, depois de não obter sucesso em uma tentativa anterior. A operação pode levar semanas, com possíveis complicações do clima instável no local.
Dona de cargueiro encalhado no Canal de Suez tentará desobstrução neste sábado
Empresa tentará remoção; quer retirar 20 mil m³ de terra; EUA oferecem apoio técnico (no Poder360)
A empresa japonesa Shoei Kisen, dona do cargueiro atolado no Canal de Suez desde 3ª feira (23.mar.2021), afirmou nesta 6ª feira (26.mar) que vai tentar liberar a passagem no sábado (27.mar), quando já for noite no Japão.
Para conseguir desatolar o cargueiro será preciso tirar 20 mil metros cúbicos de terra, o que equivale a aproximadamente 8 piscinas olímpicas. Esse trabalho demanda um esforço maior do que calculava-se inicialmente. A demora pode trazer uma série de consequências globais, como a interrupção das cadeias de abastecimento para diversas mercadorias, desde petróleo a grãos e automóveis.
A cada dia em que a navegação segue suspensa, há impacto de mais de US$ 9 bilhões em mercadorias que deixam de passar pela hidrovia, de acordo com estimativa do Lloyd’s List, publicação especializada em comércio marítimo.
A porta-voz da empresa japonesa disse que não garante que a tentativa de liberar o canal será bem-sucedida.
O navio teria encalhado devido a uma forte rajada de vento com areia, que prejudicou a visibilidade do Canal de Suez
O navio, alugado para a empresa Evergreen Marine, de Taiwan, encalhou na 3ª feira (23.mar) e bloqueou o canal, uma das vias mais importantes para o comércio entre a Europa e a Ásia.
A paralisação prolongada do tráfego de embarcações em uma das hidrovias mais importantes do mundo está sobrecarregando a indústria de transporte de contêineres, que já está operando com capacidade total. Isso representa uma ameaça de atrasos para as empresas europeias que dependem de um fluxo constante de importações asiáticas e para os consumidores que amplicaram os hábitos de compras online rápidas durante a pandemia.
Veja imagens da embarcação no vídeo (2min54seg) e fotos abaixo:
CNES2021/ DISTRIBUTION AIRBUS DS
Navio de contêineres encalhou no Canal de Suez, no Egito, na 3ª feira (23.mar.2021)
A retenção de contêineres também pode agravar a escassez global causada pela pandemia
Com 400 metros de comprimento – quase a altura do edifício Empire State, em Nova York– e peso de 200 mil toneladas, o navio Ever Given ficou encalhado diagonalmente no canal. Imagens de satélite de 25 de março mostram o Ever Given encalhado e travando a circulação no Canal de Suez.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda técnica e operacional para liberar a hidrovia. O órgão que administra o Canal de Suez afirmou que vai aceitar os esforços internacionais.
De acordo com informações da consultoria Refinitiv, há mais de 30 cargueiros de tanque de óleo em cada um dos lados do canal, esperando para atracar ou zarpar. É possível enxergar cerca de 20 barcos a partir da cidade de Port Said, no Egito.
No mapa, é possível ver a embarcação Ever Given que está bloqueando a passagem e outros navios cargueiros (Reprodução/Vesselfinder.com)
O Canal de Suez conecta a Ásia e a Europa, ligando o Mar Mediterrâneo ao Vermelho. É uma rota comercial vital para petroleiros e comerciantes de produtos manufaturados como roupas, eletrônicos e maquinário pesado.
Cerca de 19.000 navios cruzaram o canal em 2020, segundo a Autoridade do Canal de Suez. São, em média, 50 navios que transitam por lá todos os dias. A rota responde por 12% do comércio do planeta.
Na 3ª feira (23.mar), rebocadores e escavadores –equipamentos pequenos em comparação com a embarcação de 400 metros de altura comprimento– iniciaram os esforços para abrir espaço para a manobra do cargueiro. Não tiveram sucesso até o momento. Enquanto as equipes de resgate trabalhavam, a fila de espera de transportadores marítimos carregados com bilhões de dólares em petróleo e bens de consumo aumentou na 4ª feira (24.mar).
Na manhã da 3ª feira (23.mar), retroescavadeiras foram usadas para começar a cavar parte do leito do canal
Bloqueio no Canal de Suez eleva fretes e provoca desvio de navios
CAIRO (Reuters) - O Canal de Suez intensificou nesta sexta-feira os esforços para desencalhar um navio gigantesco que transporta contêineres e bloqueia a rota marítima vital.
O bloqueio fez os fretes de tanqueiros com derivados de petróleo dispararem e transtornou as cadeias de suprimento globais, de grãos a roupas de bebê.
Os fretes de navios com derivados de petróleo quase dobraram desde que o Ever Given, de 400 metros de comprimento, encalhou no canal na terça-feira.
Os esforços para liberar a embarcação podem levar semanas e ser complicados por condições climáticas instáveis, o que cria o risco de atrasos custosos para empresas que já lidam com as restrições da Covid-19.
A proprietária do navio, Shoei Kisen, negou uma reportagem segundo a qual ela pretende soltá-lo até a noite de sábado, dizendo que os trabalhos para que ele volte a flutuar continuam.
A Autoridade do Canal de Suez (SCA) disse que os esforços de rebocadores para liberar o navio serão retomados assim que as operações de dragagem feitas em sua proa para retirar 20 mil metros cúbicos de área forem finalizadas.
"Além das dragas já no local, uma draga especial de sucção está com a embarcação agora e começará a trabalhar em breve. Esta draga pode retirar dois mil metros cúbicos de material por hora", disse a Bernhard Schulte Shipmanagement, a administradora técnica do Ever Given.
A SCA disse que acolheu uma oferta de ajuda dos Estados Unidos. A Turquia também disse que pode enviar uma embarcação ao canal, parte de uma iniciativa recente de Ancara para consertar seus laços tensionados com o Egito depois de anos de animosidade.
A suspensão do tráfego pelo canal estreito que liga Europa e Ásia aprofunda os problemas de empresas de transporte que já enfrentam transtornos e atrasos no suprimento de bens de varejo para os consumidores.
Analistas acreditam em um impacto maior em tanqueiros menores e derivados de petróleo, como a nafta, e nas exportações de combustíveis de petróleo da Europa à Ásia se o canal permanecer fechado durante semanas.
"Cerca de 20% da nafta da Ásia é suprida pelos mares Mediterrâneo e Negro através do Canal de Suez", disse Sri Paravaikkarasu, diretor de petróleo asiático da FGE, acrescentando que redirecionar navios pelo Cabo da Boa Esperança pode aumentar as viagens em duas semanas e elevar custos com combustíveis.
O impacto sobre os fretes para os mercados de energia provavelmente será mitigado pelo fato de a demanda de petróleo cru e gás natural liquefeito (LNG) estar na baixa temporada, disseram analistas.
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