"Estão esticando a corda", diz Bolsonaro a apoiadores ao comemorar aniversário

Publicado em 21/03/2021 16:01

O presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimentou apoiadores neste domingo (21.mar.2021) que foram até o Palácio da Alvorada felicitá-lo pelos seu aniversário de 66 anos.

Na conversa, Bolsonaro discursou contra medidas de restrição impostas por governadores por causa do avanço da pandemia. Disse que as decisões tomadas pelo chefes estaduais e municipais impedem as pessoas de trabalhar.

“Estão esticando a corda. Faço qualquer coisa pelo meu povo. Esse qualquer coisa é o que está na nossa Constituição, na nossa democracia, no nosso direito de ir e vir.”

Depois, o presidente acrescentou: “Enquanto eu for presidente, só Deus me tira daqui […]. Não abriremos mão desse poder que vocês nos deram por ocasião das eleições de 2018″.

Bolsonaro também disse que o governo federal faz o possível para atuar no enfrentamento da covid-19. Citou como maior ação o pagamento do auxílio emergencial.

“O povo precisou, nós atendemos. Agora, o que o povo mais pede pra mim em todo lugar que eu vou é: ‘Eu quero trabalhar’. O trabalho [presidente é interrompido por gritos de “queremos trabalhar”] dignifica o homem e a mulher. Ninguém quer viver de favor do Estado. Quem vive de favor do Estado abre mão da sua liberdade. Nós vamos vencer essa batalha, pode ter certeza que nós estamos do lado certo. Do lado do bem. Nós não queremos que o Brasil mergulhe num socialismo. O caminho para mergulhar no socialismo é aquele onde o povo vai para a miséria, vai para a fome e vai para o tudo ou nada. Nós não trilharemos esse caminho”, disse Bolsonaro.

Durante o ato em frente ao Palácio da Alvorada, os apoiadores do presidente também bradaram palavras de ordem contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). A capital federal está sob toque de recolher das 22h às 5h e com estabelecimentos que prestam serviços não essenciais fechados por causa do avanço da pandemia.

O presidente transmitiu o cumprimento aos apoiadores em suas redes sociais. Assista:

Apoiadores de Bolsonaro esperam fora do Alvorada para cantar “parabéns” para o presidente

Sentaram em bancos no jardim (sem distanciamento social), e levaram um bolo de aniversário

Apoiadores de Jair Bolsonaro se reúnem em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, para cantar parabéns pelos 66 anos do presidente. A comemoração deve começar às 14h. É esperado que Bolsonaro apareça para conversar com o público.

O grupo levou um um bolo de aniversário do Palmeiras para Bolsonaro.

Além disso, uma carreata de apoiadores saiu da Esplanada dos Ministérios às 10h da manhã. O objetivo é chegar ao Alvorada perto das 14h para se juntar ao grupo que o espera do lado de fora da residência.Receba a newsletter do Poder360.Até que o presidente chegue, todos esperam sentados em bancos de uma área reservada do jardim. Muitos estão sem máscaras e lado a lado, sem respeitar as regras de distanciamento social.

Veja abaixo as fotos tiradas pelo repórteres do Poder360, Mateus Maia e Sérgio Lima, no Palácio da Alvorada:

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O bolo que os apoiadores de Bolsonaro levaram para a comemoração do aniversário do presidenteMateus Maia/Poder360 – 21.mar.2021

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Apoiadores de Bolsonaro em frente ao Alvorada para a comemoração do aniversário do presidente

"Estão esticando a corda", diz Bolsonaro a apoiadores ao comemorar aniversário

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, ao comemorar seu aniversário de 66 anos com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, que "estão esticando a corda" e reclamou, mais uma vez, das medidas de restrição de governadores para impedir a disseminação do coronavírus.

O presidente acrescentou, ainda, neste contexto, que o povo pode contar com as Forças Armadas.

"Alguns tiranos tolhem a liberdade de muitos de vocês. Podem ter certeza, o nosso Exército é o Verde Oliva e é vocês também. Contem com as Forças Armadas pela democracia e pela liberdade", disse Bolsonaro, antes de cortar um bolo nas cores da bandeira brasileira.

"Estão esticando a corda", afirmou, acrescentando que faz "qualquer coisa" pelo povo, e argumentando que tal atitude está prevista na Constituição, na democracia e no direito de ir e vir.

"Enquanto vivo for, enquanto eu for presidente -- porque só Deus me tira daqui --, eu estarei com vocês."

O presidente aproveitou para defender que o governo tem atuado no combate à pandemia, argumentando que envolveu-se na compra de vacinas "desde o ano passado" e mobilizou-se para oferecer o auxílio emergencial.

Avaliou, no entanto, que a maior vontade da população é trabalhar e não depender de assistência do governo.

"O que o povo mais pede para mim, em todo lugar que eu vou é: eu quero trabalhar. O trabalho dignifica o homem e a mulher", afirmou.

"Ninguém quer viver de favor do Estado e quem vive a favor do Estado abre mão de sua liberdade."

Bolsonaro voltou lançar mão da ameaça do retorno do socialismo e explicou que o caminho para isso seria permitir a instalação da miséria, da fome, e da mentalidade do "tudo ou nada" no país.

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Fonte:
Poder360/Reuters

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