Pfizer confirma acordo com ministério para 100 milhões de doses de vacina contra Covid

Publicado em 20/03/2021 10:16

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BRASÍLIA (Reuters) - A Pfizer Brasil e a BioNTech confirmaram nesta sexta-feira o acordo com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelos dois laboratórios, dias após a pasta ter anunciado o acerto.

No comunicado, as farmacêuticas disseram que as doses serão entregues até o final do terceiro trimestre deste ano.

"Estamos muito honrados em trabalhar com o governo brasileiro e em colocar nossos recursos científicos e produtivos a favor de nosso objetivo comum de vacinar a população brasileira contra a Covid-19 o mais rapidamente possível", disse Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil, em comunicado.

A vacina Pfizer-BioNTech

Em nota, o Ministério da Saúde informou que os contratos com as farmacêuticas Pfizer e Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson "foram concluídos e assinados".

"Os acordos garantem mais 138 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para a campanha nacional de vacinação, em andamento desde o dia 18 de janeiro", disse.

Segundo a pasta, a negociação com a Pfizer prevê 100 milhões de doses: 13,5 milhões entregues entre abril e junho e outros 86,5 milhões de julho a setembro.

O contrato com a Janssen, conforme o ministério, prevê 38 milhões de doses: 16,9 milhões estão previstas para serem entregues de julho a setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro.

"Cabe ressaltar que o cronograma de entrega das vacinas é enviado ao Ministério da Saúde pelos laboratórios e está sujeito a alterações, de acordo com a disponibilidade de doses e a real entrega dos quantitativos realizada pelos fornecedores", ressalvou a pasta.

ACORDO FINANCEIRO

Os detalhes financeiros do acordo não foram revelados no comunicado da Pfizer, mas, conforme extratos de dispensa de licitação publicados no Diário Oficial da União na terça-feira, o governo federal vai investir 5,63 bilhões de reais na compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer.

O governo também planeja investir outros 2,14 bilhões de reais na aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da Janssen. Esse imunizante ainda não tem registro definitivo na Anvisa, mas deve receber brevemente a autorização de uso emergencial, já que tem o registro nos Estados Unidos e em outros países que são usados como base para a análise da agência reguladora brasileira.

A compra de vacinas desses dois laboratórios foi anunciada como um dos últimos atos do ministro demissionário da Saúde, Eduardo Pazuello, em meio a críticas na demora na imunização e no momento em que o país passa pela pior fase da pandemia.

Brasil registra 2.815 mortes e bate recorde diário com 90.570 novos casos de Covid (10.383.460 pessoas recuperadas e 1.197.616 em acompanhamento)

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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil atingiu nesta sexta-feira um novo recorde de casos de Covid-19 contabilizados em um único dia, ao notificar mais 90.570 infecções, o que eleva a contagem total de contaminados pelo coronavírus no país a 11.871.390, segundo o Ministério da Saúde.

A cifra desta sexta eclipsa a registrada na última quarta-feira, quando o país notificou 90.303 casos da doença, na primeira vez desde o início da pandemia em que a marca diária de 90 mil casos foi superada.

Também foram registrados nesta sexta 2.815 novos óbitos em decorrência da Covid-19 no Brasil, segunda maior cifra para 24 horas até o momento, abaixo apenas do recorde de 2.841 mortes reportadas na terça-feira.

A contagem total de vítimas fatais da doença no país atingiu 290.314, de acordo com os dados do governo federal.

Com os números desta sexta-feira, a média móvel de casos em 14 dias no país chegou a um recorde de 71.580, enquanto a de óbitos saltou para 1.970, também uma nova máxima, indicou o Ministério da Saúde.

Levantamento da Reuters aponta que o Brasil é, atualmente, o país com os maiores índices de casos e mortes se consideradas as médias de uma semana, sendo responsável por uma em cada seis infecções registradas em todo o mundo a cada dia.

Estado brasileiro mais afetado pelo coronavírus em números absolutos, São Paulo atingiu as marcas de 2.280.033 casos e 66.798 mortes.

O secretário de saúde paulista, Jean Gorinchteyn, indicou em entrevista coletiva que a média diária de internações por Covid-19 nos hospitais do Estado avançou em 14,1% ao longo da última semana epidemiológica, depois de já ter apurado um salto de 19,2% na semana anterior. A taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva, por sua vez, alcançou 90,6%.

"As internações revelam um dado muito importante, que é este momento --mostram exatamente a circulação da pandemia no nosso meio. Portanto, as internações mostram o quanto temos que orientar ainda mais para que as pessoas atendam as nossas solicitações de ficar em casa", afirmou Gorinchteyn.

Conforme os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 1.014.079 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 34.830 mortes.

O governo ainda reporta 10.383.460 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.197.616 pacientes em acompanhamento.

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Fonte:
Reuters

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