Aumentou extraordinariamente o peso da alimentação no custo de produção do frango

Publicado em 19/03/2021 08:44

Como mostra o gráfico acima, a participação da alimentação no custo de produção do frango passou de 67,26% em 2011 para 77,20% dez anos depois, este último índice considerado apenas o primeiro bimestre do corrente exercício.

Tais níveis significam que a participação da alimentação no custo aumentou perto de 15%, enquanto todos os demais custos tiveram sua participação reduzida em quase 30%.

Porém, esse incremento de (quase) 15% na participação da alimentação não revela o real peso do item sobre o custo do frango. Daí ser oportuno avaliar os preços (alimentação e demais custos) observados nos dois períodos citados, levantando-se a média dos 12 meses de 2011 e a média do primeiro bimestre de 2021.

O custo total aumentou cerca de 174%, mais de duas vez e meia o aumento da inflação, que acumulou variação de 65,18%. Mas enquanto os custos excluída a alimentação aumentaram perto de 90%, os da alimentação, exclusivamente, mais do que triplicaram: 215,52% de aumento.

E como se comportaram, na outra ponta, o frango vivo e o abatido? Embora o valor de ambos tenha aumentado acima da inflação – o que é lógico, por conta dos custos – tiveram uma evolução muito aquém dos custos.

Por sinal e como exemplo, se conseguisse manter em 2021 a mesma relação de preços registrada em 2011, o frango vivo teria sido comercializado no bimestre de 2021 por algo em torno de R$5,26/kg. Como alcançou, no período, pouco mais de 80% desse valor, operou com grande prejuízo.

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Fonte:
AviSite

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