Pazuello pede a Bolsonaro para sair do Ministério da Saúde, diz jornal (Reuters)

Publicado em 14/03/2021 16:22

LOGO REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu ao presidente Jair Bolsonaro para deixar a pasta, alegando problemas de saúde, publicou o jornal O Globo neste domingo, citando fontes do Palácio do Planalto.

A troca do ministro, que chegou ao Ministério da Saúde em maio do ano passado como interino e tomou posse em setembro como efetivo, deve ocorrer nos próximos dias, segundo o jornal.

Procurados, representantes do Ministério da Saúde não puderam comentar o assunto de imediato.

Sob o comando de Pazuello, o país vive uma segunda onda da pandemia, com recordes de infecções e mortos. O general, considerado especialista em logística pelo presidente Jair Bolsonaro, também acumulou problemas na pasta, como a crise criada com a falta de oxigênio para hospitais no Amazonas e envio de número equivocado de vacinas ao Estado, que acabou recebendo em fevereiro o que deveria ter sido destinado ao Amapá.

Segundo o jornal, o governo tem dois nomes para substituição de Pazuello, Ludhmilla Abrahão Hajjar, professora associada da USP, e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Ludhmila teve encontro pessoal  com Bolsonaro na tarde deste domingo, diz Poder360

A médica é conhecida por tratar políticos e personalidades durante os últimos 12 meses, durante a pandemia de covid-19.

Entre os pacientes de Ludhmila estão os deputados Arthur Lira (PP-AL)Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Joice Hasselmann (PSL-SP), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ex-presidente do TCU José Múcio Monteiro, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, e o ministro do STF Dias Toffoli. Goiana de Anápolis, é também médica do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). A médica também tratou de Eduardo Pazuello, quando o atual ministro da Saude teve covid-19.

Entre personalidades do mundo pop estão, entre outros, os cantores Leonardo e Anitta.

Em entrevista publicada dia 7 de março no jornal Opção, de Goiás, Ludhmila disse que seu objetivo é ser médica, e que não tinha “qualquer tipo de objetivo de vida política”.

Na entrevista, ao falar sobre rumores que haviam envolvido seu nome para substituir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em abril de 2020, disse: “Agora o Brasil tem de focar não em quem irá substituir, e sim em entender que a saúde é uma política de Estado, não do governo atual. Sou médica. Sou médica de beira de leito. Não sou política”. 

CURRÍCULO

Segundo o site da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Ludhmila Hajjar atua como professora de cardiologia no curso de medicina. Também é coordenadora de cardio-oncologia do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas de São Paulo, coordena a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Paulistano, e o setor de cardio-oncologia da rede Américas Serviços Médicos.

Na Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila é diretora de Ciência, Inovação e Tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Além da atuação como cardiologista, a médica possui doutorado em anestesiologia, pela USP.

OUTRO COTADO

Também está na lista de possível ministro da Saúde, mas como menos chances, Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Queiroga só ganha mais chances se, durante o encontro com Ludhmila, o presidente não se sentir confortável com a nomeação da cardiologista.

Ludhmila-marcos-pontes-450x400.jpg

Ludhmila Hajjar com o ministro Marcos Pontes 23.out.2019Reprodução/Instagram

Ludhmila-caiado-Primeira-Dama-Gracinha--450x437.jpg

Ludhmila Hajjar com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e sua esposa, Gracinha CaiadoReprodução/Instagram

Ludhmila-augusto-aras-450x434.jpg

Ludhmila Hajjar com o procurador-geral da República, Augusto Aras

Pazuello segue à frente do Ministério da Saúde, diz comunicado

LOGO REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Saúde informou neste domingo que o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, depois que o jornal O Globo publicou que ele pediu ao presidente Jair Bolsonaro para deixar o cargo.

"O Ministério da Saúde informa que o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil", afirmou o ministério em comunicado.

Região italiana do Piemonte suspende aplicação de vacina da AstraZeneca

LOGO REUTERS

ROMA (Reuters) - O governo da região de Piemonte, no norte da Itália, anunciou neste domingo suspensão temporária de aplicação de vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca depois que um professor da cidade de Biella morreu após ser vacinado no sábado.

A decisão, seguindo movimentos semelhantes em outras partes da Europa, foi cautelosa e a região aguarda os resultados das análises do lote que foi usado e se há uma conexão entre a morte e a vacinação, disse o governo regional em comunicado.

O governo não informou como o professor morreu.

“É um ato de extrema prudência, enquanto verificamos se há uma conexão. Não houve problemas críticos com a administração de vacinas até agora”, disse Luigi Genesio Icardi, chefe dos serviços regionais de saúde, em comunicado. A autoridade médica italiana Aifa proibiu na quinta-feira o uso de um lote da vacina da AstraZeneca. Fontes disseram à Reuters que a decisão foi tomada após a morte de dois homens na Sicília.

Autoridades na Dinamarca, Noruega e Islândia suspenderam o uso da vacina por causa de problemas de coagulação, enquanto a Áustria parou de usar um lote de vacinas AstraZeneca na semana passada enquanto investiga uma morte por distúrbios de coagulação.

A Agência Européia de Medicamentos disse que não há indícios de que os eventos tenham sido causados ​​pela vacinação, uma visão que foi compartilhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na sexta-feira. A AstraZeneca também disse que não encontrou nenhuma evidência de aumento do risco de trombose venosa profunda.

A Irlanda também suspendeu temporariamente a vacina da AstraZeneca "por excesso de cautela" no domingo, citando relatórios da Agência Norueguesa de Medicamentos sobre um grupo de coagulação sanguínea grave em alguns receptores.

AstraZeneca diz não encontrar evidência que vincule coágulos a vacinas contra Covid-19

LOGO REUTERS

BANGALORE, Índia (Reuters) - A AstraZeneca afirmou neste domingo que conduziu uma análise de pessoas imunizadas com sua vacina contra Covid-19 e que não encontrou evidências de um risco aumentado de coágulos sanguíneos.

A análise, segundo a empresa, abrangeu mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido.

"Uma revisão cuidadosa de todos os dados de segurança disponíveis de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido com a vacina da AstraZeneca não mostrou nenhuma evidência de aumento do risco de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia, em qualquer grupo de idade definida, gênero, lote ou em qualquer país em particular", informou a empresa.

O governo da região de Piemonte, no norte da Itália, anunciou neste domingo suspensão temporária de aplicação de vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca depois que um professor da cidade de Biella morreu após ser vacinado no sábado.

A decisão, seguindo movimentos semelhantes em outras partes da Europa, foi cautelosa e a região aguarda os resultados das análises do lote que foi usado e se há uma conexão entre a morte e a vacinação, disse o governo regional em comunicado.

Autoridades na Dinamarca, Noruega e Islândia suspenderam o uso da vacina por causa de problemas de coagulação, enquanto a Áustria parou de usar um lote de vacinas da AstraZeneca na semana passada enquanto investiga uma morte por distúrbios de coagulação.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário