USDA estima área recorde combinando soja e milho nos EUA para safra 2021/22
"O clima, como sempre, vai ter a última palavra", disse o economista chefe do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), Seth Meyer, na palestra de abertura do Agricultural Outlook Forum 2021 nesta quinta-feira (18), referindo-se não só à nova safra norte-americana, bem como sobre a conclusão da temporada na América do Sul e o início da próxima.
As primeiras estimativas "semi-oficiais" do USDA indicam um aumento de área para soja e milho nos Estados Unidos e juntas as culturas deverão alcançar os 73,65 milhões de hectares (182 milhões de acres), contra o total do ano passado de 70,38 milhões de hectares. O número, se confirmado, será recorde.
Meyer explica que o país deverá voltar a seus números "normais" de área de plantio depois de 2019 e 2020 terem sido anos marcados por áreas consideradas de "preventes plant" muito acima da média se comparados aos anteriores, em função das adversidades climáticas.
"Assim, simplesmente voltando ao clima 'normal' para o plantio já teremos um incremento total de milhões de acres a mais sendo plantados", diz. Mais do que o clima, o economista-chefe os preços mais altos tanto de soja, quanto de milho, também são combustíveis importantes para esta área maior.
Somente para a soja, as primeiras projeções do USDA indicam uma área de 36,42 milhões de hectares (90 milhões de acres), quase em linha com a média das expectativas do mercado de 36,34 milhões de hectares (89,8 milhões de acres). Para o milho, são esperados 37,23 milhões de hectares (92 milhões de acres), ligeiramente abaixo da média das expectativas de 37,6 milhões de hectares (92,9 milhões de acres).
Sobre o algdodão, a projeção do USDA é de uma área de 4,86 milhões de hectares, em linha com a safra anterior - de 4,9 milhões - ligeiramente acima da média esperada pelo mercado de 4,79 milhões.
"O horizonte é positivo, mas algumas incertezas ainda continuam", disse ainda o representante do USDA. Segundo ele, o comércio dos Estados Unidos com a China continuará a ser um elemento-chave para 2021, principalmente depois de 2020, quando as importações da nação asiática no mercado norte-americano foram retomadas e alcançaram níveis recordes.
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