Brasil recebe primeiro carregamento com insumos da China para vacina da AstraZeneca

Publicado em 06/02/2021 19:45

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um primeiro carregamento com 88 litros dos ingredientes ativos para produção da vacina da AstraZeneca para Covid-19 no Brasil chegou da China neste sábado, em um evento bastante aguardado à medida que o país busca impulsionar seu programa de imunização.

Os insumos serão enviados de avião para o Rio de Janeiro, onde a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) poderá utilizá-los para começar a finalizar e envasar 2,8 milhões de doses.

A Fiocruz espera receber mais ingredientes neste mês para produzir um total de 15 milhões de doses da vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford.

A vacina da AstraZeneca é o pilar central do programa de vacinação federal brasileiro e o governo encomendou material suficiente para que a Fiocruz fabrique até 100 milhões de doses.

O Brasil começou a imunização de sua população de 210 milhões com a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech e com 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca prontas para uso importadas da Índia no mês passado.

A Pfizer entrou na sexta-feira com pedido de registro definitivo para sua vacina no Brasil. A AstraZeneca solicitou em 29 de janeiro a aprovação definitiva para seu imunizante.

O presidente Jair Bolsonaro, que diz que não vai tomar nenhuma vacina, porque já foi infectado com o vírus e assim estaria imune, tem sofrido pressão devido à lenta e desequilibrada evolução inicial do programa de vacinação do país, que está em meio a uma segunda onda de infecções.

Bolsonaro já se referiu ao vírus como "gripezinha", mas seu governo tem enfrentado cada vez mais críticas pelo modo como tem lidado com a pandemia, que já matou mais de 231 mil pessoas no Brasil, o segundo maior número de mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

O Instituto Butantan disse também neste sábado que começou a finalização e envase de 8,6 milhões de doses da vacina da Sinovac, a chamada CoronaVac, com ingredientes que chegaram da China na quarta-feira.

O Butantan afirmou que espera receber mais um carregamento dos insumos na quarta-feira, o que permitiria a produção de mais 8,7 milhões de doses.

Oxford diz que vacina da AstraZeneca contra Covid-19 funciona contra variante do Reino Unido

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LONDRES (Reuters) - A vacina contra Covid-19 da AstraZeneca e da Universidade de Oxford tem eficácia similar contra a variante britânica do coronavírus à registrada com as variantes circulando anteriormente, disse a universidade nesta sexta-feira.

A variante, inicialmente identificada em Kent, sul da Inglaterra, é mais transmissível, o que levou muitos países a restringirem viagens ao Reino Unido. Também levou a um pico de infecções que forçou um novo lockdown nacional na Inglaterra no mês passado.

O lockdown aconteceu no momento em que o Reino Unido começou a aplicar a vacina da AstraZeneca. Mais de 10 milhões de pessoas receberam a primeira dose das vacinas da AstraZeneca ou da Pfizer.

O Reino Unido afirmou que acredita que as vacinas são eficazes contra as variantes que estão circulando no país.

"Dados dos nossos testes da vacina ChAdOx1 no Reino Unido indicam que a vacina não apenas protege contra o vírus original da pandemia, mas também contra a nova variante, B.1.1.T, que causou um surto da doença desde o fim de 2020 no Reino Unido", afirmou Andrew Pollard, investigador-chefe dos testes da vacina de Oxford.

Sarah Gilbert, co-desenvolvedora da vacina, afirmou que, embora o imunizante tenha eficácia contra a variante britânica, ele pode precisar ser adaptado para futuras variantes.

Pfizer entra com pedido no Brasil para registro definitivo de vacina para Covid

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BRASÍLIA (Reuters) - A Pfizer entrou com pedido junto à reguladora brasileira Anvisa para registro definitivo de sua vacina BNT162b2 contra Covid-19, desenvolvida em conjunto com a BioNTech, disseram a companhia a agência neste sábado.

Essa é a segunda vacina a pedir registro no Brasil, após a AstraZeneca ter solicitado em 29 de janeiro a aprovação definitiva para sua vacina desenvolvida com a Universidade de Oxford, que será produzida no Brasil em parceria com a Fiocruz.

A Pfzier disse que solicitou o registro na sexta-feira, com base em estudos de fase final que envolveram 44.000 voluntários em seis países, sendo 2.900 deles no Brasil.

A vacina tem uma eficácia geral de 95% e de 94% para pessoas com mais de 65 anos, disse a fabricante norte-americana da medicamentos em comunicado.

O pedido da Pfizer vem em momento em que o presidente Jair Bolsonaro, que diz que não tomará nenhuma vacina contra Covid-19, enfrenta pressão devido ao lento avanço da vacinação no Brasil, que tem sofrido agora com uma segunda onda de infecções.

Bolsonaro se referiu ao vírus como "gripezinha", mas seu governo tem enfrentado crescentes críticas devido ao modo como tem lidado com a pandemia. O Brasil é o segundo país em número de mortes.

No mês passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por dia de Covid-10, e a contagem total de vítimas já ultrapassou 230 mil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Anvisa recebe pedido de autorização para estudos de fase 3 para a vacina Covaxin

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BRASÍLIA (Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira pedido de autorização para a realização de estudos clínicos de fase 3 no país para a vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Segundo comunicado da Anvisa, o pedido foi feito pela Precisa Farmacêutica, que é parceria do Bharat Biotech no Brasil.

A Avisa disse que tem de três a cinco dias para a análise do pedido, "condicionada a apresentação dos dados necessários para a análise técnica". A avaliação da agência reguladora visa verificar se a proposta é capaz de "gerar dados confiáveis sobre a segurança e eficácia da vacina".

A terceira fase dos estudos clínicos é a etapa em que são realizados testes com seres humanos.

Na quarta-feira, a Anvisa decidiu flexibilizar exigências para pedido e aprovação de uso emergencial de vacinas contra Covid-19 no país e anunciou que vai liberar, sob determinadas circunstâncias, a utilização de imunizantes não testados em fase 3 no Brasil.

União Química espera autorização de uso emergencial da Sputnik V no Brasil na próxima semana

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BRASÍLIA (Reuters) - A farmacêutica brasileira União Química espera que a Anvisa aprove o uso emergencial no Brasil da vacina russa Sputnik V contra Covid-19 na próxima semana, disse o diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, nesta sexta-feira.

Ele afirmou à Reuters que a empresa espera trabalhar em um contrato até quarta-feira com o Ministério da Saúde para 10 milhões de doses iniciais importadas considerando o preço de referência de 10 dólares por dose.

O ministério, segundo Rosso, está interessado em comprar toda a produção da Sputnik V da empresa, planejada em 8 milhões de doses por mês a partir de abril, para o programa nacional de imunização do Brasil.

Rosso pediu à Anvisa que não demore na aprovação da vacina porque outros países estão na fila para adquiri-la, dada a sua produção limitada na Rússia e grande demanda mundial.

“As prateleiras do mundo não estão estocadas com vacinas para Covid-19. Não tem vacina. A gente precisa ser célere”, disse ele, que confia que a Anvisa agirá com velocidade.

As primeiras doses dos 10 milhões prometidos pela Rússia estão prontas para despacho ao Brasil assim que a Anvisa der o sinal verde.

Com a aprovação do Líbano na sexta-feira, a Sputnik V foi autorizada para uso de emergência em 18 países além da Rússia, disse o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que está comercializando a vacina. A vacina de duas doses tem eficácia de 91,6%, de acordo com dados publicados na terça-feira na publicação médica The Lancet.

O presidente-executivo do RDIF, Kirill Dmitriev, disse que o Brasil pode se tornar um fornecedor da Sputnik V para seus vizinhos na América Latina, onde seis países aprovaram a vacina, incluindo a Argentina, que começou a vacinar sua população com o imunizante em dezembro.

Ex-parlamentar e ex-governador do Distrito Federal, Rosso disse que isso agora terá que esperar, com os planos do governo brasileiro de comprar a produção da União Química, pelo menos até que a empresa eleve sua produção mais adiante neste ano com mais equipamentos.

Rosso e o controlador da empresa, Fernando Marques, tiveram uma reunião de duas horas e meia nesta manhã com o secretário-executivo do Ministério de Saúde, Elcio Franco, e a equipe do Programa Nacional de Imunização, na qual foi "formalizado" o interesse do governo em comprar a vacina Sputnik V.

Brasil registra 978 novas mortes por Covid-19 e total passa de 231 mil (com 8.363.677 pessoas recuperadas )

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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou neste sábado 978 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que fez o total de mortes pela doença no país alcançar a marca de 231.012, informou o Ministério da Saúde.

Foram contabilizados, ainda, 50.630 novos casos do coronavírus, levando as infecções confirmadas no Brasil a totalizarem um acumulado de 9.497.795, acrescentou a pasta.

Enfrentando uma nova onda da Covid-19, o Brasil é o segundo país em número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em termos de registro de casos, ocupa a terceira posição, abaixo dos EUA e da Índia.

Estado mais afetado, São Paulo atingiu neste sábado as marcas de 1.845.086 casos e 54.545 mortes, mas autoridades locais apontem para uma estabilização com viés de queda nos indicadores da pandemia --o governo paulista afrouxou nesta semana medidas restritivas para contenção do vírus que incluíam fechamento de restaurantes e comércio não essencial nos fins de semana.

Conforme os dados do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus, com 767.061 casos, mas o Rio de Janeiro aparece na segunda posição em termos de óbitos contabilizados, com 30.596 mortes acumuladas.

O Brasil ainda possui, segundo a pasta, 8.363.677 pessoas recuperadas da Covid-19 e 903.106 pacientes em tratamento.

Madri detecta primeiro caso de variante brasileira do coronavírus 

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MADRI (Reuters) - Autoridades de saúde de Madri confirmaram na sexta-feira o primeiro caso da variante brasileira de Covid-19 na região, três dias depois que a Espanha restringiu as viagens aéreas com o Brasil e a África do Sul para conter a disseminação de novas cepas do vírus.

O Ministério da Saúde não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre se outros casos da variante brasileira foram detectados em outras partes da Espanha.

Na quarta-feira, a Espanha registrou seu segundo caso conhecido da variante sul-africana do coronavírus.

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Fonte:
Reuters

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