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Após embates e decisão polêmica de Lira, Câmara define demais nomes da Mesa Diretora
BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara concluiu a eleição dos demais integrantes da Mesa Diretora da Casa nesta quarta-feira, após intensa negociação para um acordo diante da decisão do novo presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL), de anular bloco partidário adversário.
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), com 396 votos, será o primeiro vice-presidente da Casa, e também responderá pela vice-presidência do Congresso Nacional.
Deputados elegeram Lira na segunda-feira e era esperado que ele desse seguimento à apuração dos votos para os outros cargos da Mesa na mesma noite, mas o presidente surpreendeu ao tomar, como primeira decisão, a medida de desconsiderar o registro do bloco de apoio ao seu adversário na disputa, Baleia Rossi (MDB-SP).
Em seguida, determinou à Secretaria-Geral que recalculasse a distribuição dos postos de comando da Casa, sem levar em conta o conjunto de partidos da candidatura de Baleia. A divisão dos cargos é definida pela regra da proporcionalidade, que leva em conta os tamanhos das bancadas e blocos.
Lira anulou a criação do bloco alegando que partidos como o PT registraram sua participação depois do prazo estabelecido. Com isso, as legendas desse grupo, que teriam mais chances de emplacar quadros em cadeiras da Mesa, ficaram em desvantagem porque passaram a ser consideradas no cálculo da proporcionalidade sozinhas, e não em conjunto.
A decisão provocou alvoroço e a adiou a votação dos cargos para esta quarta-feira. Diante do acirramento do clima, os dois lados buscaram um acordo.
Lira anunciou, na terça, ter chegado a um consenso com os partidos, um meio termo que tentou atender às demandas dos dois lados, mas as siglas ainda discutiam internamente os nomes a serem indicados a cada posto.
Fechou-se uma chapa oficial, tendo André de Paula (PSD-PE) para a segunda vice-presidência; Luciano Bivar (PSL-PE) para a primeira secretaria; João Daniel (PT-SE) -- e não Marília Arraes (PT-PE), como se discutia na véspera -- para a segunda secretaria; Rose Modesto (PSDB-MS) na terceira secretaria e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) para a quarta secretaria.
Deputados escolheram ainda colegas para a suplência. Para uma das suplências, destinada ao PSB, foi eleito Cássio Andrade (PSB-PA), mas a legenda havia indicado Marcelo Nilo (PSB-BA).
Todos os nomes foram eleitos em primeiro turno, com exceção do posto a cargo do PT. Marília Arraes (PT-PE), que concorria de forma avulsa, foi eleita nessa segunda rodada de votação para a segunda secretaria.
Fluxo cambial ao Brasil fica positivo em US$ 2,8 bi em janeiro, melhor resultado para o mês em 3 anos
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou em janeiro entrada líquida de quase 2,8 bilhões de dólares em fluxo de câmbio contratado, melhor resultado para o mês em três anos e puxado pela conta financeira, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.
Um total de 2,797 bilhões de dólares ingressou, em termos líquidos, ao país no mês passado, com entrada de 3,622 bilhões de dólares pelo lado financeiro --em que são contabilizados investimentos em portfólio e empréstimos, por exemplo. A conta comercial (câmbio contratado para exportação menos importação) mostrou déficit de 825 milhões de dólares.
O saldo do fluxo cambial em janeiro é o melhor desde maio passado (+3,080 bilhões de dólares) e o mais forte para o mês desde 2018 (+8,063 bilhões de dólares). Em janeiro de 2020, o fluxo cambial ficou negativo em 384 milhões de dólares.
Em 12 meses, o país ainda perde 24,743 bilhões de dólares, mas esse número vem melhorando desde agosto, quando o saldo estava negativo em 53,5 bilhões de dólares, após uma debandada de capital nos meses anteriores por causa da pandemia.
O Brasil fechou 2020 com saída líquida de quase 28 bilhões de dólares pelo câmbio contratado, o segundo pior resultado da história e o terceiro ano consecutivo de perda de recursos.
A posição cambial líquida do BC, que desconta das reservas montantes envolvidos em operações de swap cambial, linhas com recompra, empréstimos em moeda estrangeira e outros, caiu a 287,956 bilhões de dólares em janeiro, de 299,450 bilhões de dólares em dezembro. É o menor patamar desde pelo menos janeiro de 2018.
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