Ibovespa avança com alta de 5% de Petrobras, percepção de menor risco político; Itaú PN recua
O Ibovespa recuperava o patamar dos 119 mil pontos nesta terça-feira, com aval do cenário externo, em particular o avanço dos preços do petróleo, o que colocava as ações da Petrobras entre as maiores altas nesta sessão.
A percepção de menor risco político com a vitória de candidatos apoiados pelo governo para comandar o Congresso Nacional também repercutia positivamente, alimentando esperanças sobre o andamento na pauta de reformas econômicas.
Às 11:29, o Ibovespa subia 1,58%, a 119.378,44 pontos. O volume financeiro era de 9,2 bilhões de reais.
"Os candidatos do governo federal ganharam as eleições para as presidências das casas legislativas com votação expressiva, muito próxima de maioria para aprovar emendas constitucionais", destacou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, em comentário a clientes.
"As indicações são de que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), poderá aprovar algumas reformas estruturais que haviam avançado pouco durante a administração de Rodrigo Maia, como a reforma administrativa", acrescentou.
No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) venceu a disputa pelo comando da casa e prometeu esforço para conduzir pautas de interesse do Poder Executivo, mas ressalvou que exigirá uma atuação independente.
No exterior, menores preocupações em relação à volatilidade causada por investidores de varejo e maior otimismo com vacinação contra Covid-19, além de expectativas de aprovação do pacote de estímulo fiscal nos EUA, apoiam ativos de risco.
O petróleo Brent subia cerca de 3%, após grandes produtores mostrarem que estão contendo a produção em linha com seus compromissos.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN <PETR4,SA> subia 5%, beneficiada pela alta do petróleo no exterior, com noticiário incluindo que a petrolífera começou negociação com Eneva para venda de concessões no Polo Urucu, bem como recebeu aval do Cade para assumir fatia da Total em blocos na Foz do Amazonas.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,45%, pior desempenho entre os bancos do Ibovespa, após reportar queda no lucro recorrente no quarto-trimestre, embora praticamente em linha com as projeções, enquanto estimou queda nas provisões em 2021, mas elevação na inadimplência neste ano. No setor, BRADESCO PN subia 0,7%.
- TOTVS ON avançava 6%, ajudada por comentários positivos de analistas do Credit Suisse, que elevaram a recomendação dos papéis para "outperform" e o preço-alvo para 35 reais, de 27 reais anteriormente.
- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB valorizavam-se 4,5% cada, tendo de pano de fundo o desfecho nas eleições para os comandos da Câmara e do Senado, principalmente após declaração no fim de semana do presidente Jair Bolsonaro de que a privatização da elétrica está entre as prioridades para o Congresso.
- VALE ON caía 1,7%, contaminada pelo tombo dos preços do minério na China, com participantes do mercado adotando cautelosa antes do feriado de Ano Novo Lunar na China, que dura uma semana a partir de 11 de fevereiro.
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