Também vamos falar do leite condensado.. mas, calma! não no sentido que alguns degenerados gostariam
Bolsonaro diz que leite condensado é para “enfiar no rabo” da imprensa
Poder360
O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta 4ª feira (27.jan.2021), que “é pra enfiar no rabo de vocês da imprensa essa lata de leite condensado”. Reportagens publicadas nesta semana divulgaram que o governo federal gastou de R$ 15 milhões com o produto em 2020.
Ele disse que “essas críticas não levam a lugar nenhum”. Em tom exaltado e aplaudido por apoiadores, acrescentou: “Vai para puta que pariu” e “imprensa de merda”.
Bolsonaro participava de um evento privado. Pelo menos 2 ministros estavam com ele: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Gilson Machado (Turismo). Ambos riram e aplaudiram as declarações do presidente.
Assista (46s):
O presidente também afirmou que demonstrará na live de 5ª feira (28.jan) que os gastos do governo Dilma com leite condensado foram superiores aos da sua gestão.
DESPESA DO GOVERNO COM ALIMENTOS
Os gastos com leite condensado viralizaram nas redes sociais. Apesar do alto valor, o gasto foi menor que o registrado em 2019, quando a União pagou R$ 29,7 milhões no produto.
Os principais destinos desse tipo de item são universidades federais e quartéis, que usam o leite condensado para fazer as sobremesas em restaurantes do tipo bandejão –ao qual universitários e militares têm acesso.
O levantamento do Poder360 indica que o gasto real com leite condensado em 2020 foi R$ 13,5 milhões. Foram consideradas despesas as seguintes naturezas: fornecimento de alimentação, gêneros de alimentação, além de verbas do Programa Mundial de Alimentação e do Programa de Alimentação do Trabalhador.
O infográfico abaixo detalha os gastos do governo com alimentos:
Leia a transcrição completa do que disse o presidente:
“Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado… vai pra puta que o pariu, p*****, imprensa de merda essa daí! É para enfiar no rabo de vocês aí, vocês não, da imprensa essas latas de leite condensado.
[‘MITO, MITO, MITO, MITO….’, gritam os apoiadores]
Não é para a Presidência da República essa compra de alimentos, até porque a nossa fonte é outra.
[É] Alimentação de 370 mil homens do Exército. E também programas de alimentação via Ministério da Cidadania. Também alimentação via Ministério da Educação, entre tantos e tantos outros.
Essas acusações levianas não levam a lugar nenhum. E, se me acusam disso, é sinal de que não tem do que me acusar.
Me acusam de ter comprado R$ 4 milhões em chicletes e quem já esteve no Exército, já teve um catanho [refeição ligeira servida às tropas em viagens], pessoal sabe o que é um catanho, quem serviu… tem um chicletinho lá dentro. E isso não é uma mordomia, não é privilégio.
E deixar bem claro: amanhã na live, junto com o ministro Wagner Rosário, da CGU [Controladoria Geral da União], vamos demonstrar tudo isso. Inclusive que em 2014 a Dilma comprou mais leite condensado do que eu.”
Brasil gera 148 mil novos empregos e tem menor perda de vagas em dezembro desde 1995
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 67.906 vagas formais de trabalho em dezembro, na menor perda para o mês desde 1995, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.
Apesar do saldo negativo em dezembro, que obedece a efeito sazonal, no ano, marcado por grave crise econômica em meio à pandemia da Covid-19, houve criação líquida de 142.690 vagas --resultado de 15.166.221 admissões contra 15.023.531 desligamentos com ajustes até dezembro do ano passado.
Em 2020, o emprego formal teve um amparo do programa BEM, lançado pelo governo em meio à pandemia e que autorizou as empresas a suspenderem provisoriamente os contratos de trabalho ou reduzirem as jornadas e os salários dos empregadores, que receberam uma compensação parcial em pagamentos do governo.
No ano, foram fechados 20,1 milhões de acordos no BEM, contemplando cerca de 9,8 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresas, segundo o Ministério da Economia.
O setor de serviços, o mais prejudicado por medidas de distanciamento social adotadas na pandemia, foi o único que fechou vagas formais de emprego no ano passado no acumulado do ano (-132.584). A construção foi o setor campeão de criação líquida de vagas (+112.174), seguido da indústria (+95.588), agropecuária (+61.637) e comércio (+8.130).
O resultado de dezembro veio melhor do que as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que previam o fechamento de 115 mil postos de trabalho formais no mês passado. O fechamento líquido de vagas no mês foi o mais baixo desde 1995 (-42.328) e ficou bem inferior ao registrado em dezembro de 2019 (-307.311 vagas).
Os dados do emprego com carteira assinada contrastam com os números do mercado de trabalho geral, incluindo os informais, que apontam para um desemprego historicamente elevado, de 14,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgados nesta quinta.
Paraná vê colheita de soja em 20,39 mi t; excesso de chuva preocupa produtores
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja 2020/21 do Paraná deverá atingir 20,39 milhões de toneladas, disse nesta quinta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), mantendo sua projeção praticamente estável em relação aos 20,38 milhões de toneladas estimados em relatório de dezembro.
O volume representaria queda de 2% na comparação anual, segundo o órgão estadual, que ainda fez um alerta devido ao excesso de chuvas que tem acometido a região e pode acarretar maior incidência de doenças causadas pela umidade, aumentando gastos para os produtores.
"Nos próximos relatórios, existe a possibilidade de a gente fazer alguma alteração, seja em produtividade ou seja em qualidade, em decorrência desse excesso de chuvas", disse à Reuters o economista Marcelo Garrido, do Deral.
Nos últimos 15 dias, algumas regiões do Paraná acumularam cerca de 200 milímetros de chuvas, de acordo com dados da Refinitiv, superando de forma acentuada o volume da média histórica para o período.
"De momento a gente ainda não tem como falar numa redução de produtividade ou até mesmo no quanto uma redução de qualidade pode afetar, porque ainda é muito cedo, mas nos próximos relatórios... a gente deve ter alguma outra informação", acrescentou.
O Deral também publicou sua estimativa inicial para a segunda safra de soja do Paraná 2020/21, vista em 107,6 mil toneladas, versus 89,5 mil toneladas na temporada anterior.
O aumento na produção em comparação anual decorre de uma maior produtividade, projetada em 2.778 quilos por hectare, já que a área plantada deve apurar recuo de 2%, para 38,8 mil hectares.
MILHO
Para o milho 2020/21, o órgão ligado ao governo paranaense projetou a primeira safra em 3,36 milhões de toneladas, recuo de 6% no ano a ano. No mês passado, a safra de verão era vista em 3,39 milhões de toneladas.
Já a chamada "safrinha" de milho, a principal do cereal, deverá alcançar 13,58 milhões de toneladas, versus estimativa de 13,43 milhões de toneladas em dezembro, com alta de 14% em relação ao ano anterior.
O Deral elevou sua previsão para o rendimento da segunda safra a 5.742 quilos por hectare, contra 5.735 quilos/hectare no mês passado, enquanto a área de cultivo do milho "safrinha" passou a 2,36 milhões de hectares, alta anual de 2%.
Segundo o analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, as intenções de plantio do cereal subiram "ao máximo" diante dos preços recordes, mas "ainda não é possível cravar que vai ser efetivado".
O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa fechou a quarta-feira em 83,83 reais por saca, próximo do recorde real de 87,35 reais batido em novembro de 2007, devido à disponibilidade restrita e à elevada paridade de exportação.
"Neste momento o maior problema está na janela de plantio, pois o atraso da soja vai impactar e concentrar o plantio. Pode ocorrer em algumas situações inviabilizar o plantio, pois o risco será muito grande", afirmou Gervásio.
O milho plantado mais tarde no Paraná pode ficar mais suscetível aos riscos de geadas, o que eleva os riscos de produtores.
O Paraná é o segundo maior produtor de soja e milho do Brasil, atrás somente de Mato Grosso.
Ritmo de colheita de soja do Brasil vai se normalizar só em março, diz HedgePoint
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil 2020/21 deve atingir recorde de cerca de 132 milhões de toneladas, mas o ritmo de colheita só vai se normalizar em março, após um atraso no plantio decorrente da falta de chuvas, apontou nesta quinta-feira a HedgePoint Global Markets.
Com o atraso na colheita no maior produtor e exportador mundial, os preços locais e os prêmios pela soja brasileira devem se manter firmes no próximo mês, disse a coordenadora de inteligência de mercado da HedgePoint, Thaís Carvalho Italiani, em webinar realizado pela Refinitiv.
Ela comentou que o Brasil colheu apenas 2% de sua safra até este momento, enquanto ao final de janeiro deveria ter colhido cerca de 10%, segundo a média histórica.
No ano passado, nesta época, o país tinha colhido 7% de uma produção projetada em 126 milhões de toneladas em 2019/20.
A HedgePoint Global Markets (ex-ED&F Man Capital Markets OTC) estima que em meados de fevereiro o Brasil terá colhido apenas 10% da safra, ante mais de 20% pela média histórica de cinco anos no período.
"Ao final da primeira semana de março estaremos com 50% da safra colhida", disse Thaís à Reuters, após o evento, ressaltando que no início de março fecha-se finalmente o "gap" do atraso.
Em 28 de fevereiro, pela média histórica, o Brasil tem quase 40% de sua safra colhida.
A analista comentou que o atraso na colheita deve acirrar a disputa por soja, uma vez que indústrias processadoras e exportadores lidam desde o final do ano passado com estoques baixos.
O atraso, disse ela, explica as baixas exportações previstas para janeiro deste ano, o que deve resultar em um maior volume em fevereiro.
Enquanto isso, a demanda por soja norte-americana por parte da China, maior importador global, segue forte, notou o chefe da área de grãos e algodão da HedgePoint Global Markets, Marcelo Lacerda, durante a webinar.
Ele destacou também os grandes compromissos de exportação dos EUA, enquanto o Brasil lida com o atraso na safra, o que deverá reduzir os estoques norte-americanos.
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