Cotação do milho recua na B3 nesta quarta-feira

Publicado em 20/01/2021 17:00 e atualizado em 21/01/2021 09:11
Chicago se desvaloriza com chuvas na América do Sul e a espera das exportações

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A quarta-feira (20) chega ao final com os preços do milho subindo e descendo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Amambaí/MS (1,37% e preço de R$ 74,00), Oeste da Bahia (2,27% e preço de R$ 67,50) e Rio do Sul/SC (2,56% e preço de R$ 80,00)

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (1,30% e preço de R$ 75,70), Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,33% e preço de R$ 74,00) e Eldorado/MS (1,37% e preço de R$ 71,80).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho teve poucas alterações, assim como pouquíssimos negócios nos últimos dias. “Com o mercado travado, de olho no câmbio e na safra que entrará, o volume negociado neste momento é praticamente pontual”.

Em Goiás, por exemplo, o preço médio do milho subiu 2,88% na última semana terminando a sexta-feira (15) valendo R$ 71,50).

“As negociações, no entato, seguem paradas. Com incertezas frente o quanto irão colher e com um percentual elevado negociado antecipadamente, os produtores evitam fechar novos negócios. No momento o norte do mercado é feito com base nas especulações sobre os preços, muitos acreditam que este ainda não alcançou um patamar máximo, frente todo o contexto do mercado internacional”, diz o Ifag.

B3

Os preços futuros do milho tiveram um dia de recuo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,67% e 2,97% ao final da quarta-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à R$ 87,50 com baixa de 1,67%, o maio/21 valeu R$ 83,50 com perda de 2,28%, o julho/21 foi negociado por R$ 76,00 com queda de 2,93% e o setembro/21 tinha valor de R$ 73,75 com desvalorização de 2,97%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho no Brasil segue com pouca oferta e colheita ainda muito pontual.

“Os compradores seguem no mercado para o grão disponível e praticamente parado nos portos, com exportação na faixa de R$ 78,00 R$ 80,00 não tem conseguido ofertas de novos contratos e seguem embarcando bem somente os contratos anteriores”, destaca Brandalizze.

Outro fator que influenciou as flutuações na B3 neste dia foram as movimentações cambiais, uma vez que o dólar recuou ante ao real neste quarta-feira e era cotado à R$ 5,31 com baixa de 0,87% por volta das 16h45 (horário de Brasília).

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também derreteu para os preços internacionais do milho futuro neste meio de semana. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 4,00 e 6,00 pontos ao final da quarta-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,22 com queda de 4,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,24 com perda de 4,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,19 com baixa de 5,75 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,71 com desvalorização de 6,00 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,76% para o março/21, de 0,76% para o maio/21, de 1,14% para o julho/21 e de 1,26% para o setembro/21. 

Segundo informações da Agência Reuters, o milho veio em seguida das quedas da soja, também pressionado pelas chuvas benéficas na América do Sul, que amenizam as preocupações com o fornecimento.

“Estamos vendo apenas um pequeno retrocesso devido à realização de lucros, após a melhora do clima na América do Sul”, disse Terry Reilly, analista sênior da Futures International.

Agora o mercado aguarda as próximas divulgações dos relatórios de vendas de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “Fique de olho nos relatórios de vendas de exportação. Não houve muitas mudanças nas notícias para desencadear a grande liquidação que começou ontem. O quadro de oferta e demanda continua favorável as alta”, afirmou Al Kluis da Kluis Advisors.

“Serão necessárias notícias mais otimistas para fazer com que essa coisa volte às alturas. Espero um período de alta volatilidade no próximo mês”, acrescentou Dan Smith, gerente de risco sênior da Top Third Ag Marketing.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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