A soja vem se desenvolvendo bem. É tudo o que precisamos, nesse momento em que só se fala em mortes...
Colheita de soja do Brasil tem início lento após atrasos no plantio, diz AgRural
SÃO PAULO (Reuters) - Produtores brasileiros de soja, que iniciaram tarde o plantio devido ao clima seco nos últimos meses de 2020, colheram até o momento apenas 0,4% da área cultivada com soja nesta temporada, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira.
No mesmo período do ano passado, o Brasil já havia colhido 1,8% da área plantada, acrescentou a AgRural em boletim, mesmo com o país tendo semeado um recorde de mais de 38 milhões de hectares para o ciclo 2020/21.
Os trabalhos estão mais avançados em Santa Catarina, onde os produtores plantaram a oleaginosa dias antes do calendário usual. O segundo Estado mais avançado é o Mato Grosso, principal produtor de grãos do Brasil.
A consultoria disse que, após um início com clima seco, chuvas e temperaturas ajudaram no desenvolvimento da safra em janeiro. Mas há relatos, no entanto, de chuvas escassas em parte do Rio Grande do Sul, Maranhão, Tocantins, Bahia e ao norte e leste do Mato Grosso.
Projeções de chuva na segunda quinzena de janeiro, se confirmadas, devem ajudar essas áreas, apontou a AgRural.
Em dezembro, a AgRural estimou a produção de soja do Brasil em 131,7 milhões de toneladas. Esses números serão revisados e uma nova projeção deve ser divulgada nesta semana, segundo a consultoria.
MILHO VERÃO
A colheita da primeira safra de milho atingiu 3,4% da área no Centro-Sul do Brasil, acima dos 2,5% no mesmo período do ano anterior, segundo a AgRural.
A maior parte dos trabalhos ocorreu no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde relatos iniciais de produtividade apontam para quebra de safra por questões climáticas, de acordo com a consultoria.
O governo brasileiro prevê uma safra de milho verão de 23,911 milhões de toneladas e uma produção total de milho de 102,313 milhões de toneladas neste ano.
A maior parte do milho do Brasil é plantada em áreas de soja depois que os agricultores colhem a oleaginosa.
Produção de aço no Brasil cresce em dezembro sobre um ano antes
SÃO PAULO (Reuters) - As usinas siderúrgicas do país elevaram a produção em dezembro na comparação anual e praticamente mantiveram o volume de aço produzido ante novembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Aço Brasil.
O setor produziu 2,89 milhões de toneladas de aço em dezembro ante 2,95 milhões em novembro. Na comparação com dezembro de 2019, a produção teve alta de 17%.
No ano como um todo, a produção brasileira caiu 4,9% sobre 2019, para 30,97 milhões de toneladas. A queda ocorreu pela parada de alto-fornos e outros equipamentos pouco depois do anúncio das medidas de isolamento social em março do ano passado, algo que só foi revertido a partir do início do segundo semestre.
As vendas no mercado interno em dezembro subiram 28% sobre um ano antes, para 1,83 milhão de toneladas, acumulando expansão de 2,4% em todo 2020, a 19,25 milhões de toneladas.
No final de novembro, a entidade afirmou que espera que as vendas no Brasil em 2021 cresçam para 19,9 milhões de toneladas.
Dólar vai às mínimas do dia atento a cena política doméstica em meio a início de vacinação
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a mostrar firme queda ante o real no fim da manhã desta segunda-feira, após oscilar entre altas e baixas na sessão, com investidores de olho no noticiário político doméstico enquanto tem início a campanha vacinal no Brasil contra a Covid-19.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ponderou que não é o momento de discutir um impeachment do presidente Jair Bolsonaro, depois de na sexta-feira o termo entrar nas discussões de analistas, o que acabou pressionando mais os mercados locais.
A sessão passada ficou marcada pelo pesado noticiário sobre o colapso da saúde pública em Manaus, onde pacientes morreram por falta de oxigênio, e pela escalada de tom entre Bolsonaro; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB); e o presidente da Câmara, em plena campanha para definir os novos comandantes da Câmara e do Senado.
O dólar já começou a sessão desta segunda em baixa, e o real tinha um dos melhores desempenhos globais no dia, conforme analistas acompanhavam informações sobre o início da vacinação nacional contra a Covid-19.
A campanha começará às 17h desta segunda, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Na véspera, a Anvisa aprovou, por unanimidade, o uso emergencial da CoronaVac, imunizante do laboratório chinês Sinovac, e, logo depois, a vacinação teve início com os profissionais de saúde do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
O começo da vacinação era citado por profissionais do mercado como fator crucial para a recuperação do Brasil, elemento importante nas análises sobre os rumos da taxa de câmbio, já que uma economia em crescimento tende a atrair mais investimentos estrangeiros com potencial para baixar o preço da moeda norte-americana.
"A vacinação é condição necessária, mas não suficiente para o crescimento econômico brasileiro. A velocidade de vacinação ditará o quão rápido a atividade econômica retornará ao nível pré-pandemia, mas não altera os desafios estruturais que o país enfrenta", disse a Guide em nota matinal.
Às 12h57, o dólar à vista caía 1,13%, a 5,2438 reais na venda. A cotação oscilou entre baixa de 1,17% (5,2418 reais) e alta de 0,38% (5,3236 reais).
Da pauta macro, o IBC-Br, sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,59% em novembro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.
A política monetária também estava no radar, com o Banco Central anunciando na quarta-feira sua decisão de juros. Pesquisa Reuters mostrou que o Copom deve manter a Selic na mínima histórica de 2% ao ano, mas provavelmente enfatizar a necessidade de uma normalização da Selic em resposta às pressões inflacionárias.
O entendimento é que esse seria o primeiro passo para se vislumbrar alta de juros, o que poderia dar algum suporte ao câmbio. Segundo analistas, um dos motivos para a pressão sobre o real é o juro em patamar muito baixo, que deixa a moeda mais vulnerável a operações de hedge ou de financiamento para apostas em outras divisas.
No exterior, o dólar perdia força ante uma cesta de moedas, mas seguia acima de mínimas em quase três anos tocadas nos primeiros dias de janeiro.
Na visão do Standard Chartered, o dólar vai cair ao longo de 2021, mas com recuperações de curto prazo durante o curso. Para estrategistas do banco, a queda de 13% do índice do dólar desde março foi reduzida por um rali entre setembro e outubro, e as condições atuais sugerem que outra pausa pode estar a caminho.
Avaliação negativa de Bolsonaro e seu governo aumentam, aponta pesquisa XP/Ipespe
BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro, assim como a percepção de sua atuação no combate à crise do coronavírus, pioraram em janeiro, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira.
Segundo a sondagem, subiu de 35% para 40% a fatia dos entrevistados que consideram o governo "ruim" ou "péssimo", patamar semelhante ao verificado em abril do ano passado, no início da pandemia. Aqueles que consideram o governo "ótimo" ou "bom" passaram a 32%, contra os 38% verificados em dezembro.
De acordo com a pesquisa, essa é a primeira ocasião, desde julho de 2020, em que a avaliação negativa supera a positiva.
O movimento de queda na popularidade segue a linha da piora, entre os entrevistados, na percepção sobre a atuação de Bolsonaro no combate ao coronavírus.
Para 52%, a atuação nesse quesito é "ruim" ou "péssima". Em dezembro, eram 48%. Os que avaliam a atuação como "ótima" ou "boa" passaram de 26%, em dezembro, para 23% em janeiro.
Sobre a polêmica em torno da imunização, 69% dos entrevistados responderam que irão se vacinar "com certeza". Outros 11% disseram que não irão se vacinar "com certeza", enquanto 18% informaram que podem ou não tomar a vacina.
Segue a tendência de aumento a parcela dos que consideram que "o pior ainda está por vir" na crise do coronavírus. Se em dezembro foram registrados 48%, agora em janeiro esse patamar passou a 56%. Antes, 43% consideravam que "o pior já passou". Na rodada de janeiro, foram contabilizados 36% entre os que têm essa avaliação.
A pesquisa também abordou eventual retomada do auxílio emergencial: 50% defendem que o governo recrie benefício semelhante por mais alguns meses.
A XP/Ipespe entrevistou 1.000 pessoas no território nacional entre 11 e 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Petrobras eleva gasolina em quase 8% na refinaria, para R$1,98/l; mantém diesel
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras elevará o preço médio da gasolina nas refinarias em cerca de 8% a partir de terça-feira, após três semanas sem mudanças nas cotações, segundo dados da petroleira estatal e cálculos da Reuters nesta segunda-feira.
O diesel, que teve o último reajuste também há três semanas, foi mantido estável, apesar de especialistas e agentes do mercado apontarem defasagem ante valores praticados no exterior.
Com a variação anunciada nesta segunda-feira, a petroleira elevou o valor da gasolina em média em 0,15 real por litro, para média de 1,98 real por litro.
O reajuste vem após o preço do petróleo Brent, referência internacional, ter subido aproximadamente 7,5% desde a última vez em que a Petrobras elevou os valores de gasolina e diesel, em 29 de dezembro. Nesse período, o real desvalorizou cerca de 1,5% ante o dólar.
Na semana passada, as ações da Petrobras chegaram a recuar 5% na quarta-feira, diante de crescentes preocupações com possíveis interferências políticas sobre a independência da companhia para reajustar preços dos combustíveis.
A tensão ganhou força após a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) ter protocolado em 8 de janeiro um ofício junto ao órgão antitruste Cade no qual acusou a estatal de práticas de valores de combustíveis "predatórias".
Rumores sobre uma possível greve de caminhoneiros, que pressionam o governo federal por menores preços do diesel, também ajudaram no desempenho negativo das ações.
"Esse ajuste de preços (da gasolina) foi incompleto, aumentaram 15 centavos, ainda precisa aumentar 7/8 centavos para gasolina entrar em paridade com o mercado internacional", afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.
"O diesel não teve alteração, ele está com uma defasagem muito forte, na casa dos 20 centavos, mesmo com o mercado internacional cedendo um pouco hoje e o câmbio (valor do real versus dólar) subindo um pouco hoje, a gente está com uma defasagem se aprofundando."
O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, também estimou que os preços da Petrobras seguem com defasagem ante o mercado externo.
"Esse anúncio (da gasolina) atinge metade do que era esperado. A defasagem continua, (agora está) em média 11 centavos de reais na gasolina", calculou.
Segundo ele, o diesel estaria com defasagem de 0,26 real por litro.
"O mercado continua aguardando reajuste da Petrobras para que ela cumpra paridade de importação como prometido", disse o dirigente da associação de importadores.
A Petrobras, que anteriormente negou a acusação de preços predatórios e indicou que agentes rivais podem ser "menos eficientes" em termos de custos, reiterou nesta segunda-feira que não mudou sua estratégia de reajustes.
"Os preços praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo", disse a estatal, em nota enviada pela assessoria de imprensa.
O repasse dos reajustes na gasolina nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.
Em nota, a petroleira citou ainda que dados Global Petrol Prices, de 11 de janeiro, indicaram que o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, cerca de 22% abaixo da média de 1,05 dólar por litro.
EUA e China entram em confronto na OMS por missão científica em Wuhan
GENEBRA (Reuters) - Os Estados Unidos apelaram à China nesta segunda-feira para permitir que uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) entreviste "cuidadores, ex-pacientes e trabalhadores de laboratórios" na cidade central de Wuhan, em iniciativa que foi criticada por Pequim.
A equipe de especialistas independentes liderada pela OMS que tenta determinar as origens do novo coronavírus chegou em 14 de janeiro a Wuhan, onde está realizando teleconferências com colegas chineses durante uma quarentena de duas semanas antes de começar o trabalho presencial.
Os Estados Unidos, que têm acusado a China de esconder a extensão de seu surto inicial, pediram uma investigação "transparente" liderada pela OMS e criticaram os termos da visita, sob a qual especialistas chineses fizeram a primeira fase da pesquisa.
Garrett Grigsby, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que chefia a delegação dos EUA, disse que a China deveria compartilhar todos os estudos científicos sobre amostras animais, humanas e ambientais retiradas de um mercado em Wuhan, onde acredita-se que o vírus SARS-CoV-2 tenha surgido, no final de 2019.
A análise comparativa de tais dados genéticos ajudaria a "buscar sobreposições e potenciais fontes" do surto que deflagrou a pandemia de Covid-19, disse ele ao Conselho Executivo da OMS.
"Temos o dever solene de garantir que esta investigação decisiva seja confiável e conduzida de forma objetiva e transparente", disse Grigsby, que também se referiu às variantes do vírus encontradas no Brasil, Reino Unido e África do Sul.
Sun Yang, diretor-geral do gabinete de resposta a emergências de saúde da Comissão Nacional de Saúde da China, afirmou ao conselho: "Os estudos sobre a origem do vírus são de natureza científica. É preciso coordenação e cooperação. Precisamos interromper qualquer pressão política".
A delegação da Austrália também pediu que a equipe da OMS tenha acesso a "dados, informações e localizações-chave relevantes".
"Não há garantias de respostas", disse o chefe de emergência da OMS, Mike Ryan, a repórteres na sexta-feira. "É uma tarefa difícil estabelecer totalmente as origens e às vezes pode levar duas, três ou quatro tentativas para conseguir fazer isso em cenários diferentes."
0 comentário
T&D - Íntegra do programa de 25/12/2024
T&D - Íntegra do programa de 24/12/2024
Do Marco Temporal à Lei dos Bioinsumos, 2024 foi ano de grandes batalhas para o agronegócio em Brasília
Cenário futuro do milho é promissor, mas infraestrutura precisa acompanhar
Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro
A grande volatilidade do mercado do café foi o maior desafio para a indústria cafeeira em 2024