Trigo/Cepea: dólar e menor oferta na Argentina serão determinantes em 2021
Agentes brasileiros estão, neste início de 2021, atentos aos principais fatores que influenciam as compras externas, que são a disponibilidade de produto de qualidade no mercado brasileiro, o preço externo do cereal e o dólar. No caso da Argentina, principal fornecedora de trigo ao Brasil, os valores do trigo têm relação com os parâmetros externos, mas também com políticas comerciais (o governo pode optar por restringir as vendas externas) e tributárias do próprio país. Quanto ao dólar, estimativas do Boletim Focus do Banco Central indicam que a moeda norte-americana deve seguir acima dos R$ 5,00 em 2021, o que tende a manter as importações encarecidas. No mercado brasileiro, com o ligeiro aumento da oferta por conta da finalização da colheita, normalmente as cotações se enfraquecem, tendo em vista que muitos precisam liberar armazéns para a safra de verão. Apesar disso, os preços internos ainda estão em patamares elevados, a atual oferta de trigo de qualidade é baixa, e algumas indústrias têm necessidade de repor estoques, o que pode manter aquecidas as compras externas.
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