Rentabilidade do pecuarista brasileiro pode ser ainda mais alta em 2021 com investimentos em tecnologias
Os custos de produção na pecuária foram afetados pela valorização do dólar sobre o real e acabaram influenciando nos preços de aquisição de matéria-prima pelas empresas de suplementos no primeiro semestre de 2020.
No levantamento de janeiro/20 a junho/20, os custos registraram um aumento de 9% para sistemas de cria e 10% para a recria e engorda. Já no segundo semestre desse ano, a intenção do primeiro giro confinamento registrou um recuo diante dos preços da reposição e da alimentação em alta, enquanto os valores da arroba no mercado futuro não estavam tão atrativos para a engorda dos animais.
-- “A redução do volume de animais confinados manteve a oferta restrita e somado com a demanda chinesa aquecida acabou contribuindo para a disparada dos valores da arroba próximo de R$ 300,00/@”, afirmou o Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho.
O pesquisador ainda explica que se o confinador realizou a compra da alimentação em julho e vendeu o animal em novembro/20, a margem de lucro do confinador ficou em 12% a 15%.
-- “Muitos pecuaristas conseguiram até 20% adotando muita tecnologia, por isso é importante o produtor investir em novas tecnologias para aumentar o lucro em 2021”, destaca. O ideal é que o pecuarista faça as contas e gerenciamento da propriedade para um ter um planejamento de compra de insumos e animais jovens para o próximo ano. “A pecuária ainda vai ser muito interessante no próximo ano e a demanda chinesa deve seguir forte e movimentar o mercado do boi gordo”, disse.
A tendência é que os custos de produção na pecuária fiquem elevados no próximo ano, mas a arroba também deve seguir atrativa com a oferta de animais restrita. “O primeiro semestre vai dar respostas de como pode ser o segundo semestre do próximo ano. Se tiver baixo volume de animais confinados no primeiro giro do confinamento, o preço da arroba vai subir como observamos neste ano”, conclui.
1 comentário
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nelson jose camolesi bauru - SP
Não me parece correta a maneira empregada para estimar a rentabilidade dos confinadores em geral, usando como exemplo dados atemporais. Ao utilizarmos o valor de venda da arroba do boi no dia da venda, temos que fazer a apuração do resultado considerando a REPOSICÃO do gado dos insumos e outros custos na MESMA DATA. Suponha que, ao fechar a conta pelos custos passados e venda presente, como menciona o articulista, obtive um ganho de 15%... Isto significa que, para adquirir os insumos, gado e pagar outros custos, gastarei 85% do total auferido na venda. Como posso adquirir o mesmo volume de gado, insumos e outros recursos se estes aumentaram em 30%. Na verdade pouco importa quanto foi pago lá traz. Se o confinador vai continuar na atividade e tem que repor os meios para tanto, e é o preço da venda e as reposiçôes na mesma data que vão dizer se houve lucro ou prejuízo... Muito mais me estranha o fato do articulista ser do Cepea (Centro de Estudos em Economia Aplicada). Gostaria muito de uma resposta explicando qual foi o método utilizado.
Muito bem colocado ... Há de verificar os custos, após a venda do gado, e contabilizar se na próxima engorda sobra alguma coisa.
pois e', jornalista e' jornalista, e criador e' criador, cada um no seu quadrado...