Milho vai dar muito lucro em 21, apontam analistas. Agora a torcida é para o clima ajudar a safrinha
Análise da Brandalizze Consulting:
O mercado do milho está mostrando pouco movimento nesta semana, dando sinais que o setor de ração esta desacelerando e com algumas indústrias parando para manutenção e devendo entrar em férias coletivas na semana que vem.
O alojamento de aves e suínos cai muito neste período do ano e volta normalmente na segunda semana de janeiro em diante.
O setor sabe que novamente em 2021 vai ser um ano forte de produção e crescimento e desta forma precisa começar com tudo funcionando bem.
Desta maneira o apelo é de pressão de queda no Milho pelos compradores, mas não têm aparecido vendedores que apontam que já foi todo negociado.
As lavouras da safra de verão mostram boas condições neste momento, com chuvas caindo em boa parte do Sul e Sudeste que concentram as maiores áreas de Milho.
O mercado internaciona mostra folego para novos avanços nestes próximos dias porque a produção da Rússia com a taxação sobre a exportação do Trigo e do Milho deverá fazer falta no mercado; isso tende a ter mais forças nos indicativos nos próximos dias.
Exportação do Brasil crescerá 13,7% em 2021, com força da soja, petróleo e minério, diz AEB
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras deverão crescer 13,7% em 2021 na comparação com 2020, para 237,3 bilhões de dólares, com as vendas externas do país ficando mais dependentes de produtos como soja, petróleo e minério de ferro, previu nesta quarta-feira a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Com preços mais altos e crescimentos menores dos volumes embarcados, esses três produtos aumentarão sua fatia no total exportado pelo Brasil para um recorde de 40,2%, notou a AEB em comunicado.
Em 2021, pelo sétimo ano consecutivo a soja continuará sendo o produto líder de exportação do Brasil, com 36,55 bilhões de dólares, um novo recorde, versus 28,7 bilhões de dólares em 2020, disse a associação.
A AEB apontou alta de 25% no preço médio da oleaginosa, para 430 dólares por tonelada em 2021, em momento que a China (principal importador) mantém firme demanda e mesmo diante da projeção de safra recorde no Brasil, maior produtor e exportador global da commodity.
O segundo principal produto de exportação do país será o minério de ferro, com 35,7 bilhões de dólares, contando com um aumento no preço médio de 42%, para 105 dólares por tonelada em 2021, enquanto a mineradora Vale ainda trabalha para voltar à liderança global neste mercado e tem projeções de produção conservadoras para 2021.
Já as vendas externas de petróleo deverão fechar 2021 com 23,25 bilhões de dólares, ante 19,8 bilhões em 2020, com a AEB considerando que, entre os três produtos principais de exportação, a commodity energética terá o maior aumento no volume (5%), para 75 milhões de toneladas.
A soja terá alta de 2,4% nos embarques, para 85 milhões de toneladas, e minério ficará praticamente estável, em 340 milhões de toneladas.
"Preços melhores de soja e minério e recuperação de preço de petróleo", explicou o presidente da AEB, José Augusto de Castro, após as cotações do petróleo terem despencado este ano por conta da pandemia.
"A China continua sustentando as cotações de soja e minério. Sem ser protagonista, também ajuda no petróleo. As ofertas de soja e minério estão ajustadas, com petróleo tendo maior base de manobra", acrescentou Castro, à Reuters.
Em 2020, mesmo com preços mais baixos do petróleo, os três principais produtos exportados pelo Brasil responderam por pouco mais de 35% dos embarques nacionais.
Somando as previsões de embarques de produtos do agronegócio (51,97 bilhões de dólares) com os da indústria extrativa (63 bilhões de dólares), as exportações brasileiras desses dois grandes grupos aumentariam cerca de 23% em 2021 ante 2020, para cerca de 115 bilhões de dólares.
Segundo a AEB, as projeções para o comércio exterior em 2021 foram realizadas tendo como expectativa de que a retomada do crescimento das atividades econômicas se consolide e que os PIBs mundiais se estabilizem positivamente.
"A velocidade de aplicação da vacina contra a Covid-19 será outro fator importante a contribuir para concretização do quadro que se vislumbra", disse Castro, observando que alguns aspectos ainda indicam incertezas, como o impacto do atraso na vacinação para o coronavírus no Brasil e o qual será a relação do novo presidente dos EUA, Joe Biden, com o país.
A AEB notou também que o Brasil continua altamente dependente das exportações de commodities, "com os produtos manufaturados sofrendo o impacto negativo da falta de competitividades decorrente do elevado Custo-Brasil".
Seguimos comprometidos com teto de gastos, diz Paulo Guedes
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o governo segue comprometido com teto de gastos como âncora de sustentabilidade fiscal e credibilidade econômica.
Ao participar do lançamento de relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Brasil, ele afirmou que o governo tampouco deixará que medidas temporárias relacionadas a este ano, por conta da crise do coronavírus, se tornem despesas permanentes.
Nesse contexto, o ministro ressaltou que do fim do ano em diante o país voltará aos programas sociais antes existentes, após o término do auxílio emergencial.
Guedes descarta segunda onda de Covid-19 e reforça fim do auxílio emergencial
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que a economia brasileira está sendo retomada com força e num formato em V, quadro que dá amparo ao fim do auxílio emergencial neste mês, descartando ainda que o país esteja sendo atingido por uma segunda onda de Covid-19.
"De agora até o final do ano, 31 de dezembro, a ideia é que voltemos à situação ordinária, então até o fim do ano teremos encerrado essas camadas auxiliares que lançamos para preservar empregos, vidas e a economia", afirmou o ministro em inglês, em participação gravada para a Conferência de Montreal do International Economic Forum of the Americas, que acontece nesta quarta-feira.
"As pessoas estão voltando ao trabalho, a doença fez um retorno, mas não podemos falar em segunda onda", acrescentou ele, pontuando ainda que o governo está agora concentrado em prover vacinas à população.
Ecoando previsões que já tinha traçado anteriormente, Guedes afirmou que se o país gerar 200 mil empregos nos últimos dois meses do ano --"o que certamente fará"-- haverá zero perda de postos formais em 2021.
"Isso foi devido ao nosso programa de proteção de empregos, que funcionou maravilhosamente", afirmou.
Na pandemia, foi aberta a possibilidade de redução de salário e jornada ou suspensão do contrato de trabalho no setor privado, com o governo provendo um benefício para os trabalhadores de carteira assinada afetados.
O ministro também disse que a agenda de reformas estruturais volta agora à pauta, após desvio que precisou ser feito para enfrentamento ao surto de coronavírus.
Nesse sentido, ele frisou que o grande desafio em 2021 será transformar a recuperação impulsionada pelo consumo em um crescimento sustentável. Para tanto, o governo irá acelerar privatizações e investimentos privados, disse.
Sem mencionar o Caixa Tem, braço digital da Caixa Econômica Federal, Guedes também afirmou que o governo fará a abertura de capital em bolsa do "maior banco digital do mundo", criado no bojo da crise para concessão do auxílio emergencial.
Segundo o ministro, os recursos levantados na operação serão empregados na diminuição da relação entre dívida pública e o PIB.
"Estamos relativamente otimistas sobre o futuro, achamos que o Brasil vai se mover mais rápido que a maioria das economias no curto prazo e nós permaneceremos, provavelmente, a mais larga e mais rentável fronteira para investimentos para a próxima década", disse ele.
CNI enxerga alta de 4% do PIB em 2021 em cenário de retomada
BRASÍLIA (Reuters) - A economia brasileira deve crescer 4% em 2021 impulsionada por um avanço de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, estimou nesta quarta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em seu boletim sobre a economia brasileira em 2020 e 2021, a CNI avaliou que o consumo das famílias continuará a crescer no decorrer do próximo ano, apesar da retirada do programa de auxílio emergencial em 31 de dezembro, em um cenário de retomada da atividade e do emprego.
"Eu acredito, o mercado está acreditando. A gente hoje tem algumas premissas importantes, como uma taxa de juros muito baixa, uma inflação controlada. Câmbio também está razoavelmente estabilizado, favorável às exportações", afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a jornalistas quando questionado se acreditava em uma recuperação da atividade mesmo em cenário sem aprovação de reformas econômicas, como a tributária.
No entanto, Andrade disse acreditar que após as eleições para as presidências do Senado e Câmara, em fevereiro de 2021, as reformas tributária e administrativa irão retomar uma "pauta rápida" após a definição do processo.
"Tenho uma expectativa positiva. Acho que nós podemos voltar a crescer e discutir esses temas importantes, fundamentais para o ajuste fiscal, que dará mais segurança para todos nós. Nós vamos retomar no primeiro semestre de 2021", completou.
Para a CNI, o investimento deverá se acelerar ao longo do ano, à medida que as incertezas diminuam em um cenário econômico com baixas taxas de juros.
A entidade prevê que, mesmo com o crescimento gradual da população ocupada, a taxa de desemprego deve crescer no ano que vem, a 14,6% da força de trabalho, com o aumento do número de pessoas procurando emprego. A projeção é 0,7 ponto percentual maior que a taxa projetada para 2020, de 13,9%.
Em relação à inflação, a projeção da CNI é que o IPCA encerre o ano de 2021 em 3,55%, abaixo do centro da meta estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,75%. Neste ano, a estimativa é da inflação fechando o ano a 4,28%, para uma meta de 4%.
Em relação à Selic, a CNI calcula que a taxa básica de juros fechará 2021 a 3%, sendo mantida na atual mínima histórica, de 2%, até o fim do primeiro semestre de 2021. A partir de então, pelas suas projeções, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciará uma sequência de três elevações.
A CNI projeta que, mediante melhora na atividade econômica e previsão da redução de despesas no ano que vem, o déficit primário a ser registrado em 2021 deve ser de 192 bilhões de reais, 2,5% do PIB.
Sobre o câmbio, a CNI calcula que o real deve ter uma cotação média de 4,85 por dólar em 2021, o que apresenta leve apreciação frente a média esperada para 2020, de 5,15 por dólar.
Em relação à balança comercial, a CNI prevê superávit comercial em 2021 em torno de 49 bilhões de dólares, com aumento de 7% nas exportações e 15% nas importações.
Andrade também afirmou não acreditar que a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada pelo Colégio Eleitoral do país no início desta semana, altere o desenvolvimento dos acordos mantidos com o país.
"A plataforma do presidente eleito dos Estados Unidos é uma plataforma que continua, e nós vimos agora recentemente liberação de muitos recursos e de apoio ao desenvolvimento econômico. Esse desenvolvimento, mesmo que privilegie muito o consumo e o mercado e a produção americana, certamente tem uma parcela importante que os Estados Unidos continuará comprando."
Já para este ano, a estimativa da CNI é de recuo de 4,3% do PIB, um pouco abaixo da contração de 4,41% prevista pelo mercado na pesquisa Focus do Banco Central. Também pelos cálculos da CNI, o setor industrial deve recuar 3,5% em 2020.
Atividade empresarial otimista e esperanças de vacina elevam mercado acionário europeu
(Reuters) - As ações europeias fecharam em alta nesta quarta-feira devido a dados otimistas sobre a atividade empresarial regional, esperanças crescentes de um acordo comercial do Brexit e a possível implementação de uma vacina contra a Covid-19 no continente antes do Ano Novo.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,8%, a 1.529 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,82%, a 396 pontos, tendo tocado um pico em quase dez meses durante a sessão.
Leituras preliminares de PMI para dezembro mostraram que a economia da zona do euro superou em muito as expectativas, com os produtores relatando um forte crescimento alimentado pelo aumento das exportações e o desempenho da Alemanha. No entanto, a maior economia da região entrou em um lockdown mais rígido nesta quarta-feira.
"A resiliência da economia diante de medidas mais rígidas é um importante resultado positivo em tempos muito incertos", disse Bert Colijn, economista sênior para a zona do euro no ING.
Mas esperanças de um fim para a pandemia melhoraram o sentimento, já que uma autoridade da Comissão Europeia disse que a UE poderia dar a aprovação final para a vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 já em 23 de dezembro.
Em relação ao Brexit, as negociações contínuas fizeram os mercados continuarem com esperanças de um acordo, mas os dois lados ainda lutavam para chegar a um meio termo sobre a pesca, disse a emissora estatal irlandesa RTE. Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,88%, a 6.570 pontos.
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