Datafolha mostra aumento no número de pessoas que não quer se vacinar; maioria é contra a vacina chinesa

Publicado em 12/12/2020 13:44 e atualizado em 12/12/2020 17:34

Pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, mostra que cresce o número de pessoas que não quer ser vacinadas contra a Covid. Ao todo, 22% dos entrevistados disseram que não pretendem se vacinar, enquanto 73% disseram que vão participar da imunização (outros 5\% disseram que ainda não sabem).

Em agosto a mesma pesquisa mostrava que apenas 9% não pretendiam se vacinar, contra 89% que diziam que sim.

O Datafolha mostra que a população brasileira tem muito mais resistencia a uma vacina desenvolvida pela China. Metade dos entrevistados responderam que não tomariam a vacina chinesa -- mas aceitariam um imunizante produzido pelos EUA, Inglaterra ou pela Rússia.

Nos numeros do Datafolha, 50% dos entrevistados não tomariam uma vacina de origem chinesa, contra 47% favoráveis e 3% que não souberam responder.

A preferência, segundo a análise, é por uma vacina norte-americana, cujos 74% dos entrevistados disseram confiar, versus 23% que não tomariam.

A pesquisa mostra também que a maioria dos brasileiros (56%) disse querer que a vacina seja obrigatória para toda a população, enquanto 43% são contrários.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 8 e 10 de dezembro, por telefone, com 2.016 pessoas. A margem de erro é de 2%, informa o Datafolha.

Bolsonaro diz que população deve evitar pânico por pandemia do coronavírus

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a população não deve ser tomada pelo pânico e frisou que a liberdade das pessoas vale mais do que a própria vida.

Em meio ao avanço da pandemia de Covid-19 no país, com aumento de casos e óbitos e adoção de medidas restritivas por parte dos governos locais, o presidente da República não falou diretamente sobre a doença.

"Não deixem que pânico nos domine, a nossa liberdade não tem preço, ela vale mais que a nossa própria vida", afirmou ele em um breve discurso em um formatura da Marinha.

O presidente Bolsonaro ainda fez no discurso uma citação a uma passagem bíblica ao afirmar que "se te mostras fraco no dia da angústia é que tua força é pequena", mencionando o provérbio "quando o Estado avança sobre direitos e liberdades individuais, dificilmente ele recua".

-- "“Devemos levar tranquilidade à população e não o caos. O que aconteceu no início da pandemia não leva à nada. Lamentamos as mortes profundamente e assim sendo, vamos vencendo obstáculos”.

Participaram do evento, o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa.

Governo prepara MP que libera R$20 bilhões para vacinação contra Covid-19

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal está preparando uma medida provisória que libera 20 bilhões de reais do Orçamento para a vacinação contra a Covid-19, incluindo a compra de imunizantes que forem aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), disse nesta sexta-feira uma fonte com conhecimento da questão.

Em fala no fim da tarde em audiência pública remota da Comissão Mista da Covid-19 do Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o custo para se realizar uma vacinação em massa no país será de cerca de 20 bilhões de reais.

Até o momento, o governo já editou duas MPs relativas a recursos para vacinas, uma com 1,9 bilhão de reais para acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório AstraZeneca e outra, de 2,5 bilhões de reais, para o ingresso do Brasil no programa global de imunizantes Covax.

Além desses acordos, o governo federal negocia a compra de doses da vacina da Pfizer, a primeira do mundo a receber aprovação para uso em larga escala, em países como Reino Unido e Canadá. Governadores e especialistas em saúde pública pressionam o governo para também incluir a chinesa CoronaVac no plano nacional de imunização.

Após se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse também nesta sexta ter sido informado por ele que “toda e qualquer vacina registrada” que seja produzida no país ou importada será requisitada pela pasta para o combate à Covid-19.

O ministério, entretanto, não confirmou a questão específica da eventual requisição de vacinas.

A publicação pode ser encarada como uma referência indireta a João Doria (PSDB), governador de São Paulo. O Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, testa no Brasil a CoronaVac, potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac e iniciou o envase de doses da vacina no país com uma capacidade que chegará a 1 milhão de doses diárias.

Doria anunciou nesta semana que iniciará, em 25 de janeiro, a vacinação contra Covid-19 em São Paulo e já fechou acordos com outros Estados e municípios para fornecer o potencial imunizante.

O governador tucano publicou comentários no Twitter na tarde desta sexta-feira, após a postagem de Caiado. “Os brasileiros esperam pelas doses da vacina, mas a União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco de vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos”, disse.

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro, que é desafeto político de Doria, chegou a desautorizar uma declaração de Pazuello que o governo federal compraria doses da vacina chinesa. Bolsonaro afirmou ainda que a CoronaVac não inspirava segurança na população dada a sua origem.

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Fonte:
NA / Reuters

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