Após decepção com relatório do USDA, soja em Chicago volta à realidade precificando estoques baixos e oferta incerta

Publicado em 11/12/2020 17:16 e atualizado em 12/12/2020 09:11
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest
No Brasil, preços da soja podem esbarrar num teto por conta da falta de competitividade com o produto americano, entenda mais

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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago começaram o dia com movimentações tímidas, testando os dois lados da tabela, mas voltaram a subir e encerraram o pregao desta sexta-feira (11) com altas de mais de 7 pontos nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 11,60 e o março a US$ 11,66 por bushel. 

A semana foi de, mais uma vez, foco nos fundamentos e, passado o relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os traders voltam a acompanhar a força do programa de exportações dos EUA, já muito adiantado, e os estoques muito apertados no país.

"Se os EUA exportarem mais, vai falta soja para indústria. Essa foi a mensagem que o USDA quis passar nesse relatório", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities, que lembra ainda que a estimativa das exportações foi mantida em 59,88 milhões de toneladas.

No paralelo, a irregularidade das condições climáticas para a América do Sul também pesa ainda sobre as cotações, e com alguma piora que possa vir a ser registrada deve intensificar a volatilidade no mercado em Chicago, "que vai perceber que não há espaço para quebra". 

Outro fator que vai influenciar o andamento dos preços tanto nos EUA, quanto no Brasil, é a competitividade de ambos os países frente os importadores chineses. A soja brasileira passa a ser mais competitiva agora em relação à americana, o que começa a se inverter em outubro, e isso vai movimentar não só os preços, mas também os prêmios nas duas origens. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Tiago Pandolfo Balsas - MA

    Competitividade da soja brasileira? Se o sojicultor brasileiro enxergasse que somente ele tem soja e segurasse um pouco, esses preços teriam que explodir. Os americanos já venderam 90% da sua previsão de exportação em menos de 3 meses. Competitividade da soja brasileira? Tá de brincadeira...

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