Milho fecha a segunda-feira estendendo perdas no Brasil

Publicado em 07/12/2020 17:09 e atualizado em 08/12/2020 09:24
Chicago se recupera ao longo dia e termina em alta

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A segunda-feira (07) chega ao final com os preços do milho acumulando perdas no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Amambaí/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto Santos/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a disponibilidade do cereal aumentou nas últimas semanas em praticamente todas do Centro-Sul. Além disto, o dólar seguiu a trajetória de queda, o que reforçou o movimento de baixa das cotações”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o movimento de queda nos preços do milho ganhou força neste início de dezembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.

“Vendedores estão mais flexíveis nos valores de negociação, enquanto compradores se mantêm retraídos do mercado, atentos especialmente ao retorno das chuvas, que trouxe otimismo e perspectivas de maior oferta nos próximos meses”, dizem os pesquisadores. 

De 27 de novembro a 4 de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) caiu 5,7%, fechando a R$ 74,69/saca de 60 kg na sexta-feira, 4.

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia em baixa na Bolsa Brasileira (B3), mas flutuaram em campo misto no final de tarde. As principais cotações registravam movimentações entre 4,34% negativo e 0,23% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 68,25 com alta de 0,23%, o março/21 valia R$ 69,05 com ganho de 0,07%, o maio/21 era negociado por R$ 66,10 com perda de 4,34% e o julho/21 tinha valor de R$ 63,00 com baixa de 4,14%.

Empurrando os contratos do cereal brasileiro para baixo estão as movimentações cambiais com o dólar em queda ante ao real. Por volta das 17h09 (horário de Brasília), a moeda americana caia 0,39% e era cotada à R$ 5,13.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este foi mais um dia de calmaria para o mercado do milho com as indústrias de ração já paradas e fora dos negócios. “As chuvas também estão beneficiando as lavouras brasileiras”, destaca.

Enquanto isso, a comercialização da safrinha 2021 de milho no Brasil atinge 24,2% da produção prevista de 83,726 milhões de toneladas, segundo levantamento de SAFRAS & Mercado.

A consultoria aponta ainda que, em dezembro do ano passado, a comercialização da safrinha 2020 estava mais lenta, atingindo 9,5%. Os estados mais adiantados na venda antecipada são Mato Grosso 29,9%, Goiás 25,6%, Mato Grosso do Sul 22,7%, Paraná 18,1% e Minas Gerais 7,8%.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro começaram o dia caindo na Bolsa de Chicago (CBOT), mas se recuperaram e fecharam a segunda-feira em alta. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,50 e 3,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,19 com alta de 2,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,24 com ganho de 3,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,26 com elevação de 3,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,27 com valorização de 3,75 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,48% para o dezembro/20, de 0,95% para o março/2, de 0,71% para o maio/21 e de 0,71% para o julho/21.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho cresceu ao longo do dia paralelamente ao aumento da soja, apoiado pela sólida demanda global por grãos. Os investidores também tomaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta-feira, que apresentará a última visão da agência sobre as safras sul-americanas.

“O comércio vai manter um prêmio do clima embutido neste mercado até ver o relatório de quinta-feira. Um mercado de exportação forte sempre chama a atenção de volta para o clima. Com a Argentina e algumas áreas importantes do Brasil ainda sem muita precipitação, você deve se perguntar se a oferta está caindo mais rápido do que a demanda”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Solutions.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA relatou 734,079 mil toneladas embarcadas na semana que se encerrou em 3 de dezembro, ligeiramente abaixo do intervalo esperado pelo mercado de 750 mil a 1,1 milhão de toneladas.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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