Safra de Inverno da Castrolanda tem crescimento na área produtiva e colheita com qualidade superior ao último ano
Demanda interna aquecida e condições de comercialização favorecidas pelo dólar valorizado proporcionaram um cenário bastante positivo para os produtores da Cooperativa nos Estados do Paraná e também em São Paulo. Apesar dos desafios impostos pelas condições climáticas, onde as temperaturas mais altas e os índices pluviométricos abaixo do registrado em outros anos requisitaram uma atenção especial das equipes de assistência técnica, a cultura de trigo e cevada se manteve como a principal atividade dos cooperados da Castrolanda neste inverno.
“Tem sido uma safra bastante desafiadora. Em termos numéricos, crescemos, em 2020, cerca de 14% de produção em relação à safra passada. Temos 34 mil hectares de área plantada com uma colheita de 3.800 a 4.000 quilos por hectare de produtividade” é o que revela a Gerente de Negócios Agrícolas da Cooperativa, Tatiane Bugallo. Já a qualidade está sendo compensada pelo clima mais seco. “Nós estamos tendo trigo, praticamente, todo do tipo 1, com alto PH. Esses fatores, atrelados aos valores elevados das commodities, tem permitido liquidez bastante positiva para os produtores”, completa Tatiane.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu Boletim Mensal de Monitoramento Agrícola mostram que a expectativa é que sejam produzidas mais de 3 milhões de toneladas do cereal nesta temporada, ficando 44,9% superior ao resultado obtido no ano passado, sendo a região Sul responsável por 85,6% de toda produção nacional.
O Cooperado Marcos Tonon, da Fazenda Dona Lena, no município de Piraí do Sul/PR comemora os resultados alcançados nesta safra, tanto na produtividade como no valor alcançado. “Esse ano, nossas médias alcançadas foram entre 74 e 84 sacas por hectare. Tivemos um índice pluviométrico menor que os outros anos, mas a boa distribuição garantiu essa produtividade. Com os preços praticados, em torno de R$ 1.300 a tonelada, e com bonificação de semente, já que somos produtores para a Cooperativa Castrolanda, obtivemos êxito no trigo, o que nos deixa confortável em dizer que o trigo continua na rotação”, contou.
Outro ponto que vale atenção diz respeito aos custos de produção, que foram mais baixos se comparados a safra de inverno 19/19. “O cenário de doenças também se apresentou mais tranquilo, onde o produtor, em sua grande maioria, não precisou fazer grandes investimentos em manejo fúngico”, completa o Engenheiro Agrônomo da Castrolanda, Herbet Krupnishi de Lima.
Todos esses elementos mostram a força do agronegócio e reforçam a importância do cooperativismo. Mais do que máquinas de última geração, há todo um suporte tecnológico disponível, aliado a produtores experientes e com vontade de trabalhar que garantem o agro como uma das mais importantes forças econômicas do país.
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