Investimento com nutrição dos suínos salta 14,14% em outubro, de acordo com Embrapa Suínos e Aves
A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) referente a outubro nesta segunda-feira (16), e os dados trazem mais um mês de alta para os inventimentos na atividade, principalmente com a nutrição dos animais. Em setembro, o índice ficou em 352,95 pontos, aumento de 14,98% em relação à setembro, alta de 40,69% desde janeiro e de 46,02% nos últimos 12 meses.
Outubro foi o quarto mês consecutivo de altas expressivas no que diz respeito à nutrição dos animais, conforme a base de dados da instituição, e neste mês de referência, houve um salto em relação ao anterior. Se em setembro, no comparativo com agosto, a alta nos custos com a alimentação dos suínos havia sido de 4,01%, em outubro, em relação a setembro, houve um avanço de 14,14% no quesito.
Em setembro, o investimento na alimentação dos suínos representava 78,76% do total de investimentos do suinocultor, já em outubro, este fator passou a valer 80,79% da fatia deste setor.
O aumento no custo de produção no Rio Grande do Sul foi o mais alto, 15,30%, estimado em R$ 6,48/kg. Em relação à nutrição dos suínos, o aumento foi de 19,31%, valendo R$ 5,25/kg.
De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, os resultados apresentados pela Embrapa condizem com a realidade nas granjas.
"Além das altas nos preços do milho e do farelo de soja por causa das exportações aquecidas, com certeza a estiagem no Estado que está prejudicando o desenvolvimento da safra de milho e atrasando o plantio da soja contribuíram para esta alta", disse.
Em Santa Catarina, principal Estado produtor de suínos, no comparativo com setembro, o custo de produção na suinocultura aumentou 14,89%, chegando a R$ 6,17/kg do animal. No caso da alimentação dos suínos no Estado, o avanço em setembro foi de 17,73% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 4,98/kg.
No Paraná, a alta no custo de produção da suinocultura foi de 13,15%, atingindo R$ 6,02/kg. No que diz respeito à alimentação dos animais, o avanço no Estado foi de 15,82%, chegando a R$ 4,83/kg.
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