Eleição no Brasil: TSE neutraliza tentativa de ataque virtual, Barroso diz que não há impacto sobre eleição

Publicado em 15/11/2020 16:17

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Roberto Barroso, afirmou que foi neutralizada uma tentativa de ataque virtual aos sistemas do TSE e que isso não afetou a realização das eleições municipais neste domingo.

O ministro lembrou que as urnas de votação não estão conectadas à rede, motivo pelo qual não podem ser violadas, e ressaltou que o tribunal já havia tomado uma série de medidas de segurança, na esteira do ataque hacker ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início do mês.

"Houve uma tentativa de ataque hoje, com grande volume de tentativas de acesso simultâneas", disse o presidente do TSE a jornalistas.

"Foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia, e portanto, também, sem qualquer repercussão sobre o processo de votação", afirmou.

Segundo ele, um dos procedimentos de segurança adotados foi o desligamento de um dos principais servidores, além de um backup das informações mais importantes, retiradas de rede, como garantia para o caso de ataque bem-sucedido.

"As urnas já estavam todas devidamente carregadas e estão todas elas fora de rede, e portanto eventuais ataques cibernéticos não têm o condão de afetar o processo de votação, porque as urnas não funcionam em rede", acrescentou.

O presidente do TSE comentou ainda notícias na imprensa dando conta do vazamento de informações de funcionários do tribunal e disse ter "razões" para afirmar que trata-se de uma invasão antiga.

Ao abordar o andamento do processo eleitoral, o ministro relatou clima normal, baixo número de ocorrências e a inexistência de aglomerações. Também informou que não houve registro de descumprimento da obrigatoriedade de uso de máscaras, medida adotada pela Justiça Eleitoral para evitar a disseminação do coronavírus.

"Sobre a normalidade das eleições, tudo está assustadoramente normal em toda parte do Brasil", garantiu Barroso, segundo quem 1.700 urnas tiveram de ser substituídas sem grandes problemas.

Barroso reconheceu que a pandemia possa ter efeito no nível histórico de abstenções, em torno de 20%, mas manifestou o desejo que as eleições deste domingo mantenham o patamar. Admitiu, no entanto, que não é possível "fechar os olhos" para a realidade.

Depois de votação avassaladora em 2018, Bolsonaro volta ao tamanho normal, diz Maia

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Depois de uma votação expressiva em 2018, quando se elegeu presidente da República, o presidente Jair Bolsonaro está voltando ao tamanho normal, disse neste domingo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Para Maia, por conta da volta ao patamar normal, muitos candidatos que tiveram apoio do presidente nas campanhas para prefeito deste ano tiveram dificuldades para decolar e correm risco de ficar de fora de um segundo turno.

“Havia em 2018 um sentimento que ele acabou representando, mas não necessariamente era a base dele", disse Maia a jornalistas após votar em uma escola na zona oeste do Rio de Janeiro.

"A base dele sempre foi até o momento da facada e até o voto útil, um candidato de 18%, 20%. A avaliação positiva era perto disso com 23%, 24% de ótimo e bom“, acrescentou o deputado.

“Eu acho que agora (Bolsonaro) representa o tamanho do núcleo dele que era muito menor que os 46% de intenção de voto que ele teve, ele está voltando ao tamanho normal e a influência é menor, especialmente nas capitais onde a cobrança é muito maior do que nos municípios do interior", avaliou.

Ao ser questionado se Bolsonaro saíra mais fraco das eleições, Maia disse que é preciso aguardar o resultado final da votação.

Bolsonaro vota no Rio de Janeiro com segurança reforçada, diz a Reuters

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Usando máscara de proteção facial, o presidente Jair Bolsonaro votou neste domingo no Rio de Janeiro em uma seção eleitoral em área militar, cercado por um forte esquema de segurança.

Bolsonaro chegou ao local pouco depois das 10h e foi recepcionado por eleitores que o aguardavam atrás de um corredor de grades montado para evitar uma aproximação maior.

A segurança no local contou com seguranças, militares, cães e até detectores de metal. O presidente conversou rapidamente com eleitores e tirou fotos antes de entrar na seção eleitoral. Ficou poucos minutos e na saída voltou a conversar e tirar fotos com os eleitores.

Bolsonaro deixou o local sem dar entrevistas e seguiu para uma agenda privada. A imprensa não pôde acompanhar de perto o voto do presidente e ficou em uma área reservada e cercada por grades.

A tarde ele volta a Brasília para acompanhar de lá a apuração da votação.

No Rio, Bolsonaro apoia o candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos), que disputa uma vaga para o segundo turno com Benedita da Silva (PT) e Martha Rocha (PDT). O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) lidera com folga as pesquisas de intenção de voto.

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Fonte:
Reuters

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