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Brasil ainda tem reflexo da intensa onda de calor e por isso chuvas não conseguem se regularizar de fato, explica Inmet

Publicado em 13/11/2020 12:10 e atualizado em 13/11/2020 14:04
Francisco de Assis Diniz - Chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet
Francisco de Assis Diniz destaca ainda que problemas com chuvas abaixo do volume deve continuar em toda a região sul do Brasil

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Entrevista com Francisco de Assis Diniz - Chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet sobre a Previsão do Tempo

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Apesar dos modelos indicarem condição de chuvas abrangentes para as principais áreas de produção agrícola, relatos de produtores indicam que os volumes ainda são irregulares e sem a precipitação necessária para garantir o desenvolvimento da safra.

Segundo Francisco de Assis Diniz, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados confirmam os volumes irregulares, sendo registrados os maiores volumes em pontos espelhados pelo Brasil Central e leste do Paraná. No Rio Grande do Sul, a situação ainda é mais complicada, levando em consideração a atuação do La Niña. 

"A gente vê que ainda está muito irregular. Isso tem acontecido ainda com reflexo das onda de calor, atmosfera ficou muito tempo seca e ainda não conseguiu o padrão de chuva de verão, ainda não conseguiu ter aquela faixa bem generalizada do Centro-Sul do Brasil", explica o especialista. 

De acordo com  a atualização do modelo GFS, os próximos sete dias serão de bastante chuva para o Brasil Central e áreas do Matopiba. A atualização trouxe ainda condição de chuvas para Santa Catarina e Paraná, mas volta a chamar atenção pelo baixo volume de chuvas no Rio Grande do Sul. Francisco destaca que apesar dos modelos indicarem chuvas, há risco de chuva irregular, sobretudo em áreas do Mato Grosso. 

O modelo também mostra o retorno das chuvas para áreas do Matopiba, com acumulados que devem ficar entre 50 e 80 mm no período. 

A previsão mostra também condição de chuvas para a região sul do Brasil, com precipitação entre 40 e 50 mm, mas com condições restritas ao Paraná e Santa Catarina. Para o Rio Grande do Sul, os modelos mostram condição de chuvas apenas para o extremo norte do estado.

Para o período entre 21 e 29 de novembro, segundo o NOAA, as chuvas deverão continuar mais expressivas para áreas do Matopiba, com precipitação entre 50 e 90 mm. Em contrapartida, o modelo indica uma diminuição expressiva dos volumes para a região Sudeste do Brasil. No período, a tendência também é de corte nas chuvas no Mato Grosso do Sul, onde as precipitações não devem ultrapassar os 13 mm. 

 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • wenderson lambert pouso alegre - MG

    Em varias entrevistas e palestras recentes entre os meses de setembro e outubro agora de 2020, o professor e Doutor em Climatologia Luiz Carlos Molion ja havia alertado para estas consequências da forte onda de calor que estava atingindo o pais. Em sua analises, feitas por similaridade, ja apontava estas características que estamos observando, e segundo ele mesmo frisou, é a partir de 20 de novembro em diante que este cenário iria começar a mudar, com uma transição mais evidente para a firmação definitiva da estação chuvosa..., segundo ele mesmo frisou, a natureza não segue um calendário civil como o ser humano quer estabelecer, cada época, cada ano, o comportamento do clima segue suas próprias características, de quando começa e quando cessa o período chuvoso. Ele ainda salientou que as característica que estamos observando da climatologia não tem nada de extraordinario, que nunca ocorreu, pois, a atmosfera é um sistema dinâmico e caótico, que nao segue regras pre-determinadas. A mesma situação ele ja pontuou a respeito dos efeitos la nina e el nino, que quando anunciam um ou outro evento, é aquele rool de noticias sensacionalistas explorando o assunto, mas que antes de tudo sao tendencias, que não explicam, que podem ou nao acontecer, pois, um novo evento de anos nao repete as condições do anterior, mas a midia, infelizmente omite estas informações, e parte para o sensacionalismo.

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