Milho sobe no Brasil nesta 4ªfeira, mas pode ter atingido o teto na B3

Publicado em 11/11/2020 17:10
Chicago recua após grande alta de ontem

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A quarta-feira (11) chega ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Amambaí/MS (1,33% e preço de R$ 74,00), Oeste da Bahia (1,53% e preço de R$ 74,00) e Campo Grande/MS (2,70% e preço de R$ 72,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Cafelândia/PR (0,74% e preço de R$ 68,00), Campinas/SP (1,22% e preço de R$ 83,00), Panambi/RS, Não-Me-Toque/RS, Cândido Mota/SP, Jataí/GO e Rio Verde/, Pato Branco/PR (1,46% e preço de R$ 69,70), Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS (1,53% e preço de R$ 66,30) e Rio do Sul/SC (6,85% e preço de R$ 78,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a disponibilidade de milho no mercado físico em São Paulo tem crescido nos últimos dias. Com isto, o comprador está recuado, sem interesse em negociar grandes volumes neste momento”.

No estado de Goiás, o Ifag (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás) divulgou seu Boletim Semanal de Mercado do Milho apontando que os preços do milho no estado tiveram mais uma semana de valorização.

O preço médio do milho no estado subiu 0,47% na última semana e fechou a sexta-feira (06) com valor de R$ 69,79. Nas principais regiões produtoras, as cotações também subiram, aumento de 1% Rio Verde, com preço de R$ 71,00 e 0,50% em Cristalina com preço de R$ 71,00.

Já no Mato Grosso do Sul, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da comercialização da safra de milho 2019/20 no estado.

O preço da saca do milho, em MS, valorizou 6,15% entre 03 a 06 de Novembro de 2020. O cereal encerrou o período negociado a R$ 73,50. Quanto ao preço médio do mês de novembro cotado a R$ 72,19, no comparativo com novembro do ano passado, houve avanço nominal de 118,95%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 32,97/sc.

Além disso, de acordo com o levantamento, até o momento os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 70%  das 10,618 milhões de toneladas produzidas nos 1895 milhão de hectares cultivados.

Leia Mais:

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B3

Os preços futuros do milho começaram as movimentações desta quarta-feira com leves altas na Bolsa Brasileira (B3), mas perderam força ao longo do dia e encerraram com os contratos em campo misto. As principais cotações registravam flutuação entre 0,54% negativo e 0,22% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,91 com queda de 0,54%, o janeiro/21 valia R$ 82,01 com perda de 0,53%, o março/21 era negociado por R$ 81,84 com baixa de 0,01% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,30 com elevação de 0,22%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 já chegou no topo da montanha e não tem mais muito fôlego para altas. “Nós vimos nas semanas anteriores que chegou a andar em R$ 85,00 e agora está ao redor dos R$ 80,00, justamente por está estrangulando os limites da indústria”, explica.

Outro ponto que chama a atenção é a exportação de milho. Para Brandalizze, os grandes do setor da ração estão de olhos nos embarques, que estão bem abaixo da expectativa  inicias com 26,5 milhões de toneladas contra a projeção de 34/35 milhões. “É provável que não atinja essa meta e ai sobre mais milho em janeiro, antes de começar a entrar as lavouras da safra de verão que, mesmo com problemas, vai colher de 20 à 23 milhões de toneladas todas disponíveis ao mercado interno”, diz o analista.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também operou a primeira parte da quarta-feira com leves altas, mas encerrou as atividades contabilizando prejuízos para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 2,75 e 5,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,17 com desvalorização de 5,75 pontos, o março/21 valeu US$ 4,27 com perda de 4,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,31 com queda de 3,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,32 com baixa de 2,75 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,42% para o dezembro/20, de 0,93% para o março/21, de 0,69% para o maio/21 e de 0,69% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, nesta quarta-feira, os mercados agrícolas do CME Group reduziram a euforia do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da última terça-feira. 

“Os relatórios do USDA, terça-feira, são realistas, mas podem estar subestimando a demanda de exportação. Os estoques finais projetados podem cair em relatórios futuros, à medida que as exportações maiores forem contabilizadas”, disse Al Kluis da Kluis Advisors aos clientes em uma nota diária.    

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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