Perdas com a proibição do Paraquat pode chegar a 5 sacas/ha na soja na hora da entrega do grão
A proibição do uso do herbicida Paraquate nas lavouras brasileiras vem promovendo não só um expressivo aumento nos custos de produção, como perdas que podem ser bastante severas na hora da entrega do grão. Segundo relata Guilherme Lamb, produtor rural de Maracai, em São Paulo, as perdas podem variar de 2 a 5 sacas por hectare, com descontos por níveis de umidade e impureza e considerando a saca a R$ 120,00.
Afinal, o paraquate exercia ainda uma função de uniformizar a lavoura antes da colheita. E em regiões como de Maracai, que tem baixa altitude e altas temperaturas, há um desequilíbrio fisiológico e a soja nunca tem uma maturação uniforme, preciso de auxílio químico e sem isso, tenho uma perda", explica o produtor.
Ele explica ainda que o atual substituto ao produto, o diquat, teve seu preço mais do que dobrado, passando de R$ 18,00, em julho, para R$ 40,00 agora. Além de caro, os estoques são baixos, antigos, e de acordo com o principal distribuidor na região do sojicultor, novos lotes não deverão chegar até o final do ano.
"O que me espanta é que quem está vendendo a algo entre R$ 38,00 e R$ 40,00 é quem tem estoque. Estou preocupado com a virada do ano, a que preço chega esse produto", alerta Lamb.
E o produtor já adianta que esse aumento dos custos, que não tem muitas alternativas para serem mitigados, deverá chegar aos consumidores finais.
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