À espera do resultado das eleições nos EUA, mercado financeiro tem 5ª feira positiva
Com o processo de apuração da eleição presidencial americana ainda em andamento e com alguns estados decisivos por trazerem o seu resultado, a quinta-feira (5) parece ser mais um dia positivo para os mercados financeiros em todo mundo. Os principais índices acionários sobem mais de 1%, liderados pelo S&P, com ganhos de mais de 2%.
Do mesmo modo, sobem também as commodities, com destaque para as altas entre as agrícolas, com avanços de mais de 1% para a soja e para o milho negociados na Bolsa de Chicago. O ouro também sobe mais de 1% e, na contramão, apenas o petróleo, que cede quase 1% depois de altas fortes e consecutivas dos últimos dias.
Segundo especialistas internacionais, a imprevisibilidade do resultado da corrida pela Casa Branca intensifica a volatilidade dos negócios nesta semana e é assim que o caminho deverá seguir até que o resultado oficial seja divulgado. Mais do que isso, colocam na conta ainda as expectativas sobre as medidas que serão tomadas pela equipe de Donald Trump para judicializar a eleição e questioná-la na Suprema Corte americana.
Também evitando uma maior exposição, o Federal Reserve, o banco central norte-americano, já sinaliza que deverá evitar mudanças nestes próximos dias em sua reunião semanal. Às 16h (Brasília), o Fed traz, como tradicionalmente acontece, seu reporte com projeções para a economia dos EUA e a taxa de juros.
"É o momento errado de estar sob os olhos públicos. Eles principalmente não querem ser uma fonte de qualquer incerteza adicional nesse momento", explica à Reuters William English, ex-chefe da divisão de assuntos monetários do Fed e agora professor da Yale School of Management.
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O chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, faz uma coletiva meia hora depois da divulgação do boletim semanal, o que também gera expectativas no mercado.
"Enquanto o mundo financeiro está focado nas incertezas em relação a eleição presidencial dos EUA, as commodities agricolas dão sequência à corrida altista", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp.
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