Milho sobe no Brasil nesta 4ªfeira com mais compradores do que vendedores

Publicado em 04/11/2020 17:13 e atualizado em 05/11/2020 09:19
Chicago se valoriza enquanto mercado aguarda resultado eleitoral

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A quarta-feira (04) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças pesquisadas.

Já as valorizações apareceram em Campinas/SP (1,20% e preço de R$ 84,00), Não-Me-Toque/RS (1,33% e preço de R$ 76,00), Panambi/RS (1,36% e preço de R$ 76,02), Brasília/DF (1,54% e preço de R$ 66,00), Palma Sola/SC e Maracaju/MS (2,78% e preço de RS 74,00), Campo Grande/MS (2,86% e preço de R$ 72,00), Campo Novo do Parecis/MT (6,25% e preço de R$ 68,00) e Tangará da Serra/MT (7,69% e preço de R$ 70,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o comprador recuado no mercado físico tem dado o tom de baixa das cotações do milho. “Além disto, o dólar tem perdido força, o que reduz a sustentação dos preços nos portos”.

Segundo levantamento da consultoria StoneX, o Brasil deve produzir mais de 111 milhões de toneladas de milho na safra 2020/21. Somente na segunda safra, a produção projetada é de 82,34 milhões de toneladas, um aumento de 10,75% do que foi contabilizado na safra 2019/20.

A analista de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi, destaca que este aumento se dá, primeiramente, pela perspectiva de semear 1,13 milhão de hectares a mais na próxima safrinha, e por ainda não serem contabilizadas possibilidades de perdas na produtividade advindas de uma redução na janela de plantio.

Leia Mais:

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B3

Os preços futuro do milho também subiram nesta quarta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,83% e 1,42% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 82,27 com elevação de 0,83%, o janeiro/21 valia R$ 83,25 com alta de 0,97%, o março/21 era negociado por R$ 82,35 com ganho de 1,17% e o maio/21 tinha valor de R$ 75,20 com valorização de 1,42%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa valorização na B3 está atrelada as últimas compras do ano pelo setor de rações que, até o dia 20 de novembro, irá comprar tudo o que precisa para virar o ano e operar em janeiro.

“Nessa semana está tendo mais compradores do que venderes e a B3 aproveitou para trazer uma correção positiva porque tem muita pressão de compra e pouco vendedor nessa semana”, explica Brandalizze.

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Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força ao longo do dia e encerrou a quarta-feira com os preços internacionais do milho futuro em alta. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 4,25 e 5,25 pontos.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,05 com elevação de 4,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,11 com valorização de 5,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,14 com ganho de 5,00 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,15 com alta de 5,00 pontos.

Esses índices representaram elevções, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1% para o dezembro/20, de 1,23% para o março/21, de 1,22% para o maio/21 e de 1,22% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, os futuros do milho foram um maiores nas expectativas de uma vitória presidencial de Biden, que poderia criar um novo governo e estimular gastos. 

“Os gastos ajudariam a sustentar um mercado de milho que poderia perder mais demanda por etanol devido ao Coronavírus. O vírus poderia causar bloqueios novamente e manter as pessoas fora das estradas, causando menos demanda por etanol”, pontua o analista de mercado Jack Scoville.    

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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