Indicação ao STF estressou os bolsonaristas, mas Jair não está nem aí... preferiu jogar água no povo de S. José do Egito
Base de apoio de Bolsonaro está indignada com escolha de Kassio Nunes para o STF (por Renato Dias, do Ranking dos Políticos)
E mais:
Vlamir Brandalizze: China comprando no meio do feriadão mostra a força da soja;
Sérgio Braga: Boi gordo tem negócios acima de R$260@ em SP;
Frederico Olivi: Katrina Destroyer é a prova de que podemos fazer uma agricultura diferente, sustentável, diz Indutar;
Vlamir Brandalizze: Trigo sofre com clima no hemisfério norte;
(outras mídias)
Bolsonaristas criticam escolha ao STF e #BolsonaroPetista lidera TT
O anúncio oficial feito por Jair Bolsonaro de sua escolha pelo desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) moveu as bases bolsonaristas no Twitter na manhã desta sexta-feira (02). O movimento Vem Pra Rua, que apoiou Bolsonaro nas eleições em 2018, impulsionou a hashtag #BolsonaroPetista por meio de um vídeo que lamenta a escolha e acusa o mandatário de tomar decisões que lembram os governos do PT. Horas depois da divulgação desse conteúdo, a hashtag alcançou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.
A movimentação contra a escolha por Marques, magistrado indicado por Dilma Rousseff ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), também partiu de políticos da base de apoio do governo. O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), que se descreve como "aliado de Bolsonaro" em seu perfil no Twitter, disse que o governo perdeu uma "oportunidade histórica de ter um representante da direita conservadora no STF". Já o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) afirmou que há "poucas chances de criar pilares importantes de mudança e arriscamos apostar em dúvidas".
Na mesma linha, também se manifestaram contrários à decisão o líder Paulo Ganime (NOVO-RJ) e vice-líder Marcel van Hattem (NOVO-RS), do partido Novo, na Câmara. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado à igreja evangélica Assembleia de Deus, disse que o presidente desperdiçou metade de suas decisões voltadas ao Judiciário em seu mandato. Em 2021, Bolsonaro terá nova vaga aberta no STF para indicar um novo ministro após a saída de Marco Aurélio Mello.
A frustração do deputado Sóstenes é reverberada por praticamente todas as lideranças evangélicas, que apoiam Bolsonaro. Em 2019, o presidente havia prometido nomear alguém "terrivelmente evangélico" à Suprema Corte, o que não foi concretizado, ao menos nesta primeira indicação de Bolsonaro. Antes mesmo da confirmação de Kassio Marques para a vaga, o líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, iniciou uma campanha contra a indicação em suas redes sociais.
Ontem, o pastor publicou um vídeo afirmando ser "aliado de Bolsonaro, mas não alienado", e criticou Marques por suas supostas ligações com o Centrão e o governo da petista Dilma Rousseff. Hoje, Malafaia seguiu atacando a escolha de Bolsonaro. "O PT, toda esquerda, o Centrão, os corruptos e todos os que são contra a Lava Jato agradecem a nomeação de Bolsonaro para o STF", publicou o pastor.
Bolsonaro respondeu às críticas de Malafaia na manhã de hoje, em conversa com apoiadores. "Lamento muito que uma autoridade lá do Rio de Janeiro, que eu prezava muito, está me criticando muito, com videozinho me xingando de tudo o que é coisa. Essa infâmia em especial que essa autoridade lá do Rio de Janeiro está fazendo contra o Kassio é uma covardia. Até porque ele está fazendo isso porque queria que eu colocasse um indicado por ele" Malafaia, por sua vez, rebateu alegando que líderes religiosos e a Frente Parlamentar Evangélica da Câmara "jamais pediram alguma nomeação para o STF".
Com a enxurrada de críticas vindas de diferentes setores da base de apoio do governo, aliados mais fiéis a Bolsonaro trataram de defender a nomeação de Kassio Marques. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse confiar na escolha do presidente, enquanto o parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ) apoia a decisão, apesar de "não ser simpático ao nome do desembargador".
Na manhã de hoje, Bolsonaro defendeu Marques e disse que qualquer "indicado iria apanhar". O presidente disse também, sem citar nomes, que está "chateado" com a perda de apoio de aliados que não gostaram da indicação. "Estou chateado sim com o pessoal que me apoia virando as costas." Bolsonaro já havia respondido a apoiadores que criticaram a nomeação de Marques, em live na noite de ontem (1). "Preferiam o Moro?", questionou o presidente.
Bolsonaro sobre reeleição: nem sei se vou ser candidato em 2022
Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira, 2, o presidente Jair Bolsonaro disse não saber se será candidato à reeleição em 2022. Em tom irônico, o chefe do Executivo disse que quem critica seu governo terá "excelentes opções" de voto nas próximas disputas eleitorais e citou os ex-presidenciáveis Fernando Haddad, Ciro Gomes e Marina Silva.
Apesar da fala, Bolsonaro afirmou em seguida que "tem muita gente boa no Brasil". "Tem muita gente melhor do que eu por aí", comentou. No início da semana, o presidente rebateu críticas de que estaria usando o programa Renda Cidadã, ainda em estudo, para garantir sua reeleição.
"Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022", disse na segunda-feira, 28. O chefe do Executivo ressaltou na ocasião que durante toda sua carreira política nunca se preocupou com reeleição.
Bolsonaro diz que desentendimento entre Maia e Guedes é 'natural'
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 2, que o desentendimento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, é algo "natural". "Eu não tenho problema com Rodrigo Maia e nem com Paulo Guedes. O que temos, às vezes, é desentendimento, que é natural. Quer uma coisa e Rodrigo não quer, Paulo Guedes quer uma coisa e eu não quero. Isso é natural", acrescentou Bolsonaro.
Questionado por um apoiador sobre a relação do deputado e do ministro, Bolsonaro desconversou e disse para a pergunta ser feita diretamente aos envolvidos. "Pergunta para o Paulo Guedes. Pergunta para o Rodrigo Maia. Gostou da resposta?", disse.
Nesta semana, Guedes acusou Maia de ter feito um acordo com a esquerda para travar propostas de privatizações do governo. O presidente da Câmara rebateu dizendo que o ministro estava "desequilibrado".
Trump exibe sintomas leves de Covid-19, exame positivo abala Casa Branca e corrida eleitoral
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está exibindo sintomas leves desde que foi diagnosticado com coronavírus, mas continuará trabalhando, disseram autoridades de governo nesta sexta-feira, e a Casa Branca e a campanha presidencial se apressaram para se ajustar ao acontecimento bombástico.
Trump, que minimizou a ameaça da pandemia de coronavírus desde seu início, disse que ele e sua esposa, Melania, entrariam em quarentena depois de receberem exames positivos do vírus, que já matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos e provocou grandes danos na economia dos EUA.
Trump não está incapacitado e trabalha isolado para evitar infectar outros, disseram autoridades. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disseram que o presidente de 74 anos está exibindo sintomas leves, sem dar maiores detalhes de seu estado.
"Temos um presidente que não somente está no trabalho, mas que continuará no trabalho, e tenho esperança de que ele terá uma recuperação muito rápida e veloz", disse Meadows aos repórteres.
Usuário ativo do Twitter, Trump não publicou nenhuma mensagem desde que anunciou seu exame positivo no início da manhã desta sexta-feira.
As ações em Wall Street caíram quase 1% com a notícia de uma das maiores ameaças à saúde de um presidente norte-americanos em décadas.
A doença transtornou sua campanha pela reeleição a meros 31 dias da eleição de 3 de novembro. Pesquisas mostram Trump atrás de seu oponente democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden.
Conselheiros de Trump admitiram que ele terá que descartar seus planos para as últimas semanas de campanha. Ele realizou comícios presenciais com apoiadores que em sua maioria não quiseram usar máscaras e zombou de Biden por evitar tais eventos.
"Trump é um presidente de muita energia como uma personalidade enorme. Sem sua persona, a campanha fica sem energia", disse o arrecadador republicano Dan Eberhart.
Biden e sua esposa, Jill Biden, tiveram exames negativos nesta sexta-feira, informou sua campanha.
O exame positivo de Trump também significa que membros do alto escalão do governo dos EUA foram expostos e podem ter que entrar em quarentena também. Mnuchin, o secretário de Justiça, William Barr, o genro de Trump, Jared Kushner, e o secretário de Comércio, Wilbur Ross, estão entre os que tiveram exames negativos.
Vendas de veículos novos sobem 13,3% em setembro ante agosto, afirma Fenabrave
No maior resultado mensal do ano, as vendas de veículos novos no País - entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus - somaram 207,7 mil unidades no mês passado, com alta de 13,3% na comparação com agosto. Desde fevereiro, quando tinham sido comercializados 201 mil veículos, até então o maior volume do ano, o mercado não passava das 200 mil unidades. Os dados foram apresentados pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias do País.
O resultado mostra uma continuidade da recuperação do mercado após o choque da pandemia, mas ainda em ritmo inferior ao padrão de antes da crise. Em relação a setembro do ano passado, as vendas caíram 11,5%, conforme informou hoje a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis.
No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de veículos, num total de 1,37 milhão de unidades, mostraram queda de 32,3% frente o volume dos nove primeiros meses de 2019.
"A cada mês que passa, conseguimos observar que o mercado vem retomando os volumes e se readequando ao que se convencionou chamar de novo normal. Tanto que, apesar de ter o mesmo número de dias úteis de agosto (21), o volume de setembro foi mais elevado", diz Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, ao comentar o balanço do mês passado.
Desagregando o resultado por segmento, as vendas de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, tiveram no mês passado alta de 14,6% em relação a agosto e queda de 10,9% no comparativo anual.
No total, 198,8 mil carros foram licenciados em setembro, quando a Fiat liderou o mercado, com 19,7% das vendas totais, seguida por Volkswagen (17,1%), General Motors (16%) e Hyundai (8,4%). No acumulado do ano, as vendas de carros registram queda de 32,9%.
Já as vendas de caminhões caíram 8,3% frente a agosto e 20,3% na comparação com setembro de 2019, somando 7,4 mil unidades. O resultado leva as vendas de caminhões acumuladas desde janeiro para 62,6 mil, com queda de 16,2%.
Por fim, 1,5 mil ônibus foram emplacados no mês passado, o que representa uma queda de 13,6% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2019, as vendas de coletivos recuaram 33,9%. Desde janeiro, 13,1 mil ônibus foram vendidos no Brasil, 34% a menos do que nos nove primeiros meses de 2019.
Motos
As vendas de motos novas mostraram no mês passado crescimento de 3,8% frente a agosto, segundo levantamento apresentado pela Fenabrave. Em relação a setembro de 2019, houve alta de 13,55% nas vendas de motos, que totalizaram 99,6 mil unidades no mês passado. O segmento tem sido impulsionado pelo boom dos serviços de delivery na pandemia.
"O segmento de motocicletas está realmente aquecido, tanto pela procura de um transporte individual, como pela consolidação como veículo de trabalho. Por outro lado, a produção segue prejudicada pela falta de componentes, fazendo com que o prazo médio para entrega do veículo seja de, aproximadamente, 40 dias", afirma Alarico Assumpção Júnior, acrescentando que os bancos estão aprovando 4,2 a cada dez pedidos de financiamento de moto.
Em setembro, a Honda, líder hegemônica deste mercado, respondeu por 78,3% das vendas totais. Na vice-liderança, a Yamaha teve 14,6%.
O resultado positivo não reverte, porém, o declínio do mercado de motos no ano. De janeiro a setembro, 631,1 mil motocicletas foram vendidas no Brasil, 20,8% a menos do que nos nove primeiros meses do ano passado.
Produção industrial avança em 16 das 26 atividades em agosto ante julho, diz IBGE
O avanço de 3,2% na produção industrial em agosto ante julho foi resultado de altas em 16 dos 26 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as atividades, a influência mais relevante foi a de veículos automotores, com avanço de 19,2%, devido à continuidade do movimento de retorno à produção após a interrupção decorrente da pandemia da covid-19. O setor acumulou uma expansão de 901,6% em quatro meses consecutivos de crescimento, mas ainda opera 22,4% abaixo do patamar de fevereiro.
Outras contribuições positivas relevantes para a indústria em agosto foram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%), indústrias extrativas (2,6%), produtos de borracha e de material plástico (5,8%), couro, artigos para viagem e calçados (14,9%), produtos de minerais não-metálicos (4,9%), produtos alimentícios (1,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), metalurgia (3,2%), produtos têxteis (9,1%) e produtos de metal (3,1%).
Na direção oposta, dos dez ramos com retração, as perdas mais relevantes ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-9,7%), outros produtos químicos (-1,8%) e bebidas (-2,5%).
Revisões
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o resultado da produção industrial em julho ante junho, de 8,0% para 8,3%. A taxa de bens de capital de julho ante junho foi revista de 15,0% para 16,0%.
O resultado de bens intermediários em julho ante junho passou de 8,4% para 10,4%, enquanto a taxa de junho ante maio saiu de 6,0% para 5,2%.
A taxa de bens de consumo duráveis de julho ante junho passou de 42,0% para 37,0%. O resultado de junho ante maio saiu de 81,5% para 84,3%. A taxa de maio ante abril passou de 110,9% para 108,6%.
Nos bens de consumo semi e não duráveis, a taxa de julho ante junho saiu de 4,7% para 5,2%, e o resultado de junho ante maio saiu de 8,2% para 8,1%.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física.
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