Cotações na suinocultura independente têm estabilidade ou leves altas, com mercado firme

Publicado em 01/10/2020 16:13
Segundo lideranças, a demanda interna e externa continua forte, mas os preços no mercado interno podem estar perto de um limite aceito pelo consumidor

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Na semana da virada de setembro para outubro, os preços do suíno no mercado independente registraram estabilidade ou leves altas nas principais regiões comercializadoras. Conforme informações de lideranças do setor, a procura pelo animal vivo ainda é grande, mas o preço no varejo pode estar muito próximo a um teto.

De acordo com informações do presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, após quatro semanas consecutivas de estabilidade em São Paulo, na negociação da Bolsa de Suínos desta quinta-feira (1) o preço subiu de R$ 8/kg para R$ 8,16/kg vivo.

"Na verdade, esse aumento simplesmente equipara a relação de troca do preço do suíno e o preço da saca de milho. Na semana passada, cada arroba suína comprava 2,4 sacas de 60kg de milho, e com o reajuste desta semana, a relação permanece a mesma, porque o milho também subiu". 

Ferreira também relata que o reajuste também equilibra a relação de compra com o farelo de soja, que a demanda por animais vivos é grande, e que o aumento no preço da arroba bovina deve puxar ainda o preço do suíno.

Santa Catarina, que também negocia os animais no mercaod independente às quintas-feiras, teve reajuste de R$ 0,03, chegando a R$ 7,97/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que essa movimentação sinaliza a proximidade com um teto aceitável pelo mercado.

"Apesar disso, precisamos avaliar que em outubro começa as compras para a formação de estoque de carne suína para as festividades de fim de ano. Geralmente, essas aquisições são feitas a partir da segunda quinzena, mas por causa das exportações aquecidas, acredito que essa movimentação seja antecipada. Isso pode trazer mais algum reajuste", disse. 

Nesta quinta-feira, a Bolsa de Suínos da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) mantece estável pela quinta semana consecutiva o preço do suíno vivo em R$ 8,20 o quilo. 

Segundo informações do consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles,  as idades dos animais nas granjas ainda continuam no padrão de fim de ano. Isso mostra que há espaço nas granjas e portanto, não há pressão de vendas.

O preço do suíno vivo também ficou estável (R$ 6,60/kg) no Mato Grosso, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. 

"Isso mostra uma tendência de continuidade na estabilidade nos preços, mas com a valorização na arroba bovina nos últimos dias, um novo reajuste para o suíno não é descartado". 

Um leve aumento também foi registrado para o suíno no mercado independente gaúcho, passando de R$7,35/kg R$ 7,38/kg vivo. De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, esta ligeira alta foi dentro das expectativas.

"É a realidade do mercado gaúcho, no qual os pequenos e médios frigoríficos atendem apenas o mercado doméstico e estão com dificuldades em repassar preços mais altos. Mas ainda esperamos alguns reajustes, mas a conta-gotas".

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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