Chuvas não avançam para o Paraná e mercado fica estressado; soja bate recorde histórico no RS (Tempo&Dinheiro)
Kátia Abreu recebe Alcolumbre, Renan e Gilmar para preparar o golpe da reeleição no Senado. (por Renato Dias)...
E mais:
Alessandra Mello: Inflação e cenário internacional fazem dólar ultrapassar marca de R$ 5,50;
Vlamir Brandalizze: Soja bate recorde histórico no Brasil;
Sérgio Braga: Boi a R$ 250@ tem mercado parado e até férias coletivas em frigoríficos;
Vlamir Brandalizze: Milho tem forte demanda do setor de ração;
Frederico Olivi: Palha rolada com o Katrina é mais homogenea e impede o surgimento de buva e amargoso, diz Dirceu Brock.
China inicia colheita de safra de grãos comprometida e mercado já reflete maior necessidade de importações
Nesta quarta-feira (23), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma venda de 258 mil toneladas de soja. Foram 132 mil toneladas para a China e 126 mil para destinos não revelados. O volume é todo da safra 2020/21.
Números apurados pela Agrinvest Commodities mostram que, nos últimos dois meses, há um total de vendas dos EUA para a nação asiática de 11,22 milhões de toneladas de soja e 10,25 milhões de toneladas de milho. Os dados, mais uma vez, reforçam a necessidade dos chineses de recomposição de estoques, garantia da segurança alimentar e tentativa de cumprir as metas da fase um do acordo comercial firmado entre Washington e Pequim.
Apesar de novas frentes, chuvas regulares no Paraná podem acontecer só na 2ª quinzena de outubro
Produtor precisa estar atento ao La Niña, que pode cortar chuvas entre novembro e janeiro
Apesar do fim do vazio sanitário em 10 de setembro, o produtor da maioria das áreas sojicultoras do Paraná ainda não iniciou o plantio da safra 20/21, consequência da estiagem que atinge sobretudo a região norte do estado. Os modelos mais atualizados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não indicam chuvas expressivas para o Paraná até pelo menos o dia 30 de setembro. A tendência é que as chuvas fiquem mais frequentes na segunda quinzena de outubro, segundo o Inmet.
Segundo Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, para os próximos dias, uma nova frente fria deve levar chuvas expressivas para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas ainda sem indicação de volumes para o Paraná. "Nós até podemos ter algumas chuvas pontuais no Paraná, mas ainda não se trata do retorno efetivo das chuva, com destaque para o norte do estado", afirma a meteorologista.
'Vamos fazer programa de substituição tributária', diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 23, que o governo estuda um "programa de substituição tributária". Sem citar o retorno de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro disse que para gerar emprego é necessário desonerar a folha e, por isso, seria preciso considerar "tributos alternativos".
"As prioridades são emprego e renda. A retomada do crescimento dentro do nosso programa de responsabilidade fiscal", disse. "Queremos desonerar, queremos ajudar a criar emprego, facilitar a criação de empregos? Então, vamos fazer um programa de substituição tributária", disse em entrevista no Palácio do Planalto.
"Descobrimos 38 milhões de brasileiros que eram os invisíveis, temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho. Então, temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos, para desonerar a folha e ajudar a criar emprego", afirmou.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou ainda que não haverá aumento de carga tributária na proposta de reforma que o governo construirá. "Estamos buscando dentro do orçamento recursos para poder avançar nos programas. E, se houver a necessidade, faremos uma substituição de tributação, mas não haverá aumento de carga tributária", disse.
Nesta quarta-feira, Guedes e Barros anunciaram em coletiva não programada que os líderes no Congresso receberam o aval do presidente Jair Bolsonaro para construir uma proposta de reforma tributária. O texto deverá ser discutido com o relator da comissão mista da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O texto do pacto federativo, relatado pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), também é construído com participação do governo e deve trazer a inclusão de um programa de renda mínima. "Estes textos (pacto federativo e reforma tributária) serão submetidos aos líderes da Câmara e do Senado", disse. A ideia, segundo o deputado, é fazer isso na próxima semana.
Teto de gastos
O líder do governo na Câmara Ricardo Barros assegurou que o governo mantém o compromisso com o teto de gastos. "Reafirmamos o nosso compromisso com o teto de gastos e o rigor fiscal. Nenhuma proposta que será encaminhada vai tratar dessa questão (romper o teto)", declarou.
Segundo o deputado, o governo estuda alternativas dentro do orçamento para bancar propostas do governo. "Se houver a necessidade, faremos uma substituição de tributação, mas não haverá aumento de carga tributária", disse.
O líder destacou ainda que uma proposta de programa de renda mínima será incluída no relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo. O texto é relatado pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Na fala realizada no Palácio do Planalto, Barros e Paulo Guedes não mencionaram a possibilidade de criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF. A coletiva foi encerrada quando repórteres questionaram sobre o assunto. Barros se limitou a dizer que: "não há nesse momento nenhuma afirmativa que nós podemos fazer de que isto ou aquilo estará dentro do texto que será apresentado".
Mais cedo, o presidente da comissão mista que estuda a reforma tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), esteve no Planalto e afirmou que um imposto sobre transações digitais não estava em discussão no Congresso e poderia "contaminar" a aprovação da reforma tributária. Questionado sobre a fala do senador, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, disse que "cada um tem sua opinião".
'Nova CPFM' não está em discussão no Congresso, diz Roberto Rocha
O presidente da comissão mista da reforma tributária, Roberto Rocha (PSDB-MA), negou que uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) esteja em discussão no Congresso. Segundo ele, o assunto é "delicado" e pode afetar a aprovação da reforma. O senador sinalizou que, apesar de ser debatido no governo, um imposto nos moldes da antiga CPMF não deve chegar ao Congresso "neste momento".
"É muito delicado esse assunto. Pode de algum modo contaminar a reforma (tributária), porque não há ambiente político para discutir isso", disse para jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o senador, que é líder da maioria no Congresso, tem reunião com presidente Jair Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.
Um imposto sobre transações digitais é discutido pelo Planalto e articulado pelos líderes do governo entre os parlamentares. A recriação do tributo seria uma tentativa de manter o veto à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores por um prazo de mais ano. Com a aprovação do novo tributo temporário, o governo poderia começar a redução dos encargos que as empresas pagam sobre os salários dos funcionários.
"Na realidade, não é criar um imposto que o governo quer. O que o governo quer é desonerar a folha", ponderou Rocha. "A maneira que encontra para desonerar a folha é criando esta movimentação financeira. Ou faz assim ou aumenta no IVA (Imposto sobre o Valor Agregado), aumentando a carga tributária. Mas esse é um assunto delicado, que não me parece oportuno discutir agora nesse momento", declarou.
Rocha avaliou que o melhor seria votar a reforma tributária que já está em tramitação no Congresso. Ele afirmou que a comissão deve cumprir o calendário previsto, com a leitura do relatório, do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na semana que vem.
"Temos um calendário e nós vamos cumprir o calendário (da reforma tributária). Deve ser lido o relatório na próxima semana É dado vista coletiva e, na sequência, vota no dia 7 de outubro na comissão mista", informou.
Atividade na indústria da construção volta a crescer em agosto, diz CNI
Após deixar para trás o pior momento da crise decorrente da pandemia de covid-19, a atividade na indústria da construção civil voltou a crescer em agosto, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores acima de 50 pontos significam crescimento em relação ao mês anterior, o indicador de evolução da atividade no setor registrou 51,4 pontos em agosto.
O resultado representa um aumento de 3,3 pontos em relação à posição do indicador em julho deste ano. Além disso, o índice de atividade chegou ao maior patamar desde junho de 2011. Já a componente que mede a evolução do emprego na construção civil melhorou 2,7 pontos e chegou aos 49,5 pontos no mês passado, bem próximo da linha divisória dos 50 pontos.
A indústria da construção segue registrando desempenho cada vez mais favorável após a forte redução da atividade em abril. "Os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados continuaram em trajetória de recuperação", avaliou a CNI, no documento Sondagem Indústria da Construção.
A entidade destaca ainda que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) na construção civil retornou em agosto ao nível pré-crise. Com um aumento de 2 pontos porcentuais no mês passado, a UCO alcançou 60%. O desempenho é igual ao de agosto de 2018, e superior ao do mesmo mês do ano passado.
Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) apresentou melhora pelo quinto mês consecutivo, com alta de 2,7 pontos em agosto, chegando a 56,7 pontos numa escala na qual valores acima de 50 pontos indicando otimismo por parte dos executivos. Desde abril, apesar da pandemia, o indicador acumula uma elevação de 21,9 pontos.
Entre os componentes do ICEI - Construção, o índice de condições atuais chegou a 46,1 pontos, enquanto o índice de expectativas foi alcançou 62,0 pontos.
"Os empresários da indústria da construção mostram confiança cada vez maior e expectativas mais positivas para os próximos seis meses. A intenção de investimento também seguiu tendência de alta", apontou a CNI. "A intenção de investimento alcançou 44,4 pontos em agosto, após aumento de 4,9 pontos. É a quarta alta consecutiva do indicador, que agora se situa no mesmo nível registrado para fevereiro, pré-pandemia", completou o documento.
Investimento direto no país (IDP) soma US$ 1,430 bilhões em agosto, diz BC
Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,430 bilhão em agosto, informou nesta quarta-feira o Banco Central.
No acumulado do ano até agosto, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 26,957 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 55,0 bilhões. Este valor será atualizado amanhã por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
No acumulado dos 12 meses até agosto deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 54,461 bilhões, o que representa 3,51% do Produto Interno Bruto (PIB).
Remessa de lucros
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 276 milhões em agosto, informou o Banco Central. A saída líquida representa um volume inferior aos US$ 3,339 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado do ano até agosto, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 13,470 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos de 2020 some US$ 13,2 bilhões. Esta projeção, no entanto, será atualizada amanhã por meio do Relatório Trimestral de Inflação.
O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 925 milhões em agosto, ante US$ 1,364 bilhão em igual mês do ano passado. No acumulado do ano até agosto, essas despesas alcançaram US$ 15,079 bilhões.
Viagens internacionais
A conta de viagens internacionais registrou déficit de apenas US$ 123 milhões em agosto. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em agosto de 2019, o déficit nessa conta foi de US$ 842 milhões.
Na prática, com o dólar mais elevado e a restrição de voos em vários países com a pandemia, os gastos líquidos dos brasileiros no exterior despencaram 85,39% em agosto deste ano. Vale lembrar que a pandemia do novo coronavírus ganhou corpo a partir de março, quando se intensificaram as restrições de deslocamento entre países.
O desempenho da conta de viagens internacionais no mês passado foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 270 milhões - queda de 79,37% em relação a agosto de 2019. Já o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 146 milhões no mês passado, o que representa um recuo de 31,20%.
No ano até agosto, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 1,892 bilhão.
Taxa de rolagem
O Banco Central também informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 35% em agosto. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade suficiente para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou bem abaixo do verificado em agosto do ano passado, quando a taxa havia sido de 254%.
De acordo com os números apresentados hoje pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 10% em agosto. Em igual mês de 2019, havia sido de 168%. Já os empréstimos diretos atingiram 38% no mês passado, ante 256% de agosto do ano anterior.
No ano até agosto, a taxa de rolagem total ficou em 80%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 60% e os empréstimos diretos, de 88% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100,0% para 2020.
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 354 milhões em agosto. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 3,486 bilhões. No acumulado do ano até agosto, o saldo ficou negativo em US$ 17,165 bilhões
Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou negativo em US$ 57 milhões em agosto. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido positivo em US$ 23 milhões. No acumulado do ano até agosto, os aportes nos fundos somam US$ 187 milhões.
O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 2,045 bilhões em agosto No mesmo mês do ano passado, havia ficado negativo em US$ 3,130 bilhões. No ano, o saldo em renda fixa ficou negativo em US$ 8,794 bilhões.
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