Especialistas discutem futuro do consumo de carne em simpósio realizado pela Embrapa
Estudos indicam que o mercado de carne celular e alternativas vegetais deve crescer nos próximos 20 anos. O Brasil, assim como a maioria dos países, está na fase inicial desse processo. No entanto, de acordo com a professora Carla Molento, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o país tem potencial para liderar a produção de carne celular, assim como acontece com o mercado da carne. “O Brasil tem algumas vantagens, como sua reconhecida importância no mercado global de carne, organização industrial nesta cadeia mundial, conhecimento de ponta em vários aspectos e riqueza para produção de insumos”, ressalta Carla.
O assunto estará em destaque durante o Simpósio de Produção Animal e Recursos Hídricos (VI SPARH), evento que ocorre em outubro e aborda a temática das relações da água com a produção de proteína animal.
Carla Molento participa do painel “O futuro do consumo de proteína animal”, no qual vai falar sobre carne celular e um estudo, publicado em 2019, sobre as percepções dos consumidores brasileiros em relação à carne produzida a partir de células de animais. No geral, mais de 60% dos entrevistados declararam que consumiriam este tipo de produto.
Para o debate, especialistas do setor alimentício vão discutir carne artificial relacionada à sustentabilidade, mercado, bem-estar animal e saúde - Andrea Mesquita, fundadora da startup Território da Carne e cofundadora do Movimento Carnivorismo Brasil, Gustavo Guadagnini, diretor geral do The Good Food Institute no Brasil, e Luiz Demattê, CEO da empresa alimentícia Korin Agricultura e Meio Ambiente.
Realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste, o SPARH ocorre nos dias 22 e 23 de outubro pelo canal do Youtube da Embrapa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 20 de outubro pelo link https://bit.ly/sparh2020
Além da discussão em torno do futuro do consumo de carne, serão tratados o efeito das mudanças climáticas na disponibilidade de água, o uso da terra no Brasil e sua relação com os recursos hídricos e temas técnicos, como interpretação de análises de qualidade da água, medição do consumo em propriedade rural, custos e receitas ambientais.
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