Hortifruti: Retomada do food service X mercado de H
Desde a primeira sexta-feira de agosto (07), mais cidades do estado de São Paulo têm retomado suas atividades comerciais, já que passaram a integrar a fase 3 (amarela) do plano de flexibilização da quarentena adotada pelo governo estadual. Agora, a abertura parcial de bares e restaurantes está autorizada na maioria das regiões, cenário que pode beneficiar o mercado de hortifrúti (especialmente as hortaliças).
Mesmo com restrições, seguindo-se as recomendações de autoridades sanitárias (como a capacidade em 40%, horário de funcionamento limitado e demais protocolos padrões e setoriais específicos), a retomada do food service é um alento ao setor de HF, que tem o segmento como um importante canal de escoamento (como hortifrútis de menor padrão, por exemplo), já que, no segundo semestre, a oferta de alguns deles, como batata, cenoura e cebola, tradicionalmente se eleva.
Além disso, a maior flexibilidade da mobilidade da população também deve beneficiar a demanda, especialmente das frutas e hortaliças mais perecíveis, cujo escoamento se reduziu durante a quarentena (devido à diminuição das idas às compras). Vale destacar que, além de São Paulo, outros estados brasileiros também têm adotado medidas de flexibilização e de retomada do comércio, com suas devidas regras e restrições.
REFLEXOS ATÉ O MOMENTO – Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, ainda não houve expressiva reação do consumo das hortaliças, como batata, tomate e cebola, nestes primeiros dias de flexibilização. Para a cenoura, por outro lado, atacadistas relatam maior procura apenas nesta semana (17 a 20/08), enquanto para alface, afirmam que a saída segue aquém do esperado.
Para as frutas, a reabertura do food service ainda não deve influenciar significativamente na demanda. Isso porque o escoamento de algumas delas, como maçã e banana, costuma ser maior ao mercado institucional (para a merenda escolar) ou ao setor hoteleiro (como melão e mamão) – cujas retomadas devem ser mais lentas.
Vale lembrar, ainda, que uma parcela da população mantém o distanciamento social e não deve mudar seus hábitos até que a pandemia, de fato, cesse. Assim, as refeições no lar devem continuar fazendo parte da rotina deste grupo de pessoas – o que também interfere no consumo no food service.
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