Demanda por etanol hidratado acumula queda de 17% de janeiro a julho
Dados preliminares publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) apontam que, no acumulado de janeiro a julho de 2020, o consumo de hidratado indica uma retração de 17,1% em relação ao mesmo período de 2019, com um total consumido de 10,47 bilhões de litros.
O consumo de combustíveis pela frota de veículos leves, em gasolina equivalente, por sua vez, atingiu 4,04 bilhões de litros em julho, uma queda de 10,9% quando comparado ao mesmo período de 2019. No acumulado de 2020, o consumo no mercado nacional atingiu 26,77 bilhões de litros, o que representa uma retração de 12,4% na comparação com o mesmo período de 2019.
No mês de julho foram consumidos 2,31 bilhões de litros de etanol. O resultado sinaliza o maior volume mensal demandado desde que as medidas de isolamento social foram adotadas em março. Do total, o consumo de etanol hidratado somou 1,51 bilhão de litros no País, indicando um aumento de 12,9% quando comparado ao volume registrado no mês de junho de 2020.
A melhora na competitividade do bicombustível nos principais centros consumidores frente seu concorrente fóssil nos últimos meses possibilitou a manutenção de uma elevada participação na matriz de combustíveis do ciclo Otto. No acumulado do ano, o índice, que mensura o volume de etanol hidratado e anidro consumido pela frota de veículos de passeio e carga leve, indica 47,0%.
“A elevada participação do etanol na matriz se faz ainda mais relevante neste momento em que temos um ar mais seco e maior acúmulo de poluição. Como o etanol é significativamente menos poluente do que a gasolina, a ampliação do seu uso significa uma proteção à saúde da população urbana no momento de pandemia”, explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.
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