USDA vende 455 mil t entre soja e milho para China e 'destinos não revelados' nesta 3ª
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou novas vendas de soja para destinos não revelados nesta terça-feira (18). Foram 130 mil toneladas da safra 2020/21 e, mais uma vez, os traders especulam que esta seja uma atuação da China no mercado norte-americano.
O anúncio trouxe ainda vendas de mais 325 mil toneladas de milho, sendo 195 mil toneladas para a China e 130 mil também para 'destinos desconhecidos'.
A necessidade da China se depara, principalmente no caso da soja, com a falta de produto no Brasil e o produto dos EUA como a principal alternativa, mesmo com a continuidade da guerra comercial entre chineses e americanos. Além disso, como já noticiado pelo Notícias Agrícolas em diversas vezes, a nação asiática busca garantir ao menos parte de sua meta de compra de produtor agrícolas americanos como foi firmado em janeiro, na fase um do acordo comercial.
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Em uma entrevista recente, o presidente Donald Trump disse que a "China tem comprado muito e muitas coisas para me manter feliz, mas estão sonhando com Joe Biden", referindo-se ao candidato democrata que deverá enfrentá-lo nas eleições presidenciais deste ano. Todavia, especialistas não crêem que uma possível vitória de Biden seria possível para mudar drasticamente as relações entre Pequim e Washigton.
Dos US$ 36,6 bilhões acordados de compras da China nos EUA entre produtos agrícolas, alimentos e frutos do mar, já foi comprado um quarto pelos chineses no primeiro semestre de 2020. Números do USDA indicam compras de 10,3 milhões de toneladas de soja 2020/21 dos EUA pela nação asiática, com uma contabilidade de operações até o dia 6 de agosto. Em 2017, antes do início da guerra comercial, as compras chinesas de soja americana, no mesmo intervalo, eram de mais de 36 milhões de toneladas.
NOVA REUNIÃO CHINA X EUA
A reunião que estava prevista para acontecer no sábado último, dia 15 de agosto, entre representantes dos EUA e da China para que fosse feito um balanço dos primeiros seis meses da fase um do acordo comercial foi adiada e uma nova data ainda não foi definida.
Segundo fontes oficiais, o cancelamento se deu por conta de horários conflitantes e estarão reunidos, mais uma vez, Robert Lighthizer, representante comercial do governo americano, Steve Mnuchin, Secretário do Tesouro dos EUA, e Liu He, vice premiê chinês.
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