Hortifruti: Novos hábitos de consumo de HF adquiridos na quarentena podem continuar no pós-pandemia
Durante a quarentena, o consumidor brasileiro passou por mudanças, moldadas especialmente em preocupações atreladas à saúde, à segurança e a finanças. De olho nisso, a equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra nesta edição as tendências de consumo relacionadas ao setor de HF que surgiram durante a quarentena e as perspectivas daqui para a frente.
Para isso, a equipe analisou relatórios da Euromonitor, Galunion, Kantar Worldpanel, Cielo, Nielsen, BTG Pactual, PMA Brasil e informações de mercado levantadas junto a colaboradores do Hortifrúti/Cepea.
Segundo a equipe da revista, os supermercados/hipermercados, por exemplo, ganharam mais espaço como canais de compras de alimentos, devido, em partes, ao aumento de refeições preparadas em casa. O consumidor também procura por refeições rápidas e práticas, apostando nos deliveries. Conforme a quarentena vai se prolongando, contudo, o consumidor tem passado a procurar alimentos indulgentes (que trazem prazer) ou processados, como “recompensa” ao estresse.
A queda no padrão de consumo também molda o comportamento do brasileiro. De acordo com a Nielsen, os consumidores podem ser divididos em dois perfis principais. O primeiro é o do menos prejudicado, que busca reproduzir a experiência “fora de casa” na alimentação no lar, com receitas mais sofisticadas. E o segundo perfil é aquele que teve a renda reduzida e que, portanto, passa a cortar despesas e a priorizar os descontos.
No pós-quarentena, a busca por um estilo de vida saudável deve persistir, podendo ser até mais evidente que nos últimos anos. A diferença é que, provavelmente, o setor de HF precisará inovar e tomar ações mais audaciosas, como melhorar o comércio eletrônico de frutas e hortaliças no varejo e ampliar as opções de alimentos práticos (como os minimamente processados). Ainda, será muito importante transmitir segurança ao consumidor, especialmente por conta do possível maior manuseio de alimentos.
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